Faça o seu DONATIVO à Paróquia de São Pedro de Vilar do Paraíso. IBAN PT50 0018 000010163256001 75 (Fábrica da Igreja Vilar do Paraíso). Se desejar recibo para efeitos de IRS, envie e-mail para: parocovp@gmail.com. Muito obrigado!

terça-feira, 31 de março de 2020

PARA TODA A COMUNIDADE

Para o próximo Domingo de Ramos 
aqui fica  uma boa proposta do Pe. Carlos Correia.

VIDA DADA EM ABUNDÂNCIA

Concede-nos, Senhor Jesus,
Que neste tempo de dor e desalento,
Nos refugiemos aqui,
Nos ajoelhemos aqui,
Ao pé da tua Cruz,
À espera de encontrar algum alento.

Daqui, de ao pé da tua Cruz de Luz,
Sem dúvida o lugar mais alto do mundo,
Mais alto e mais profundo,
Vê-se bem, com toda a claridade,
Que a lonjura do tempo não é horizontal.

Eleva-se em altura.
Como a tua túnica tecida de Alto-a-baixo,
Vertical,
E sem costura.

Tu vens do Alto, Senhor
Tu vens de Deus.
Tu és Deus.
Tu és o Justo
Que chove das alturas
Sobre a nossa humanidade
sedenta e às escuras.

Vem, Senhor Jesus,
Alumia e rega a nossa terra dura,
Acaricia o nosso humilde chão,
Limpa as nossas lágrimas,
E modela com as tuas mãos de amor
Em cada um de nós
Um novo coração,
Capaz de ver,
Desde al-Azariye,
A alegria do teu terceiro dia
E a força nova
Da tua Ressurreição.

D. António Couto

segunda-feira, 30 de março de 2020

PARA TODA A COMUNIDADE

Informação sobre os dias e horas das missas celebradas pelo Rev. Padre Carlos Correia, em Valadares e Vilar do Paraíso.

PARTICIPAÇÃO NA MISSA

Faça um vídeo, escreva um texto, ou tire uma fotografia e partilhe connosco. 
Neste tempo da Quaresma e devido à pandemia da COVID-19, somos desafiados a não deixar esmorecer a nossa fé e alimentá-la na oração e participação na Eucaristia, ainda que de forma diferente através das novas tecnologias. 

É uma graça nestes tempos de tanta tristeza, isolamento e solidão, podermos contar com estes meios para escutar a Palavra de Deus, rezar, cantar e fazermo-nos comunidade mesmo na distância. 

Fica o desafio de cada um registar a forma como celebra, em cada domingo, a participação na Missa e partilhar connosco.

5.ª SEMANA DA QUARESMA: REVIVER

No Evangelho do 5.º domingo, Cristo revela-Se como Vida verdadeira, no sinal da ressurreição de Lázaro. À luz do Evangelho da ressurreição de Lázaro, o Batismo é regeneração, mistério de morte e vida. O cristão desce às profundidades do sepulcro com Cristo e deixa morrer nele o homem velho. Atira para trás o medo da morte e aceita esse outro morrer, ressuscitando. Neste Sacramento do Batismo realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, torna-se participante da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11), segundo a promessa de Ezequiel: “Infundirei em vós o meu espírito e revivereis” (Ez 37, 14). Este Espírito, que ressuscitou Jesus de entre os mortos, “dará vida aos nossos corpos mortais” (Rm 8,11). A fé é é dom gratuito que deve ser reavivado sempre em cada um de nós.

domingo, 29 de março de 2020

MENSAGEM BONITA E AMIGA

Uma mensagem amiga que nos foi enviada na manhã deste domingo pela Otília. Muitos agradecemos e partilhamos porque a todos se destina.

"Bom domingo a todos. 💗
Espero que esteja tudo bem em vossas casas, e que com o nosso pastor Padre Carlos também esteja tudo bem.
Bom domingo na paz de Deus."🙏

VIVER A CAMINHADA DA QUARESMA

CAMINHADA para as famílias/catequese:
«Vitral quaresmal», de 30 de março a 4 de abril
Caríssimos Catequistas

Recordando a ALEGRIA de sermos FILHOS de DEUS,
o Secretariado saúde particularmente cada catequista!
Imaginamos o quanto, nestes tempos de dor e de insegurança,
a fé (a presença de Deus nas nossas vidas) e os irmãos têm sido o apoio e a força.

Propõe-se uma caminhada familiar

«Vitral quaresmal»
para reler a caminhada quaresmal e fazer uma revisão de vida, durante a próxima semana..

….Encontra o material em: www.catequesedoporto.com

Sugerimos que todos os que tiverem a possibilidade
façam chegar o material às famílias
dos seus catequizandos e estimulem
os mesmos a reencaminharem a mesma para todas as famílias da comunidade.

Se desejar obter o documento em word envie o seu pedido para: portosdec@gmail.com

Nas entrelinha das dificuldades e dos medos,
nascem gestos de esperança!

Temos a certeza que das mãos
e do coração dos catequistas surgem gestos que,
junto dos catequizandos e sua famílias,
dizem que o AMOR de DEUS
continua a acontecer e a dizer-se através de mãos HUMANAS!

Secretariado Diocesano da Educação Cristã
https://www.catequesedoporto.com/images/PDF/FAMILIA_CATEQUESE_releitura_da_caminha_quaresmal_Ano_A_DIocese_do_Porto_SDEC.pdf?fbclid=IwAR1fGrYfvqh_52kQ1uCDZB1aSJq-dqFCjrUlxcmypuh7XNGFPHcak62pJuQ

Transmissão em direto de Santuário de Fátima Oficial

sábado, 28 de março de 2020

FOLHA DOMINICAL: informações e reflexões importantes para toda a comunidade

Agradecemos a partilha a Folha Dominical para que possa chegar a todos. 

À ESPERA DA MAMÃ

Num lar, dezenas de idosos ficaram sozinhos depois de o vírus ter matado um hóspede, contagiado outros, e ter mandado o pessoal para a quarentena. Nos últimos meses, ao acompanhar no hospital uma nonagenária, vi de perto o que significa ser-se velho, só e doente. Numa sala de emergência no centro de uma grande cidade, poucos dias antes da epidemia, muitos, sozinhos, chegavam de noite, de ambulância. No corredor, uma fileira de macas. Alguns estavam ali há 24 horas, não tinham dormido nem sequer comido.

Se penso naqueles rostos brancos, de cabelos desgrenhados, nos chamamentos a que um único enfermeiro de turno não conseguia responder, posso vagamente imaginar como será com aqueles idosos completamente abandonados no lar.

Naquela mesma noite, uma doente pediu-me para lhe escrever num papel o seu nome e morada, porque temia esquecer-se. Outra chorava porque as necessidades lhe escapavam e ninguém a levava à casa de banho. Um homem tinha sede, e um de nós, desconhecidos, levou-lhe água. O Covid ainda não tinha chegado, mas aqueles pobres não tinham os filhos ao seu lado.  Os seus gemidos pareciam-me um coro de envelhecidos bebés, impotentes como lactantes. Temo que hoje, num qualquer lugar, aquele coro dilacerante se repita.

Há anos, num lar, uma idosa só, num banco, perguntou-me, olhando-me com os olhos de uma candura infantil: «Senhora, sabe quando é que a minha mamã me vem buscar?». No limbo da demência, alguns esperam pela mamã, que tarde, mas seguramente, as virá buscar, como na escola, em remotas manhãs. E no inferno do Covid penso nas pessoas perdidas na demência, que esperam pela mamã. Que esperam aquela mão amada que as conduza, finalmente, a casa – à nossa verdadeira casa.

DOMINGO V DA QUARESMA - Ano A

SALMO RESPONSORIAL Salmo 129 (130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7)
Refrão: Junto do Senhor a misericórdia.
Junto do Senhor a abundância da redenção.

Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para Vos servirmos com reverência.

Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora.

Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.

DECRETO EM TEMPO DE COVID-19

No tempo difícil que estamos a viver, devido à pandemia de Covid-19, considerando o caso de impedimento para celebrar a liturgia comunitariamente na igreja, tal como os bispos o têm indicado para os territórios de sua competência, chegaram a esta Congregação consultas relativas às próximas festividades pascais.

1 – Sobre a data da Páscoa. Coração do ano litúrgico, a Páscoa não é uma festa como as outras:
celebrada no arco de três dias, o Tríduo Pascal, precedida pela Quaresma e coroada pelo Pentecostes, não pode ser transferida.

2 – A Missa crismal. Avaliando o caso concreto nos diversos países, o Bispo tem a faculdade de a adiar para data posterior.

3 – Indicações para o Tríduo Pascal
Onde a autoridade civil e eclesial impôs restrições, atenda-se ao que se segue em relação ao Tríduo
Pascal.
Os Bispos darão indicações, de acordo com a Conferência Episcopal, para que na Igreja Catedral e nas Igrejas paroquiais, mesmo sem a participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal, avisando os fiéis da hora de início de modo a que se possam unir em oração nas respetivas habitações. Neste caso são uma ajuda os meios de comunicação telemática em direto, não gravada.
A Conferência Episcopal e cada Diocese não deixem de oferecer subsídios para ajudar a oração familiar
e pessoal.

Em Quinta-Feira Santa, nas Igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito, os sacerdotes da paróquia podem concelebrar a Missa na Ceia do Senhor; concede-se a título excecional a todos os sacerdotes a faculdade de celebrar neste dia, em lugar adequado, a Missa sem o povo. O lava-pés, já facultativo, omite-se. No termo da Missa na Ceia do Senhor omite-se a procissão e o Santíssimo Sacramento guarda-se no Sacrário. Os sacerdotes que não tenham a possibilidade de celebrar a Missa, em vez dela rezarão as Vésperas (cf. Liturgia Horarum).

Em Sexta-Feira Santa, nas igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito, o Bispo / o pároco celebra a Paixão do Senhor. Na oração universal, o Bispo Diocesano terá o cuidado de estabelecer uma intenção especial pelos doentes, pelos defuntos e pelos doridos que sofreram alguma perda (cf. Missal Romano, pág. 253, n. 12).

Domingo de Páscoa. A Vigília Pascal celebra-se apenas nas igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito. Para o “Início da vigília ou Lucernário” omite-se o acender do fogo, acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precónio pascal (Exsultet). Segue-se a “Liturgia da Palavra”. Para a “Liturgia batismal”, apenas se renovam as promessas batismais (cf. Missal Romano, pág.
320, n. 46). Segue-se a “Liturgia eucarística”.
Aqueles que não podem de modo nenhum unir-se à Vigília Pascal celebrada na igreja, rezam o Ofício de Leituras indicado para o Domingo de Páscoa (cf. Liturgia Horarum).

Para os mosteiros, os seminários e as comunidades religiosas, o Bispo diocesano decidirá.

As expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, a juízo do Bispo diocesano poderão ser transferidas para outros dias convenientes, por ex., 14 e 15 de Setembro.

De mandato Summi Pontificis pro hoc tantum anno 2020 [Por mandato do Sumo Pontífice apenas para este ano de 2020].

Sede da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 19 de março de 2020,
solenidade de São José, Padroeiro da Igreja Universal.

Robert Card. Sarah
 Prefeito

Arthur Roche
Arcebispo Secretário

sexta-feira, 27 de março de 2020

ABRAÇAR O SENHOR PARA ABRAÇAR A ESPERANÇA

Abraçar o Senhor para abraçar a esperança: esta é a mensagem do Papa Francisco aos fiéis de todo o mundo que, neste momento, se encontram em meio à tempestade causada pela pandemia do coronavírus.
Diante de uma Praça São Pedro completamente vazia, mas em sintonia com milhões de pessoas através dos meios de comunicação, o trecho escolhido para a oração dos féis foi a tempestade acalmada por Jesus, extraído do Evangelho de Marcos.
“Há semanas, parece que a tarde caiu. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo de um silêncio ensurdecedor e de um vazio desolador… Nos vimos amedrontados e perdidos.”
 “Deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo, desça sobre vocês, como um abraço consolador, a bênção de Deus.”
Ao final da homilia, o Pontífice adorou o Santíssimo e concedeu a bênção Urbi et Orbi, com anexa a Indulgência Plenária.

PAPA FRANCISCO EM DIRECTO DE ROMA


Momento de oração no adro da Basílica de São Pedro, com a praça vazia. A partir de agora convido todos a participar espiritualmente através dos meios de comunicação social. Escutaremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual, no final, darei a Bênção Urbi et Orbi, à qual será unida a possibilidade de receber a indulgência plenária. 

quinta-feira, 26 de março de 2020

COMUNICADO DA DIOCESE DO PORTO

Em comunhão com o Santo Padre no dia 27 de março, às 17 horas

Por recomendação do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, através da Nunciatura Apostólica, e por indicação do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, “a Igreja em Portugal empenha-se em promover, mediante os meios de comunicação social à sua disposição, a participação dos fiéis católicos e dos cristãos de outras confissões religiosas na Satio orbis que o Papa Francisco realizará às 18.00H (hora de Roma) de sexta-feira, dia 27 de março corrente, no adro da Basílica São Pedro”. A carta acrescenta ainda que “durante a Statio orbi, que será transmitida em Mundovisão e em Vatican News, o Santo Padre concederá a todos os participantes a Indulgência Plenária e dará a bênção Urbi et Orbi”.

Assim, no próximo dia 27, sexta-feira, pelas 17 horas, procuremos participar vivamente neste intenso momento de oração convocado pelo Santo Padre:

“Na próxima sexta-feira, 27 de março, presidirei a um momento de oração no adro da Basílica de São Pedro, com a praça vazia. A partir de agora convido todos a participar espiritualmente através dos meios de comunicação social. Escutaremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual, no final, darei a Bênção Urbi et Orbi, à qual será unida a possibilidade de receber a indulgência plenária. Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos sentir a nossa proximidade às pessoas mais sozinhas e provadas. A nossa proximidade aos médicos, profissionais de saúde, enfermeiros e enfermeiras, voluntários... A nossa proximidade às autoridades que devem tomar medidas duras, mas para o nosso bem. A nossa proximidade aos polícias, com os soldados que procuram manter a ordem nas ruas, para que seja cumprido o que o governo nos pede para o bem de todos. Proximidade a todos” (Angelus de 22 de março).

Lisboa, 25 de março de 2020 Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa

https://www.diocese-porto.pt/pt/documentos/outros-documentos/notas-pastorais/lista-de-artigos/dados/comunicado/

INFÂNCIA MISSIONÁRIA

Para lembrar em família o que nos diz Jesus.
Pintar o desenho e rezar com Papa.

REZAR PELO FIM DA PANDEMIA

Rezemos todos juntos pelos doentes, pelas pessoas que sofrem.
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.
Agradeço a todos os cristãos, a todos os homens e mulheres de boa vontade que rezam por este momento, todos unidos, qualquer que seja a confissão religiosa a que pertençam.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE

Para partilhar com toda a comunidade.

quarta-feira, 25 de março de 2020

CONSAGRAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Ato de Consagração
ao Sagrado Coração de Jesus
e ao Imaculado Coração de Maria

Coração de Jesus Cristo, médico das almas,
Filho amado e rosto da misericórdia do Pai,
a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha, nações que tuas são,
olha para o teu lado aberto,
sua fonte de salvação, e suplica:
— nesta singular hora de sofrimento,
assiste a tua Igreja,
inspira os governantes das nações,
ouve os pobres e os aflitos,
exalta os humildes e os oprimidos,
cura os doentes e os pecadores,
levanta os abatidos e os desanimados,
liberta os cativos e os prisioneiros
e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo, médico das almas,
elevado no alto da Cruz
e tocado pelos dedos do discípulo no íntimo do cenáculo,
a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha, nações que tuas são,
contempla-Te como imagem
do abraço do Pai à humanidade,
esse abraço que, no Espírito do Amor,
queremos dar uns aos outros
segundo o teu mandato no lava-pés, e suplica:
— nesta singular hora de sofrimento,
ampara as crianças, os anciãos e os mais vulneráveis,
conforta os médicos, os enfermeiros, 
os profissionais de saúde e os voluntários cuidadores,
fortalece as famílias
e reforça-nos na cidadania e na solidariedade,
sê a luz dos moribundos,
acolhe no teu reino os defuntos,
afasta de nós todo o mal
e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo,
médico das almas e Filho da Virgem Santa Maria,
pelo Coração de tua Mãe,
a quem se entrega a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha,
nações que, desde há séculos, suas são,
e em tantos outros países,
aceita a consagração da tua Igreja.
Ao consagrar-se ao teu Sagrado Coração,
entrega-se a Igreja
à guarda do Coração Imaculado de Maria,
configurado pela luz da tua Páscoa
e aqui revelado a três crianças
como refúgio e caminho que ao teu coração conduz.
Seja a Virgem Santa Maria,
a Senhora do Rosário de Fátima,
a Saúde dos Enfermos e o Refúgio 
dos Teus discípulos gerados junto à Cruz do teu amor.
Seja o Imaculado Coração de Maria,
a quem nos entregamos, connosco a dizer:
— nesta singular hora de sofrimento,
acolhe os que perecem,
dá alento aos que a Ti se consagram
e renova o universo e a humanidade.
Ámen.

Fátima, 25 de março de 2020

CONSAGRAÇÃO DE PORTUGAL AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima vai acolher no dia 25 de março, dia da Solenidade da Anunciação do Senhor, a celebração na qual a Igreja portuguesa irá renovar a consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. A oração de consagração será proferida pelo cardeal D. António Marto no final do Terço das 18h30, que será transmitido em direto aqui, na página on line https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online do Santuário de Fátima, na televisão, na rádio e nas plataformas digitais de inspiração cristã.

 “Todas as Dioceses estarão unidas na oração do Rosário pelas intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação dramática que estamos a passar devido ao coronavírus Covid-19”, refere um comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa(CEP).

“A seguir à oração, o cardeal António Marto fará a renovação da consagração de Portugal ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria”, acrescenta a nota.

De salientar que a esta celebração junta-se também a Conferência Episcopal Espanhola, sendo a primeira vez que os dois países serão consagrados em simultâneo, e em cojunto, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Catequese para hoje 💗

"Angelus"

O Anjo do Senhor anunciou a Maria
E Ela concebeu do Espírito Santo.

Ave-Maria cheia de graça,
o Senhor é convosco,
Bendita sois Vós entre as mulheres
e bendito é o fruto
do Vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus
rogai por nós pecadores,
agora e na hora de nossa morte.
Ámen.

Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a Tua Palavra.
Ave-Maria ...

E o Verbo se fez carne.
E habitou entre nós.
Ave-Maria ...

Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS: Infundi Senhor, nós Vos suplicamos a Vossa Graça em nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Jesus Cristo Vosso Filho, e que pela Sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória na ressurreição, pelo mesmo Jesus Cristo e Senhor nosso. Ámen. 

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Ámen.

Transmissão em direto de Santuário de Fátima Oficial

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Eucaristia em directo, às 11h30, do Santuário de Santuário de Nossa Senhora de La Salette.
A eucaristia, presidida pelo pároco de Oliveira de Azeméis, é sem a participação da população.
Pode assistir à distância através da Azeméis FM (89.7) ou através da Azeméis TV, no Facebook do Correio de Azeméis/Azeméis FM+TV.

JUNTOS EM ORAÇÃO

CRISTÃOS UNIDOS PARA REZAR O PAI-NOSSO, HOJE ÁS 11H00

“Unamos as nossas vozes de súplica ao Senhor nesses dias de sofrimento, enquanto o mundo está duramente provado pela pandemia. Queira o Pai, bom e misericordioso, acolher a oração concorde dos seus filhos que, com confiante esperança, se dirigem à sua onipotência.”

A oração será transmitida da Biblioteca Apostólica pelo Vatican Media e em streaming no site do Vatican News e nas nossas redes sociais. Será seguida pelo Angelus e pelo Terço conduzido pelo Cardeal Comastri na Basílica de São Pedro.

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

EVANGELHO    LC 1, 26-38
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

compreender a palavra
Celebramos a Solenidade da Anunciação do Senhor. Lucas conta como o anjo entrou em casa de Maria e lhe fez o anúncio da escolha divina para ela se tornar a mãe do Senhor. Esta narração é cheia de elementos para reflexão. Maria é desposada com José, mas aos olhos do Senhor é cheia de graça. O anjo revela-lhe que vai ser mãe de Jesus, o Deus que salva. O seu filho será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo. Nada do que acontecerá será obra dos homens, mas de Deus que no Espírito Santo manifestará o seu poder. Perante esta revelação, Maria percebe que não há outro impedimento a não ser a sua vontade e submete-se à vontade de Deus.

meditar a palavra
A minha vida, como a de Maria, é lugar onde Deus se quer revelar aos homens. Na vida quotidiana julgo que tudo é banal e nada de novo nem de interessante acontece que possa prender a atenção de Deus. Mas Deus olha para mim e, apesar da minha pobreza, desafia-me a retirar o impedimento da minha vontade e deixar que Ele faça o que é impossível aos meus olhos. Como Maria também eu posso dizer “faça-se em mim segundo a tua vontade”.

rezar a palavra
Para ti, Senhor, nada é impossível. Entras na minha vida e fazes morada em mim com o poder do teu amor. Perante a tua força não posso resistir nem colocar obstáculos. Senhor, Dá-me a lucidez de Maria para poder dizer com verdade, “faça-se em mim segundo a tua vontade”.

compromisso
Ao longo do dia vou dizer do fundo do coração, muitas vezes, “faça-se em mim segundo a tua palavra”.

terça-feira, 24 de março de 2020

PARA FAMÍLIAS e CATEQUISTAS


A PAULUS Editora disponibiliza gratuitamente alguns conteúdos para toda a família. Excelente contributo para rezar neste tempo da Quaresma e quarentena.

4º DOMINGO DA QUARESMA: RECONHECER

No Evangelho do 4.º domingo, Cristo revela-Se como Luz que ilumina o nosso caminho. O cego de nascença vai alcançando um progressivo (re)conhecimento de Jesus, uma progressiva aproximação à luz da fé: para o cego, aquele que o curou é primeiramente um Homem chamado Jesus; depois é o Rabbi (Mestre), de seguida é o Enviado; chega a ser reconhecido como Profeta e como Alguém que vem de Deus,  até confessar que acredita no Filho do Homem, reconhecendo-O como seu Senhor. Conhecer é aqui «con-nascer», é como que um segundo nascimento, de modo que, conhecendo a Cristo, a sua vida não é mais a mesma. Perspetiva-se aqui o Batismo, como sacramento de iluminação. A fé aparece como uma nova visão, “um caminho do olhar, em que os olhos se habituam a ver em profundidade” (cf. Papa Francisco, Lumen Fidei, n.º 30). A fé faz-nos ver com outros olhos, faz-nos ver tudo de novo; ela dá-nos um coração que vê. 

segunda-feira, 23 de março de 2020

CATEQUESE EM CASA

É o que nós catequistas devemos fazer, já que pelas razões por todos conhecidas não é possível que seja de outra maneira.

Há hoje muitas formas de contactar catequizandos e pais, e várias plataformas que podem ser usadas para catequeses de grupo, pois é muito importante que não se perca o elo de ligação entre catequista, catequizando, grupo de catequese e pais. Certamente cada catequista saberá qual a melhor forma para o seu grupo.

É um tempo novo, de Quaresma vivida em casa onde haverá barulho e distracções, mas também um tempo privilegiado para aprendermos a conviver, a falar, a interagir, a estar atento às necessidades do outro para que as 24 horas passadas juntos sejam uma constante descoberta de amor, carinho e fraternidade, que alimentadas na oração serão o esteio que unirá ainda mais a família.

É neste contexto que a catequese se deve integrar, com outra dinâmica e apelo à criatividade, com o sentido único de aprofundar a fé, levar à oração e ao encontro com Jesus, dentro de casa...
"Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á." Mateus 6:6

Ficam duas sugestões para consulta

E boas catequeses! 

MENSAGEM DE ESPERANÇA

ARCO-ÍRIS
Em tons de esperança,
Mil cores a enfeitar
Pelas mãos de uma criança
E nos dizem: que tudo vai passar!

Muito obrigada! 

CATEQUESES QUARESMAIS 2020

Devido ao COVID-19, infelizmente não foi possível terminar este Ciclo. Mas é com gratidão que publicamos hoje o belo texto que nos foi enviado referente à Catequese do dia 10 de março, centrado na Samaritana, e nos liga já aos domingos seguintes... 
 " A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL E PASCAL "
2.ª– 10.03 – Centro Paroquial de Vilar do Paraíso 
Nesta segunda catequese quaresmal a comunidade pôde contar, mais uma vez, com a disponibilidade e profundos conhecimentos do Sr. Pe. Luís de Castro, da SMBN, cuja vasta experiência e currículo são dignos de menção e ali foram dados a conhecer.
O Sr. Pe. Luís de Castro começou por dizer-nos que este encontro seria antes de tudo um tempo de oração, ao estilo Lectio Divina, centrado no texto bíblico do próximo domingo – o encontro de Jesus com a samaritana -, sendo já uma preparação para a liturgia do próximo domingo. E a reflexão, partindo do texto, centra-se em duas perguntas que temos de fazer, tal como Jesus fez. Consiste a primeira em saber o que está escrito no texto e a segunda em saber o que é que eu leio nesse texto ou, como é que o texto lê a minha pessoa. Cada uma dessas perguntas é para saber o que o texto me diz.
Deus quer falar a cada um de nós. Deus fala a todos. O que é que o texto me diz?
Antes de ler o texto o Pe. Luís de Castro fez uma pequena introdução à Quaresma.
 A liturgia do Ano A é principalmente uma liturgia batismal. É para preparar os catecúmenos.
O primeiro e segundo domingos são uma espécie de GPS. O primeiro diz qual o meu ponto de partida com o evangelho das tentações. Do ponto de vista bíblico, tentação significa prova. E é no momento de prova que sabemos o que temos no coração. É nesse momento que se manifesta. As tentações têm a ver com o mais profundo da nossa vida. São três os grandes âmbitos da nossa vida: ter, aparecer e poder.
Este é o ponto de partida. É a nossa realidade. A igreja convida-nos a olhar para nós tal qual somos. Se Jesus desce até ao nosso pecado, ele abraça toda a nossa vida.
Somos convidados, na quaresma, a partir exatamente do que somos, enquanto pessoas reais. E são essas pessoas reais que Deus ama e aceita incondicionalmente (há, contudo, uma diferença grande entre aceitar e aprovar. Aprovar tem a ver com o sentido ético ou moral das ações. Jesus não veio ensinar-nos uma moral. Veio ensinar-nos onde está o melhor bem. Um cristão não escolhe entre o bem e o mal, mas entre o bem e o bem maior).
 O primeiro domingo dá-nos, então, esse ponto de partida.
Do ponto de vista cristão só há conversão quando Deus nos toca com o seu amor.
O segundo domingo dá-nos o ponto de chegada, dizendo-nos para onde vamos ou aonde nos leva o caminho. A esperança cristã não é dizer que tudo vai correr bem - isso é otimismo.
Os três domingos a seguir são as etapas. É o encontro de Jesus com cada um de nós.
Depois da introdução, seguiu-se a leitura do texto bíblico” Jesus e a samaritana” (Jo 4,5-42)
A reflexão partiu da colocação dos personagens no cenário, para a melhor compreensão deste texto.
Começa o texto por dizer (numa tradução rigorosa) que 4Era preciso passar pela Samaria. 5Chegou então a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da região que Jacob tinha dado a seu filho José. 6Ali estava o poço de Jacob. Cansado, Jesus sentava-se junto do poço. Era por volta da hora sexta. 7Veio uma mulher da Samaria para tirar água.
Ora, pese embora a Samaria ficar, geograficamente, entre a Judeia e a Galileia, o caminho normal não era pela Samaria, por causa da morfologia do terreno, muito acidentado, mas era feito por um desvio, passando junto ao rio Jordão. Logo, não se tratava de uma necessidade geográfica. Era preciso, porque esse era o Plano de Deus.
Jesus sentava-se ( a maioria das traduções não tem o verbo traduzido neste tempo verbal, porque na nossa língua o tempo do verbo tem a função de dizer quando se passou a ação, mas na língua hebraica e aramaica o tempo do verbo tem por função dizer como se passou a ação. O tempo em que a ação decorre é indicado por um advérbio no início da frase, como, por exemplo, ontem para indicar o tempo passado ou amanhã o tempo futuro). O tempo verbal em que está indica que era um ato mais demorado, sem pressa, um tempo de espera.
·         A Quaresma é o tempo de dar-se conta que Deus quer encontrar-se connosco. Ao lermos este texto devemos sentir-nos procurados por Deus. Não é possível ler este texto sem o ligar com a Paixão de Jesus. Também na cruz Ele fez o mesmo pedido “Tenho sede”. Por outro lado, a hora sexta é a hora do máximo calor e da luz (S. João usa uma linguagem simbólica entre a luz e as trevas. A noite no evangelho de S. João é quando Jesus não está e a hora sexta é quando Jesus está. No texto bíblico do Livro do Gn 24,11-15 a hora em que as mulheres saem para ir buscar a água não é ao meio dia, mas à tarde, à hora de menos calor.
De seguida, a reflexão incidiu sobre o diálogo entre Jesus e a mulher samaritana
Jesus disse-lhe:1.  Dá-me de beber!
·         Com este pedido Jesus quer saber que disponibilidade existe nesta mulher. Como dizia Santo Agostinho, Jesus tinha sede da fé daquela mulher.
2. De onde vais tirar a água viva?
·         A expressão “de onde” remete-nos para uma origem.
A água que eu lhe darei tornar-se-á nele um poço de água a saltar para a vida eterna.
·         A vida eterna tem aqui o sentido de uma forma nova de viver.
Este é um pobre resumo de quanta reflexão/oração feita naquela noite. O coração de cada um, presente no encontro daquela noite, terá guardado muito mais do que nos é possível expressar aqui.
O encontro terminou com algumas perguntas deixadas como pistas para a oração pessoal de cada um, para me interrogar sobre o que me diz este texto ou como é que este texto lê a minha pessoa, a minha vida. Este é um exercício de reflexão individual que cada um e cada uma poderá fazer nesta quaresma.
Aqui ficam as pistas:
1.      Tento fazer memória da minha história e entregá-la nas mãos do Senhor.
2.      Quais são os meus poços, de onde bebo água que não sacia? Apresento ao Senhor aquilo que me falta para uma vida plena.
3.      Quais são os meus cântaros, isto é, os pesos, que o Senhor me pede que eu deponha aos seus pés?
4.      Tento definir a minha relação com Jesus: como a definirei? Com que adjectivos?
5.      Quais as resistências que apresento dentro de mim perante as declarações de Jesus?
CR

domingo, 22 de março de 2020

DOMINGO LAETARE

"Este quarto domingo da Quaresma também é chamado de Domingo Laetare, porque a antífona de abertura começa com a passagem de Isaías:
“Alegrai-vos (Laetare, em latim) com Jerusalém vós todos que a amais”.
Em meados do caminho quaresmal de penitência, a Igreja nos convida a fazer uma pausa para ser capaz de discernir o objetivo: a alegria perfeita da Páscoa, e saborear uma antecipação."

VIRGEM MARIA, ROGAI POR NÓS!

sábado, 21 de março de 2020

IV DOMINGO DA QUARESMA

O 4º Domingo da Quaresma, também conhecido como Domingo da alegria (Laetare), faz-nos refletir sobre a experiência do “cego de nascimento”. O cego de nascença é um desvalido total, sem presente e sem futuro. Um mendigo, sem esperança.

O texto bíblico acentua a dimensão coletiva do pecado (família, vizinhos, fariseus) e do “pecado do mundo”; o pecado coletivo como fruto de pecados individuais; o mistério do mal encarnado no cego que não encontra resposta nos ouvintes; a cegueira coletiva que não deixa ver os sinais de Deus; a ignorância popular (dos que não vêem) e a ignorância intelectual (dos que não querem ver).

Frente ao milagre, que era por demais evidente, vem ao de cima a cegueira popular. Que é uma espécie de ignorância inocente, alimentada por uma má informação, sustentada pelo medo opressor da classe dirigente... manifestamente um saber que não passa do dito e ouvido. Como não se vê bem, procura-se ver aquilo que se quer! É a cegueira de quem pergunta tudo, mais pela curiosidade de saber do que pelo desejo de conhecer a verdade. Cegueira popular, de que é vítima este cego, figura do povo condenado a não sair da “cepa torta”, a permanecer nas trevas da ignorância e do desprezo.

Mas há outra cegueira. Essa mais refinada. A dos fariseus. Eu diria, uma cegueira intelectual. Estes perguntam para chegarem sempre às conclusões já sabidas. Interrogam para confirmar as suas posições e não para as discutir. Viram o bico ao prego, para fazer preto do branco e manter o seu lugar. Estes não querem ver, nem deixar ver. Os olhos abertos dos outros representam uma ameaça para eles. Daí o interrogatório inquisidor, as perguntas inúteis. Atingidos pela luz, ficam eles cegos, para não ver o que não gostam. E cegam os outros para não deixar vir à luz nem os erros próprios nem as virtudes alheias. Duas cegueiras na história do cego.

Só o encontro com Cristo liberta da cegueira e do pecado, só Cristo oferece chave de compreensão para o mistério do mal, só aderindo à luz de Cristo o homem se torna “filho da Luz” e neutraliza o efeito do pecado do mundo. A iniciativa arranca de Cristo, que viu, ao passar, um homem, cego de nascença. O cego lava-se em Cristo e ao ser batizado em Cristo é iluminado.

No Batismo, somos libertados das trevas do mal e recebemos a luz de Cristo para viver como filhos da luz. Também nós devemos aprender a ver a presença de Deus no rosto de Cristo e, assim, a luz. No caminho dos catecúmenos, celebra-se o segundo escrutínio.

Aqui percebe-se o batismo como sacramento da iluminação, antigo nome cristão que evoca a iniciação aos mistérios, a luz que irrompe das trevas, a progressiva ilustração da mente e do coração, por meio da luz da palavra e da fé, que fazem do cristão um iluminado por Cristo. O cego progressivamente iluminado e lavado na piscina de Siloé, é imagem da iluminação batismal, que afugenta as trevas e abre à luz da verdade, deixando cair as escamas dos olhos, como no caso de Paulo. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como “filho da luz”. Só o encontro com Cristo oferece a chave de leitura das nossas vidas incompreendidas e incompletas. A iluminação recebida no Batismo deve difundir-se entre as luzes e as sombras do nosso peregrinar.

A Igreja Antiga designou o Batismo como fotismos, como sacramento da iluminação, como uma comunicação de luz e ligou-o inseparavelmente com a ressurreição de Cristo. A vela batismal é o símbolo da iluminação que nos é concedida no Batismo. Assim, nesta hora, também São Paulo nos fala de modo muito imediato. Na Carta aos Filipenses, diz que, no meio de uma geração má e perversa, os cristãos deveriam brilhar como astros no mundo (cf. Fil 2,15).

Que a pequena chama de vela, que Ele acendeu em nós, a luz delicada da sua Palavra e do Seu amor no meio das confusões deste tempo não se apague em nós, mas que se torne cada vez mais forte e mais esplendorosa. Para que sejamos com Ele filhos do dia, astros para o nosso tempo. (Texto tirado dos “Cinco passos da lectio divina para a memória viva do batismo”, Diocese de Coimbra)

Pe. Carlos Correia
Imagem: Internet