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sexta-feira, 17 de abril de 2015

CAMINHADA DOS CATEQUISTAS 2015

E mais uma vez se cumpriu a tradição! Mas desta vez com boas previsões meteorológicas que nos levaram à procura dum castelo perdido, algures entre o céu e a terra…
Apesar do nevoeiro à beira mar, que ia jogando connosco às escondidas, à medida que subíamos e nos afastávamos mais para o interior, adivinhava-se já o calor que nos esperava para nos ajudar a descobrir cada recanto e cada regato e a deixarmo-nos encantar com cada pormenor da natureza em plena primavera florida.
E, desta vez o percurso era duro…ou então são os anos que pesam mais! Ou são os caminhos que alongam ou são as energias que encurtam!...
Depois do pequeno-almoço tomado, rumámos até ao vale, junto às calmas águas do Ovil, no local onde oferece uma pacata zona de lazer. Aí orámos, louvando a vida e pedindo proteção ao Senhor para todos quantos ali caminhávamos. 
Daí partimos de mochila às costas rumo à serra, como que à descoberta do berço dessas águas que naquele lugar descansam da correria, pela certa, para vencer obstáculos e alturas.
Erguia-se aquele “castelo” sobre uma amarela tapeçaria de flores, digna de qualquer rei, e guardado por gigantes sentinelas de granito que não deixam de nos espantar pelas suas formas e pelos seus tamanhos! 
 
 A vontade de o alcançar era grande!
 Ao castelo não chegámos, mas asseguramos-vos que quase o tocámos...
À medida que o vale ia ficando para trás, e o alto monte ficava mais próximo iam-se alterando os sentimentos. 
Até aí, parecia-nos inalcançável o cume daquela montanha, vista ao longe… Agora, parecia-nos que o vale se afundava em sítio que nem o sol conseguia visitar!
A descida apresentou-se mais fácil… Encontrada uma sombra, repusemos os nossos níveis de energia com as iguarias que cada um levou e repartiu. É sempre um momento de repouso e de alegre convívio entre todos. E… imaginem… nem o cafezinho faltou lá no meio da montanha! Há sempre alguém que amavelmente providencia a tão desejada bebida aos que dificilmente a dispensam no final do almoço…
Pelo caminho, alegremente cansados, tivemos tempo para beber nas fontes de água que jorram das entranhas daquela serra e que regam os campos laboriosamente trabalhados por gente simples, lutadora e sábia! 
Campos que se viam lavrados e aplanados prontos a fazer frutificar as batatas, as cebolas, os alhos, as alfaces e todo o tipo de legumes necessários à alimentação humana e também do gado. Desse saber ancestral, manual, sai uma geometria perfeita, sem régua nem esquadro.
De regresso ao vale, ainda houve tempo para o jogo tradicional da malha e para aliviar os pés cansados. 
De regresso ao centro ainda tivemos oportunidade de ouvir tocar e cantar uma tuna académica e finalmente a hora do jantar, onde se pôde apreciar a ótima gastronomia da região, muito apreciada e elogiada por todos. Após os discursos dos “caloiros” da caminhada, que este ano foram poucos, regressámos saudavelmente cansados, com o desejo e a promessa de estar na caminhada no ano que vem. 
Venham fazer a experiência de que os caminhos que se nos apresentam tortuosos e enlameados são, por vezes, os que nos levam ao melhor destino e perceber o quanto é mais fácil caminhar juntos!
Baião - abril de 2015

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