Temo e não gosto de pensar que o Tempo da Páscoa seja pequeno, talvez por, muitas vezes, se associar aos tempos fortes e de estar manipulado por quinzenas de férias que medeiam os estudos. Na verdade, a Páscoa não é só um tempo forte, como o Natal. A Páscoa é o "tempo consumado" e "completo", no qual Jesus Cristo realizou a obra grandiosa e definitiva da Salvação de toda a humanidade.
Páscoa é um tempo ou uma passagem (e, neste sentido, começa já com a Quaresma!) inigualável, em que os homens têm a oportunidade de "mergulhar" desde já na vida eterna. Sim, a vida eterna, como nos diz maravilhosamente o Papa Bento XVI no seu último volume sobre Jesus de Nazaré, é para se viver desde já. Para isso, é necessário entrar em relação com Jesus Cristo e o mistério da sua morte e ressurreição, através do itinerário e dinâmicas que a Igreja nos propõe.
Nesta perspectiva, a Páscoa é grande, e não só: é definitiva e maravilhosamente importante demais para se fechar numa porção de tempo. Prolongue-se, então, a Páscoa pelas nossas vidas, sendo determinante, para isso, "sugar" do que a Catequese e a Liturgia nos oferece até ao Pentecostes.
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