Como é do domínio público, o Santo Padre escolheu para com ele trabalhar mais de perto no governo universal da Igreja, elevando-o à dignidade cardinalícia, o atual Bispo de Leiria-Fátima, D. António Augusto dos Santos Marto.
O novo Cardeal realizou parte da sua formação sacerdotal no nosso Seminário Maior do Porto e, após o doutoramento em Roma, a ele voltaria como formador e prefeito de estudos, em 1997. Ao longo de vinte e três anos, até 2000, ano da sua eleição para o Episcopado, exerceu, entre nós, uma intensa atividade docente e pastoral. Na nossa cidade, lecionou no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas, no Centro de Cultura Católica e no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (Faculdades de Teologia e de Direito), vindo a ser eleito para Diretor-adjunto da Faculdade de Teologia. Ao mesmo tempo, percorreu a Diocese em conferências, pregações e até na preparação para o Crisma, de cuja atividade viria a resultar uma obra em dois volumes.
É de todos conhecida a simpatia que D. António Marto devota ao Porto: aqui tem muitos dos seus melhores amigos e por aqui passa sempre que a agenda lho permite. E também é notória a recordação carinhosa que a Igreja do Porto dedica a quem com ela tanto se relacionou.
Por tudo isto, a Diocese do Porto participa do imenso júbilo com que os amigos celebram esta feliz escolha de D. António Marto para o Cardinalato, agradecem muito ao Santo Padre e pedem ao Espírito de Deus cumule de graças e de bênçãos quem, a partir do «sagrado colégio», é agora chamado a ajudar o Papa Francisco na tarefa da renovação da Igreja, de modo a corresponder cada vez mais ao rosto do Ressuscitado e a constituir-se sinal de esperança para este mundo globalizado, mas também com fortes convulsões. Pelos seus dotes de sabedoria, fina sensibilidade pastoral, reconhecido otimismo e plena adesão à fé católica, o Cardeal D. António Marto constituirá uma forte mais-valia para a Igreja universal e para o mundo que servimos.
Enquanto o felicito vivamente em nome de toda a Diocese, também lhe asseguro a certeza da nossa oração. Iguais sentimentos dirijo ao Papa Francisco, ele que, como tantas outras vezes, nos surpreende com a ousadia típica de um «homem de Deus».
Porto, 20 de maio de 2018
+ Manuel, Bispo do Porto
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