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sexta-feira, 2 de junho de 2023

MINISTÉRIOS INSTITUIDOS NA IGREJA DO PORTO

Nota Pastoral
Ministérios Instituídos na Igreja do Porto

1. Sacerdócio ministerial e comum chamados ao encontro
Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja, reunida em Concílio apresentou-se a si mesma e ao mundo como um mistério de comunhão, adornada com inúmeros carismas e ministérios para crescer na história como Corpo de Cristo e Sacramento de unidade e
para prosseguir a obra da Redenção, segundo o mandato missionário do seu Senhor e Mestre.
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2. O Corpo de Cristo eclesial
A formação e renovação do sacerdócio ministerial, conferido pelo sacramento da Ordem, foi e continua a ser uma preocupação constante e absorvente porque o corpo de Cristo sacramental, que requer absolutamente o seu ministério, é pressuposto do Corpo de Cristo eclesial.
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3. Uma Igreja rica de ministérios
Dou graças a Deus porque não cessa de chamar homens generosos para servir a Igreja do Porto como padres e diáconos. Sendo crescente a desproporção entre a extensão do campo e a exiguidade dos efetivos, peço a todos especial empenho na oração para que o Senhor da Messe faça crescer em número e mérito os ministros ordenados ao serviço da nossa Diocese.
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4. A vitalidade carismática gera ministérios
Nesta hora, correspondendo ao impulso renovador do Concílio, de São Paulo VI e do Papa Francisco, com os meus irmãos Bispos da Conferência Episcopal que preconizam «ministérios laicais para uma Igreja ministerial» (Instr. de 22 de junho de 2022), a partir da base maravilhosa desta imensa e difusa ministerialidade de facto, quero convidar a Igreja diocesana a dar um passo determinado na implementação efetiva dos ministérios laicais instituídos de leitores, acólitos e catequistas. As modificações recentemente introduzidas no Código de Direito Canónico, permitem chamar a este serviço eclesial, a exercer estavelmente e com verdadeira responsabilidade, pessoas de ambos os sexos, tal como acontece, de facto, na vida das nossas comunidades. 
(...)
5. Orientações práticas
Antevejo que cada paróquia ou igreja/reitoria, no futuro, venha a ter um(a) acólito(a), um(a) leitor(a) e um(a) catequista devidamente instituídos. Esse número poderá crescer nas comunidade mais populosas ou pluricêntricas à medida que se for consolidando esta reconfiguração ministerial. Respeitando a lei da gradualidade, poderá começar-se a nível vicarial, por aqueles que já vão desempenhando tarefas de coordenação e são referência reconhecida nas respetivas áreas.
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6. A formação
A colação dos ministérios instituídos pressupõe uma indispensável e conveniente formação dos candidatos, conforme as orientações gerais da Conferência Episcopal Portuguesa. Os programas da Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos e do Curso Básico de Teologia do nosso Centro de Cultura Católica (CCC) cumprem essas orientações. Confio, pois, a esse Centro a formação doutrinal, pastoral e prática dos candidatos à instituição. Para uma efetiva convergência, o CCC deverá articular a sua programação com o Secretariado Diocesano da Educação Cristã (para a Instituição de Catequistas) e com o Secretariado Diocesano de Liturgia (para os ministérios do Leitorado e do Acolitado). Será a cada um destes Secretariados que se entregará o requerimento referido na alínea a) do número anterior.
(...)
7. Para um futuro mais ministerial
A atual desproporção entre os efetivos do clero diocesano e as necessidades das comunidades cristãs leva-nos a perspetivar uma progressiva reformulação pastoral em que o princípio tradicional de um pároco por paróquia – já impossível de satisfazer – venha a ser substituído pela vigência de equipas pastorais dinâmicas e plurais em que a missão da Igreja, em territórios cada vez amplos, seja assumida de forma sinodal e corresponsável por um número variável de padres, diáconos, religiosos/as onde os houver, com os seus carismas, e uma estável equipa ministerial de leigos instituídos, com capacidades efetivas de coordenação e dinamização nos âmbitos respetivos. Teremos cada vez menos paróquias autárquicas e cada vez mais células vivas de uma Igreja viva que experimenta e faz crescer a comunhão corresponsável de todos os fiéis de forma desclericalizada e crescentemente sinodal.

Que Santa Maria, Mãe da Igreja, nos ensine com o seu exemplo a acolher os impulsos do Espírito de Pentecostes e que a barca da nossa Diocese possa navegar, de velas pandas, para o mar alto onde o Mestre nos convida a lançar as redes.

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