Faça o seu DONATIVO à Paróquia de São Pedro de Vilar do Paraíso. IBAN PT50 0018 000010163256001 75 (Fábrica da Igreja Vilar do Paraíso). Se desejar recibo para efeitos de IRS, envie e-mail para: parocovp@gmail.com. Muito obrigado!

quinta-feira, 31 de maio de 2018

ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA

A comunidade reunida na devoção e oração na companhia da MÃE, e a Meditação dos Mistérios Luminosos, com momentos particularmente significativos da vida pública de Jesus.
Também as palavras da Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, do Papa Francisco, que nos acompanharam no guião preparado para este mês de Maio.
O Rev. Pe. Jerónimo lembrou a morte do Cónego Rui Osório, tendo sido feita uma oração em sua memória.
Agradecimentos aos que participaram e orientaram a recitação do rosário em todos os centros.
 
 
 
 
 
Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado com sua Mãe Maria Santíssima.

FALECEU O CÓNEGO RUI OSÓRIO

Hoje ficamos mais pobres com a morte do Homem, Jornalista, Cónego Rui Osório. 
Em 2014 esteve entre nós no Ciclo de Conversas Amplas e foi um privilégio poder escutá-lo!
Vai fazer-nos muita falta a sua companhia amiga e as crónicas assertivas que escrevia na página que mantinha no Facebook.
Rui Osório morreu na Casa da Boavista, pelas 10 horas. Durante a tarde foi trasladado para a Igreja da Foz, onde permanecerá em câmara ardente. Pelas 19 horas será celebrada uma missa de corpo presente.
Sexta-feira, pelas 10 horas, será trasladado para a Sé do Porto, onde permanecerá até às 15 horas, quando será oficiado o funeral pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda. Irá a enterrar na freguesia do Olival, de onde era natural.
Que descanse na santa paz do Senhor e que reze por todos nós.
À sua família, aos amigos e paroquianos que tanto amava apresentamos as mais sentidas condolências.

VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA

SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2.3-4bcd.5-6 (R. 6b) 
Refrão: Exultai de alegria, 
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Deus é o meu Salvador, 
Tenho confiança e nada temo. 
O Senhor é a minha força e o meu louvor. 
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação. 
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome; 
anunciai aos povos a grandeza das suas obras, 
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas, 
anunciai-as em toda a terra. 
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião, 
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO SOLENIDADE

SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.15.16bc.17-18 (R.13)
Refrão: Tomarei o cálice da salvação 
e invocarei o nome do Senhor. 

Como agradecerei ao Senhor 
tudo quanto Ele me deu? 
Elevarei o cálice da salvação, 
invocando o nome do Senhor.

É preciosa aos olhos do Senhor 
a morte dos seus fiéis. 
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva: 
quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor, 
invocando, Senhor, o vosso nome. 
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor, 
na presença de todo o povo.

FESTAS DA CATEQUESE - Junho

Dia 2 - Celebração da Vida
8°ano de catequese
19h00, Capela de S. Martinho

Dia 3 - Festa da Fé  
6°ano de catequese 
11h00, Capela de S. Martinho

Dia 9 - Celebração da Família 
1° ano de catequese
10h00, Capela de S. Martinho

Dia 10 - Peregrinação a Fátima
5° e 9° catecismo  

 Celebração das Bem-aventuranças 
7° ano de catequese 
9h30, Capela de  S. Caetano

Dia 16 - Encerramento da catequese 
(responsável: 9º ano)

SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO - SOLENIDADE - Quinta-feira, 31 de Maio

Missas com horário de domingos. (não há missa na Ilha)
FESTA DA EUCARISTIA, 1ª COMUNHÃO 
às 11h, Capela de S. Martinho
"A solenidade de hoje recorda-nos que, na fragmentação da vida, o Senhor vem ao nosso encontro nos panos duma amorosa fragilidade, que é a Eucaristia. No Pão de vida, o Senhor vem visitar-nos fazendo-Se humilde alimento que amorosamente cura a nossa memória adoentada de frenesim. Porque a Eucaristia é o memorial do amor de Deus. Nela, «se comemora a sua paixão» (Solenidade do SS. Corpo e Sangue de Cristo, Antífona do Magnificat nas II Vésperas), o amor de Deus por nós, que é a nossa força, o sustentáculo do nosso caminhar. É por isso que nos faz tão bem o memorial eucarístico: não é uma memória abstrata, fria e concetualista, mas a memória viva e consoladora do amor de Deus. Memória anamnéstica e mimética. Na Eucaristia, temos todo o gosto das palavras e gestos de Jesus, o sabor da sua Páscoa, a fragrância do seu Espírito. Ao recebê-la, imprime-se no nosso coração a certeza de sermos amados por Ele. E, ao dizer isto, penso de modo particular em vós, meninos e meninas que fizestes há pouco a Primeira Comunhão e estais aqui presentes em grande número.

Assim, a Eucaristia forma em nós uma memória agradecida, porque nos reconhecemos como filhos amados e alimentados pelo Pai; uma memória livre, porque o amor de Jesus, o seu perdão, cura as feridas do passado e apazigua a recordação das injustiças sofridas e infligidas; uma memória paciente, porque sabemos que o Espírito de Jesus permanece em nós nas adversidades. A Eucaristia encoraja-nos: mesmo no caminho mais acidentado, não estamos sozinhos, o Senhor não Se esquece de nós e, sempre que vamos até Ele, alenta-nos com amor."

Papa Francisco 
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2017/documents/papa-francesco_20170618_omelia-corpus-domini.html

FESTIVIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

O Cabido da Sé Portucalense promove no próximo dia 31 de Maio, a tradicional Festividade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo na cidade do Porto.

No dia da solenidade, a Missa Estacionai será presidida pelo Bispo do Porto na Igreja da Santíssima Trindade, pelas 11 horas, ficando em seguida o Santíssimo Sacramento em exposição solene para a adoração dos fiéis. Às 16h celebram-se Vésperas solenes seguindo-se, às 16h:30, a Procissão Eucarística em direcção ao Terreiro da Sé, onde será dada a Bênção do Santíssimo Sacramento. O percurso será o tradicional: saindo da Igreja da Santíssima Trindade pelas 16h:30, seguirá pela Praça Humberto Delgado, Avenida dos Aliados, Praça da Liberdade, Praça Almeida Garrett e Avenida D. Afonso Henriques, em direcção ao Terreiro da Sé.

ENCERRAMENTO DO MÊS DE MARIA: 31 de Maio, 21h00, Capela de S. Martinho

Recitação do Terço todos juntos. 💗
"Desejo coroar estas reflexões com a figura de Maria, porque Ela viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus. É Aquela que estremecia de júbilo na presença de Deus, Aquela que conservava tudo no seu coração e Se deixou atravessar pela espada. É a mais abençoada dos santos entre os santos, Aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita deixar-nos por terra e, às vezes, leva-nos nos seus braços sem nos julgar. Conversar com Ela consola-nos, liberta-nos, santifica-nos. A Mãe não necessita de muitas palavras, não precisa que nos esforcemos demasiado para Lhe explicar o que se passa connosco. É suficiente sussurrar uma vez e outra: «Ave Maria...».
Alegrai-vos e Exultai
Papa Francisco

terça-feira, 29 de maio de 2018

EUTANÁSIA NÃO FOI APROVADA

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) saudou hoje o “chumbo” dos projetos de lei levados a votação no Parlamento para a despenalização da eutanásia.

A  AMCP “congratula-se” com este resultado, por “inviabilizar a prática da eutanásia em Portugal”.

Para o presidente da AMCP, o médico psiquiatra Pedro Afonso, esta votação representa “uma vitória da medicina e uma vitória da Vida”.

“Os médicos não têm outra vocação senão estar ao lado da Vida, tratando e aliviando o sofrimento dos doentes, e garantindo os cuidados paliativos a todos aqueles que deles necessitam”, defende, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses exorta as entidades competentes a um maior investimento nos cuidados paliativos.

“A medicina apoia a sua prática no diagnóstico e no tratamento das doenças, no alívio do sofrimento dos doentes, com a finalidade de defesa da vida humana, e não em decisões que, com o subterfúgio de quererem eliminar o sofrimento, eliminam o doente”, conclui a nota.

A Assembleia da República rejeitou hoje os projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV para a despenalização da eutanásia, numa votação deputado a deputado.

O projeto do PAN teve 107 votos a favor, 116 contra e 11 abstenções.; o diploma do PS recebeu 110 votos a favor, 115 contra e 4 abstenções; o do BE contou com 117 votos contra, 104 a favor e 8 abstenções; já a proposta do PEV teve 104 votos favoráveis, 117 contra e 8 abstenções.

HINO À VIDA

Vou cantar um hino à vida 
Dom gratuito do Senhor
Pela graça recebida 
Bendirei o seu Amor. 

Deus está em toda a vida 
Como o sol na madrugada.
Seu Amor é sem medida 
E toda a vida é sagrada.

Vive a criança escondida 
no seio de sua mãe.
De todos os bens da vida 
É a vida o maior bem.

Respeita a erva rasteira
E a árvore da floresta.
Ambas à sua maneira 
fazem da vida uma festa.

De pétalas matizadas 
A vestir o campo e a serra
As flores tão variadas 
São o sorriso da terra.

Não macules a pureza 
Nem dos rios nem do mar.
É sangue da natureza
Que se deve respeitar.

Louvada seja a Irmã Vida
Feita de sombra e de luz.
Por Deus me foi concedida
E a Ele me reconduz.

ORAÇÃO DE TAIZÉ

09 de Junho, 21h30, Capela de S. Martinho
Organizada pelo Grupo de Jovens da Paróquia
ESTÁS CONVIDADO(A)!

RECITAÇÃO DO TERÇO

Ontem, com a Pastoral das Vocações, 
na Capela de S. Caetano.
Oração pelas Vocações

Obrigado, Senhor, pelo Dom da VIDA
e o chamamento a viver a Santidade;
agradeço-Te, Senhor, 
porque através do Batismo, 
Tu me tornaste Teu filho
e anunciador da Boa-Nova.
Faz-me, Senhor, 
cumpridor da Tua missão
na Igreja e no Mundo.
Que eu possa, 
movido pela força da Tua Palavra,
atuar na minha comunidade
mas dando uma atenção especial
ao trabalho da Pastoral Vocacional.
Envia, Senhor, 
operários para a Tua messe;
que as nossas famílias sejam
celeiros de Vocações matrimoniais,
religiosas, sacerdotais e missionárias.
Amém.
   
(Oração adaptada)

segunda-feira, 28 de maio de 2018

HINO A NOSSA SENHORA

Ó gloriosa Senhora do mundo,
Excelsa princesa do céu e da terra,
Formosa batalha de paz e de guerra,
Da santa Trindade secreto profundo!
Santa esperança, ó Madre de amor,
Ama discreta do Filho de Deus,
Filha e Madre do Senhor dos Céus,
Alva do dia com mais resplendor!

Formosa barreira, ó alvo e fito,
A quem os profetas direito atiravam!
A ti, gloriosa, os Céus esperavam,
E as três pessoas um Deus infinito.
Ó cedro nos campos, estrela no mar,
Na serra ave Fénix, uma só amada,
Uma só sem mácula e só preservada,
Uma só nascida, sem conto e sem par!

Do que Eva triste ao mundo tirou
Foi o teu fruto restituidor;
Dizendo-te Ave o embaixador,
O nome de Eva te significou.
Ó porta dos paços do mui alto Rei,
Câmara cheia do Espírito Santo,
Janela radiosa de resplendor tanto,
E tanto zelosa da divina lei!

Ó mar de ciência, a tua humildade,
Que foi senão porta do céu estrelado?
Ó fonte dos anjos, ó horto cerrado,
Estrada do mundo para a divindade,
Quando os Anjos cantam a glória de Deus,
Não são esquecidos da glória tua;
Que as glórias do Filho são da Madre sua,
Pois reinas com Ele na corte dos Céus.

E [nós] que faremos os salvos por Ela,
Nascendo em miséria, tristes pecadores,
Senão tanger palmas e dar mil louvores
Ao Pai e ao Filho e Espírito, e a Ela!

Liturgia das Horas

EUTANÁSIA: votar “NÃO” pelo dever de salvar

Em Portugal, a discussão sobre a eutanásia tem sido colocada ao contrário. Os defensores do sim, apoiados pela habitual onda mediática, consideram que uma pessoa tem liberdade para fazer o que quiser com a sua vida, logo tem o direito de pedir a morte ao hospital, como se a morte fosse uma operação médica como outra qualquer, como se “morte”, “morrer” e “matar” fossem meros conceitos técnicos ou médicos como “remover” ou “aspirar”. Mesmo que isto fosse verdade, mesmo que tivéssemos de aceitar que a morte é um direito, o argumento da liberdade esbarraria sempre no ponto central: o que interessa aqui não é quem quer morrer, mas sim quem se vê forçado a matar – os médicos e enfermeiros. O que interessa aqui não é o alegado direito a morrer, mas sim o dever de matar, que não pode existir. Por outras palavras, invocar o argumento da liberdade na eutanásia é falacioso, porque a eutanásia não é um suicídio normal. “Eu faço o que quiser com a minha vida” ou “sou eu quem escolhe a hora e o modo da minha morte” são argumentos para a defesa do suicídio, que é um acto total e radical de liberdade. A eutanásia não pode ser defendida nestes termos, porque a decisão final depende de um conjunto de médicos que tem de validar e executar a morte pedida. Ou seja, a eutanásia não é um acto de liberdade. Pelo contrário, é a usurpação da liberdade do outros (dos médicos e enfermeiros) em nome de um alegado direito à morte.
(...)
O ser humano terá sempre a liberdade radical para se matar, não pode é ter o direito de desviar o ónus do seu suicídio para outra pessoa ou para uma entidade colectiva e desresponsabilizadora. Ou seja, eu terei sempre a liberdade para me matar, não tenho é o direito de chamar os outros para o meu suicídio, não tenho o direito de exigir que me matem. Para me matar, eu terei sempre de fazer algo na solidão absoluta da liberdade: congregar coragem para o salto final. Ora, a eutanásia e o suicídio assistido são formas de evitar essa solidão e essa coragem inerentes à liberdade; são formas de desviar para terceiros o ónus e a coragem do acto. Pior: são formas de transformar um acto moral num acto médico e técnico isento de opróbrio. 
(...)
Além da falácia do direito a morrer e do dever de matar, existe uma terceira falha no argumento da liberdade aplicada à eutanásia: quem pede para morrer dificilmente está na posse do seu livre arbítrio ou, no mínimo, a dor já lhe diminuiu o perímetro da liberdade. Será que tem validade uma decisão tomada debaixo da coação da dor? Será que é consciente uma escolha feita no limite da dor? Duvido. E, mesmo que seja consciente, cabe à sociedade não validar esse desespero. O desespero do acamado que pede eutanásia tem a mesma validade moral do desespero do suicida normal no cimo da ponte. O nosso dever é recusar o seu desespero. Se no cimo da ponte temos de tentar agarrá-lo, na cama do hospital temos o dever de lhe dar o melhor dos cuidados paliativos e da medicina da dor.
(...)
Em Portugal, a discussão tem sido colocada ao contrário noutro sentido: a maioria dos portugueses ainda não sabe o que se passa na Holanda e na Bélgica, dois países que legalizaram a eutanásia. O quadro é dramático, para usar um eufemismo. Estamos a falar de milhares e milhares de eutanásias por ano. Estamos a falar do assassínio – sim, assassínio – de velhos com demência. Se são dementes, como é que podem assinar o consentimento? Estamos a falar do assassínio – sim, assassínio – de jovens com depressão e simplesmente cansados de viver. Estamos a falar do assassínio – sim, assassínio – de pessoas cegas, por exemplo. O quadro não é dramático, é abjecto: a cegueira e a depressão são usadas como justificações legítimas para a eutanásia. É este, de resto, o grande perigo de uma lei geral da eutanásia: abre um alçapão por onde tudo pode entrar. O que é “sofrimento insuportável”? E quem decide o que é “sofrimento insuportável”? É por isso que a eutanásia está a servir para centenas e centenas de famílias despacharem os seus velhos com demência ou com outras incapacidades. É por isso que jovens com depressão entram nos hospitais e são mortas porque estão com depressão. Ainda hoje há gente em Portugal que não acredita naquilo que estou aqui a dizer, mas os deputados que votarão não têm o luxo da negação. Os deputados de Portugal não têm o luxo de pactuar com um conceito de direitos humanos que assenta apenas na autonomia e na perfeição corporal ou mental. Os defensores radicais da eutanásia assumem que uma vida humana só pode ser vivida com total autonomia corporal ou mental; acham que a nossa dignidade está dependente da saúde e da autonomia corporal ou até mental. Sucede que a sacralidade da vida humana não depende da autonomia corporal ou sequer da consciência mental. Um bebé ou um deficiente mental não têm consciência kantiana, mas não deixam de ser sagrados. O mesmo acontece com os portadores de deficiências físicas, da trissomia até à surdez. Na Holanda e na Bélgica, quem cai na cegueira ou na depressão é convidado à desistência porque já não é autónomo ou porque tem algo incurável. Exagero? Leiam o que se passa na Holanda e Bélgica. Já não têm o luxo da negação.

E SE AJUDÁSSEMOS OS OUTROS A VIVER?

"Enquanto encararmos as nossas incapacidades como tragédias, terão pena de nós. Enquanto sentirmos vergonha de quem somos, as nossas vidas serão vistas como inúteis. Enquanto ficarmos em silêncio, serão outras pessoas a dizer-nos o que fazer” (Adolf Ratzka).
Sim, eu tenho 95% de incapacidade motora, avaliada por uma Junta Médica. Mas a minha vida nunca foi uma tragédia, apesar de todos os “tsunamis” que tive de enfrentar. A minha vida não é inútil porque sei que através dela posso ser relevante para quem acha que já perdeu a esperança. Os outros até podem dizer-me o que fazer, mas a minha liberdade individual levou sempre a melhor, ainda que “aprisionada” numa cadeira de rodas. Sabem porquê? Porque eu nunca tive vergonha de pedir ajuda, para viver. Nunca fui autónoma, mas isso não me tornou menos digna em nenhum dos dias, desde que nasci. É por isso que não posso ficar em silêncio, numa altura em que nos preocupamos em como ajudar os outros a morrer. E se ajudássemos os outros a viver?

Se calhar mais do que ser pró-vida - ao defender a vida independente e assistida e os cuidados continuados e paliativos, ao alcance de todos - sou fundamentalmente contra uma coisa: isto do ser-se “morno” e a descambar para o contraditório. Quem defende o chamado “direito a morrer com dignidade”, não me convence que é a favor da vida. A favor da vida é quem dá, se for preciso, a própria vida (e com isto quero dizer, o seu tempo, a sua entrega, dedicação, presença e atenção) aos outros. É quem ajuda os outros a viver.

Esta semana ouvi uma frase que contraria aquilo que considero óbvio: “SE eu não fizer pelos outros, quem o fará?” - basicamente o resumo de toda a vida de Jesus na terra, aquele que considero ser o maior Mestre da Inclusão, de todos os tempos. Em oposição a isto temos “o mantra da auto-ajuda” que defende: “SE eu não fizer por mim, quem o fará?”.


Achamos que estamos a ser profundamente solidários ao nos colocarmos do lado dos que dizem “sim” a ajudar alguém a acabar com o seu “sofrimento profundo”. Que acto de altruísmo este! Afinal, se não há auto-ajuda, nós damos uma mãozinha…! Pergunto: seremos nós alguma vez capazes, enquanto seres humanos limitados, de compreender o sofrimento de alguém? Seremos nós alguma vez capazes, enquanto seres humanos limitados, de decidir quando ele deve terminar?

Para aqueles que dizem que temos o direito à vida e à morte, não concordo que isto seja assim tão linear. Porque direito à vida, como eu o entendo, não foi uma decisão minha. Primeiro, existi; a seguir é que percebi que estava na vida, logo tinha o direito a vivê-la (no meu caso, prefiro considera-la um dever!), a partir do momento em que fui colocada cá. A vida é para todos uma viagem com principio, meio e fim. Agora, direito a querer morrer, a morrer de facto e a querer que me matem, são coisas totalmente diferentes.

Chamando as coisas pelos nomes: se eu quiser acabar com a minha vida, é suicídio. Se alguém acabar com a minha vida, é homicídio. O resto? Para mim está claro: o resto é um emaranhado de fios que confundem amor-próprio com egoísmo, compaixão com piedade, direitos com deveres, dor com sofrimento e o que significa realmente a tão repetida “dignidade”. Os defensores da eutanásia acham mesmo que ajudar uma pessoa a morrer é estar a fazer algo por ela? Sou obrigada a concordar: ajudar alguém a morrer é tirar-lhe a vida. É, sem eufemismos, matar essa pessoa.

Dentro de dias a agenda mediática vai falar da celebração internacional das Doenças Raras, como é a minha - e atenção que eu sou uma abençoada na minha condição de deficiente. Experimentem pesquisar sobre isso e vão ver que isto de ter uma doença rara é cada vez menos raro. Viver com uma doença terminal, também já deixou de ser raro. Raro é quem tem a capacidade de ajudar os outros a viver. Raro é quem está com o outro como uma extensão de si mesmo - como um leitor fiel e presente - em vez de ter um papel de co-autoria no fim da história. Raro é viver a vida como um milagre diário, agora e até à hora (natural) da nossa morte.

domingo, 27 de maio de 2018

CENTENÁRIO DA MORTE DE D. ANTÓNIO BARROSO

Entre a Monarquia constitucional e a I República viveu António Barroso. Nascido em Remelhe, Barcelos, em 1854, frequentou o Seminário das Missões de Cernache do Bonjardim, antes de ser ordenado presbítero, em 1879, e partir como missionário, ao serviço do Padroado português, em Angola e Congo, em Moçambique e em Meliapor. Aí se encontrava quando foi nomeado bispo do Porto; diocese que pastoreou entre 1899 e 1918, com um estilo missionário e uma irredutível firmeza, esta no contexto subsequente à afirmação da República, em 1910. Por ocasião do centenário da sua morte, o presente colóquio pretende abordar a vida e a ação pastoral de D. António Barroso, inscritas no cenário político, social e eclesial do seu tempo, entre a Monarquia e a República.

Inscrições (a participação é gratuita mas sujeita a inscrição)

 Online, através do link: 
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdn_c0RTK_7bMB9IQ2-VxkHM060zLFH3Mhv7JF_3_97Yq6lVw/viewform


+ informações: 

EUTANÁSIA: «O insuportável é a ausência dos afetos»

«Não é a dor física que leva ao desespero, pois essa é facilmente superada pelas modernas técnicas de analgia e cuidados paliativos. O que passa todos os limites é o saber-se que muitos “adoram” o cão e o gato, mas nunca visitam a mãe ou o avô. O insuportável é a ausência dos afetos, a fragilidade das relações, o grassar da cultura do “descarte”».

Assim escreve o bispo do Porto, D. Manuel Linda, em texto publicado no semanário “Expresso” de hoje, a propósito da votação sobre a despenalização da eutanásia, marcada para terça-feira no parlamento.

«A submissão ao facilitismo representa sempre uma abdicação perante a sensatez. Pior: começa por ser um “mal que se tolera” e, de abaixamento em abaixamento, chega ao “mal que se impõe”. Até ser tido como um “bem”. É o plano inclinado onde se forma a bola de neve que nunca se sabe onde vai parar», assinala o prelado doutorado em Teologia Moral.

NÃO ADORES NUNCA NINGUÉM MAIS…

1. Mateus 28,16-20: última página do Evangelho de Mateus, que hoje, Solenidade da Santíssima Trindade, é solenemente proclamada para nós. Encerra o Evangelho de Mateus, condensa-o e resume-o, e abre aos Discípulos e Irmãos do Ressuscitado novos e insuspeitados horizontes.

2. Algumas notas surpreendentes enchem a página, o pátio, o átrio sempre entreaberto do Evangelho para o mundo: a autoridade soberana e nova de Jesus, assente, não na distância, mas na proximidade e familiaridade (1); a missão universal confiada a uma Igreja discipular, toda reunida à volta de um único Mestre e Senhor (2); só nesta página é dito que os Discípulos devem, por sua vez, ensinar, não se tornando, todavia, Mestres, mas permanecendo Discípulos (3); não ensinam, por isso, nada de próprio nem por conta própria, mas apenas «tudo o que Ele mandou» (4); a Presença nova e permanente [= «todos os dias»] do Ressuscitado na comunidade discipular (5).
(...)
7. SABE hoje e VOLTA-O NO TEU CORAÇÃO! Outra Sabedoria, outro saber, outro sabor. À outra luz do coração, que é onde arde o dom de Deus, Sabedoria de Deus, escrita nova de Deus no coração, viagem de Jeremias 17,1 a Jeremias 31,33, lume novo no coração dos dois Discípulos de Emaús (Lucas 24,32), e que Paulo quer acender no coração de Timóteo e no nosso (2 Timóteo 1,6).
(...)
10. E não nos esqueçamos que «adorar» é «orientar a vida toda para…». Adorar Jesus é orientar a vida toda para Jesus. Adoremos hoje o Pai e o Filho e o Espírito Santo, unidos no mesmo Nome (Mateus 28,19). Não adores nunca ninguém mais…

D. António Couto

FESTA DA ESPERANÇA

O 5º ano da catequese celebrou ontem, 26 de maio, a Festa da Esperança. Os cristãos vivem voltados para o futuro cheios de esperança, que é possível porque estamos ancorados em Cristo. Muito obrigado às catequistas destas crianças, não só pelo empenho em prepararem esta festa, mas também pelo compromisso de todo ano, dando testemunho de Jesus Cristo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 26 de maio de 2018

FOLHA DOMINICAL: informações e reflexões importantes para toda a comunidade

SANTÍSSIMA TRINDADE – SOLENIDADE

SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.6.9.18.19.20.22  (R. 12b) 
Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.

A palavra do Senhor é recta, 
da fidelidade nascem as suas obras. 
Ele ama a justiça e a rectidão: 
a terra está cheia da bondade do Senhor. 

A palavra do Senhor criou os céus, 
o sopro da sua boca os adornou. 
Ele disse e tudo foi feito, 
Ele mandou e tudo foi criado. 

Os olhos do Senhor estão voltados 
para os que O temem, 
para os que esperam na sua bondade, 
para libertar da morte as suas almas 
e os alimentar no tempo da fome. 

A nossa alma espera o Senhor: 
Ele é o nosso amparo e protector. 
Venha sobre nós a vossa bondade, 
porque em Vós esperamos, Senhor.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

FESTAS DA CATEQUESE - MAIO

SÁBADO 26 
Retiro do 6° ano - Seminário da Boa Nova
Celebração do Perdão - 3° ano (9h30) - S. Martinho 
Celebração da Esperança - 5° ano (14h30) - S. Martinho

DOMINGO, 27 
Celebração da Palavra - 4° ano (11h00) - S. Martinho

QUINTA-FEIRA, 31 
Corpo de Cristo - Celebração da 1ª Comunhão- 3° ano (11h00) - S. Martinho

DOMINGO DE PENTECOSTES EM BESELGA

No Domingo de Pentecostes, o Coro de S. Caetano, a convite da sua maestrina Tânia Leitão, viajou até à bonita de aldeia de Beselga, diocese de Lamego, onde com a comunidade local animou a celebração da Eucaristia. 
A Igreja da Santa Cruz – Matriz de Beselga, de traça barroca e construída no Séc. XVIII, destaca-se no seu interior o tecto da capela-mor decorado com figuras de apóstolos e o retábulo-mor em talha dourada e polícroma.
Presidiu à celebração da Eucaristia o Pe. Carlos Manuel Rodrigues Carvalho, pároco de Beselga e de mais 6 paróquias, missão que divide com o Pe. Francisco José Esteves Marques.
Porque é Maio, a bonita imagem de Nossa Senhora, encontra-se ao lado esquerdo antes da capela-mor, para acolher todos os seus filhos.
No lado direito, por baixo da imagem do Sagrado Coração de Jesus, destaque para um bonito painel que nos anuncia que Cristo ressuscitou!
A Igreja encheu-se para a Solenidade de Pentecostes! E com esta comunidade - que desde o início tão bem acolheu o Coro e os seus familiares - se rezou, cantou e louvou ao Senhor!
 
A missão destinada ao Coro neste dia era, principalmente, animar a celebração com cânticos...
No entanto, os responsáveis entenderam dar também a missão de leitores, pelo que as leituras foram feitas por elementos do Coro.
O Sr. Diácono Angélico, que também acompanhou o Grupo nesta missão, aqui na proclamação do Evangelho. 
O Pe. Carlos, na homilia deste Domingo de Pentecostes, desejou que "cada um de nós seja receptivo ao amor que Deus derrama nos nossos corações, e que o Espírito do Senhor encha de alegria a terra inteira."  
Oração Universal: (...) "Por cada homem que faz o bem e ama a justiça, que luta e sofre pela  liberdade e pela paz, para que o Espírito Santo torne mais firme a sua esperança, oremos. (...)
"Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre.  Amém. Amém. Amém."
A organista que ficou um bocadinho "escondida" pela imagem de Nossa Senhora, mas que em nada afectou o o seu trabalho. 
No final, a fotografia de grupo para guardar e recordar este Domingo, em que  "fora de portas" se fez missão. "Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho" é para nós hoje!
Seguiu-se depois um excelente almoço que foi oferecido pela Comissão de Festas de Beselga, a quem renovamos os agradecimentos pelo acolhimento e simpatia com que nos brindaram.
Depois do almoço, tempo para uma pequena caminhada de volta ao centro da aldeia, onde junto da Igreja se encontra o MEMORIAL DA DEVOÇÃO CEIREIRA,  um pequeno núcleo museológico, muito bem concebido pelos Padres Carlos e Francisco e que foram gentis cicerones nesta visita. Um grande bem-haja!
Já a caminho de casa, houve ainda tempo para um pequeno desvio, com a subida e visita ao lindíssimo Santuário de Nossa Senhora da Lapa, que encerrou em beleza este dia, a que até a chuva prometida se associou, só caindo antes ou depois da passagem do grupo!
A terminar,  fica também o agradecimento do Grupo Coral de S. Caetano à Câmara Municipal de Gaia, pela cedência do transporte.