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sábado, 31 de março de 2012

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

Salmo Responsorial  Sal. 21(22), 8-9. 17-18a.19-20.23-24 (R.2a)  
Refrão: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" 

Todos os que me vêem escarnecem de mim
estendem os lábio e meneiam a cabeça:
«confiou no Senhor, Ele que o livre.
Ele que o salve, se é seu amigo».

Matilhas de cães me rodearam.
e cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
e pude contar todos os meus ossos.

Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-vos a socorrer-me.

Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O MUNDO VEIO ATRÁS DELE!

A «caminhada» quaresmal aproxima‑se da sua meta e do seu verdadeiro ponto de partida: a Cruz Gloriosa, onde resplandece para sempre o Rosto do imenso, indizível amor de Deus por nós. Nesta altura do percurso (supõe‑se que encetámos uma subida «espiritual»: entenda‑se no Espírito Santo e com o Espírito Santo), baptizados e catecúmenos devem estar já a ser Iluminados por essa Luz, a ponto de se desfazerem das «obras das trevas» e de abraçarem as «obras da luz», como verdadeiros discípulos que seguem o Mestre até ao fim, que é também o princípio, a Fonte da Vida verdadeira donde jorra o Espírito Santo (sempre Actos 2,32-33; João 19,30 e 34; 7,38-39). Os catecúmenos têm neste Domingo V da Quaresma os seus terceiros «escru­tínios»: última «chamada» para a Liberdade antes da Noite Pascal Baptismal.

D. António Couto

quinta-feira, 29 de março de 2012

QUARESMA- Tempo de Jejum, Esmola e Oração


Da Quaresma à Páscoa


Quinta-feira da quinta semana: O alimento do jejum

Dentre todos os ensinamentos divinos, devemos explicar de preferência, com a ajuda do Senhor, o que escutamos agora em último lugar: Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor (Sl 104, 3).
...

Ora, para o nosso coração, o Senhor é luz, é voz, é odor e é alimento. E, pelo facto de Ele não ser nada disto, é que Ele é tudo isto. E, pelo facto de Ele ser o criador de tudo isto, é que Ele não é nada disto. Ele é luz para o nosso coração, e por isso lhe dizemos: «Na tua luz veremos a luz» (Sl 35, 10). Ele é som do nosso coração, e por isso lhe dizemos: «Far-me-ás ouvir uma palavra de gozo e de alegria» (Sl 50, 10). É odor para o nosso coração, e é por isso que se diz acerca dele: «Nós somos o bom odor de Cristo» (2 Cor 2, 15). Mas se vós, por terdes jejuado, andais à procura de alimento, «Felizes os que têm fome e sede de justiça» (Mt 5, 6). Ora do próprio Senhor Jesus Cristo se disse que se fez para nós justiça e sabedoria (cf. 1 Cor 1, 30).



quarta-feira, 28 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Tempo de Reconciliação


DOMINGO V DA QUARESMA - Ano B

«Se o grão de trigo, lançado à terra, morrer, dará muito fruto»
Jo 12, 20-33


Só morrendo é que a semente dá origem a uma vida nova, revelando a sua maravilhosa fecundidade. Também para Jesus a morte é semente de uma vida maravilhosamente nova e fecunda. Graças à Sua morte redentora, os benefícios da salvação são, com efeito, comunicados a todos os homens, judeus ou pagãos. A Sua morte é a conclusão da Sua missão é, por isso, a hora da Sua glorificação. Aceitando voluntariamente a morte, em filial e amorosa obediência ao Pai e aos Seus planos de salvação, Jesus «deu-nos a vida imortal». 

Secretariado Nacional da Liturgia

RETIRO DO 7º E 8º ANO DE CATEQUESE

No sábado, 17 de Março, mais de 30 jovens adolescentes do 7º e 8º anos de catequese viveram um dia diferente, no Seminário da Boa Nova em Valadares.
A manhã "acordou" abençoada com chuva, e sem afectar o programa previsto, pois os adolescentes foram chegando bem-dispostos, e dando continuidade à alegria de estamos juntos, começamos o dia com uma oração na Igreja do Seminário. 
Terminada a oração, seguiu-se um pequeno um jogo para descontrair e permitir maior conhecimento e interacção entre todos os participantes.
O jovem seminarista Diogo foi o convidado para “enfrentar” o grupo de adolescentes mas fê-lo da melhor forma, com o seu cativante sorriso e pondo todos à vontade.
O tema eleito pelo Diogo foi: ESCOLHAS e, bem a propósito, pois a vida de cada um é, e será cada vez mais, feita das mais diversas escolhas… e delas dependerá o futuro que cada um desejar construir.
Foi proposto, no decorrer do tema, que os adolescentes fossem partilhando algumas das ideias que o tema suscitava e as escrevessem num pequeno painel em forma de vela, que também pintaram.
Novamente na Igreja, preparamo-nos para Sacramento da Reconciliação, antecedido de momentos de música, interiorização e oração, feitos pelos catequistas. O Rev. Pe. Zé  Manel proclamou o Evangelho de Mateus 21, 28-31 e, com os adolescentes reflectiu sobre o mesmo. Depois do Sacramento da Reconciliação, terminamos com uma oração e cantando.
O almoço, que já apetecia, foi também antecedido de uma oração conjunta. Depois desta, todos se sentaram e puderam  "acalmar" a fome que já se fazia sentir.
Após o almoço, e como o sol continuava a brindar-nos com os seus raios quentes, foi tempo para desfrutar do ar livre em que todos conviveram brincando, jogando futebol, conversando ou passeando pelo bonito espaço envolvente do Seminário.
A tarde iniciou-se com cânticos e trouxe-nos o testemunho de vida que o Diogo partilhou com emoção, alegria, tristeza e saudade…  e deu aos adolescentes motivo para imensas perguntas e esclarecimento de dúvidas.  
Pelas 17h00, os pais, sempre amigos e colaborantes já nos esperavam com um substancial lanche, que partilhamos e a todos reconfortou. 
Terminado o lanche e com o bom tempo a ajudar, foi tempo de rumar à Capela de S. Martinho, para participar na Eucaristia.
Ponto alto, sem dúvida, o encerramento na Eucaristia das 19h00, no meio da comunidade, os adolescentes partilharam e deram testemunho da alegria vivida neste dia. 
 
Como nota final podemos dizer que foi conseguido neste dia o objectivo de desmistificar a palavra “Retiro”, pois está subjacente a esta, um conceito errado de proibições que leva muitos catequizandos - quando chegam a esta altura - a inventarem mil desculpas para não participarem.
Foi bom ouvir e sentir a alegria dos adolescentes que participaram, na certeza de que este é mais um passo firme e importante na caminhada de fé de cada um deles, cimentada pela Palavra e iluminada pela Luz que nunca se apaga.

quinta-feira, 22 de março de 2012

No Dia Mundial da Água, a água na Bíblia



Disse-lhes Jesus: «Enchei as vasilhas de água.» Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.» E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era - se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água. (João 2)


Dia Mundial da Água


A água é de vital importância na vida de todos os seres vivos, por isso, devemos tomar consciência de que é preciso preservar este recurso para bem da sobrevivência de todos os seres humanos.
Bento XVI exortou também ao “uso responsável e solidário dos bens da terra, em benefício das gerações futuras”.

terça-feira, 20 de março de 2012

Mas as crianças, Senhor...

Todos os dias, no mundo inteiro, as crianças são as maiores vítimas da guerra, da fome, maus tratos físicos e psicológicos, abandono, violência,  rapto...   Os acidentes em casa ou nas estradas, os loucos que surgem a cada passo com armas na mão, matando indiscriminadamente, dão-nos também conta de que milhares de crianças, sem culpa do que quer que seja, perdem a vida, deixando o mundo mais pobre e com menos esperança.
Assim tem sido neste dias que são de Quaresma, deixando-nos um sentimento de revolta e incompreensão, pois o sofrimento de Jesus na Cruz, a todos deveria inspirar só sentimentos de AMOR...
Que a oração seja conforto e refúgio, para os corações dilacerados de todas as famílias atingidas por tanto sofrimento. 
Por todas as crianças, fica o nosso sentimento de dor expresso no silêncio, na tristeza, em lágrimas e a nossa prece a Jesus, companheiro e amigo para todo o sempre.

 

segunda-feira, 19 de março de 2012

S. José, obtém-nos o silêncio

Quando as ferramentas são guardadas no seu lugar e o trabalho do dia termina,
Quando do Carmelo ao Jordão, Israel adormece no trigo e na noite,
Como antigamente quando ele era jovem e ficava muito escuro para ler,
José conversa com Deus com um grande suspiro.
Ele preferiu a Sabedoria e é ela que lhe é trazida para a desposar.
Ele é silencioso como a terra à hora do orvalho,
Ele está na abundância e na noite, ele está bem na alegria, ele está bem na verdade
Maria está na sua posse, e ele a rodeia de todos os lados.
Não foi num só dia que aprendeu a nunca mais estar só
Uma mulher conquistou cada parcela do seu coração agora prudente e paternal
Está de novo no Paraíso com Eva!
Este rosto de que todos os homens precisam, volta-se com amor e submissão para José.
Já não é a antiga prece e já não é a antiga espera depois de que ele sente subitamente um braço sem ódio,
o apoio deste ser profundo e inocente.
Já não é a fé nua na noite, é o amor que explica e opera.
José está com Maria e Maria está com o Pai.
E nós também, para que Deus finalmente seja permitido
Suas obras ultrapassam a nossa razão,
Para que a sua luz não se apague por outras luzes,
E as suas palavras pelo nosso ruído,
Para que cesse o homem
E para que venha o vosso reino,
E se cumpra a vossa vontade,
Para que reencontremos a origem com profundas delícias,
Para que o mar se acalme e Maria comece,
Ela que tem a melhor parte,
E que do antigo Israel abate a resistência,
José, Patriarca interior, obtém-nos o silêncio

Paul Claudel (1868-1955)

DIA DE S. JOSÉ - DIA DO PAI


Uma vela entre José e Jesus ilumina a confiança e a ternura
Porque é que esta imagem nos impressiona ao primeiro olhar? Sem dúvida do claro-escuro, que cria um ambiente de intimidade e meditação. A única fonte de luz, a vela, simplifica a cena ao separar o essencial do acessório. Na sombra, as sandálias e a túnica simples mostram-nos a humildade dos personagens; as ferramentas e as aparas de madeira dizem muito do duro labor do carpinteiro, curvado pela tarefa.
Mas a luz atrai a atenção para o essencial: a troca de olhares entre o velho e a criança, dado que o quadro quer ser em primeiro lugar uma meditação sobre as idades da vida. O que repousa nestes olhares? No pai, uma benevolência plena de gravidade; a responsabilidade pela criança e pela sua proteção marcaram sulcos no seu rosto. Na criança, a confiança e a admiração.

sábado, 17 de março de 2012

DOMINGO IV DA QUARESMA - Ano B


«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»
Jo 3, 14-21

Deus chama-nos a viver em aliança com Ele! Dá-nos todo o seu Amor e espera que nós deixemos o seu Amor entrar no nosso coração, para podermos amar a todos, como Ele nos ama. Mas sabemos que nem sempre correspondemos ao amor de Deus e falhámos, nos nossos pecados. Quando pecamos, estamos a faltar, de algum modo, ao compromisso de Amor. O pecado é assim uma quebra de fidelidade a esta aliança de amor, em Deus. Mas Deus continua e permanece fiel ao seu amor por nós, sem nunca desistir, tal é a grandeza infinita do seu amor. Mas Deus está sempre disponível para renovar esta aliança, oferecendo o seu perdão. O perdão é o grande tesouro que Deus nos dá e que nos convida a dar aos outros.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Quaresma: Catequese e Liturgia

Para quem tem dúvidas de que é possível e desejável, ligar a catequese à liturgia, basta fazer a experiência de ler e meditar profundamente as leituras de cada Domingo. A partir daí, basta ligar todos os elementos que constituem a "ponte" entre elas e  acreditem que não há melhor catequese!
Esta semana, alicerçados nos Mandamentos da Lei Deus, sejamos Pedras Vivas do Tempo do Senhor.

sábado, 10 de março de 2012

DOMINGO III DA QUARESMA - Ano B

Evangelho Jo 2, 13-25  
«Destruí este templo e em três dias o levantarei»


O templo arrasado e levantado em três dias é figura da 
Morte e da Ressurreição de Jesus. 
É Ele o templo verdadeiro. Destruído pelos homens, que Lhe deram a morte, 
Deus O levantou, mais glorioso do que antes, 
ao ressuscitá-l’O de entre os mortos.


Secretariado Nacional da Liturgia

sexta-feira, 9 de março de 2012

Viver a Quaresma na Catequese

A Linguagem dos Símbolos
A riqueza dos símbolos é tão importante que estão presentes em todas as celebrações, e a catequese não se faz sem eles, porque não tem sentido uma catequese que se limite a fazer decorar umas coisas... A catequese deve, antes, partir dos símbolos, dos acontecimentos, dos relatos bíblicos, para levar a fazer tal experiência de fé e possibilitar o aprofundamento do conhecimento do mistério de Jesus Cristo. 
Por isso, na Quaresma, os grupos de catequese procuram dinâmicas apropriadas e a presença de símbolos reveste-se das mais variadas formas, mas o importante é que façam a "ponte" entre a catequese e a liturgia, que domingo a domingo nos é proposta.

Na Capela de S. Caetano, semana a semana em frente ao altar, é colocado um cartaz  com a frase "chave" do Evangelho e ladeado por símbolos (até ao momento: Cinza, Terra e Sementes)  que façam "despertar" os sentidos das crianças e adolescentes, mas também de toda a comunidade. 
Viver o caminho da Quaresma, mais do que falar, o importante é levar a fazer. Os jovens anseiam por isso e as crianças sentem-se parte integrante da caminhada que elas próprias ajudam a construir, de acordo com a sua idade e entendimento.
Vivamos então a Quaresma, num caminho feito de diversas formas, com todos e para todos, mas que nos conduzirá ao encontro do novo dia que Jesus veio trazer a toda a humanidade.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Vocação da mulher num mundo global: «Estar junto à Cruz»

Desde 1975, Ano Internacional da Mulher, que no dia 8 de março se celebra “o Dia da Mulher”. Só porque, em muitos países do mundo a mulher é ainda tratada como escrava, como inferior e desvalorizada, é que este dia deve continuar a existir. Desde o afastamento de cargos de chefia até ao apedrejamento, de tudo se encontra neste mundo global. Embora nas últimas décadas se tenham produzidas mudanças significativas nas condições jurídica e social das mulheres, estes processos são lentos e desiguais e a mulher é ainda o “género condicionalmente reconhecido”, como diz o beneditino alemão Anselm Grün no seu livro ‘Jesus, caminho para a Liberdade’.

Irmã Fátima Magalhães
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=89900

terça-feira, 6 de março de 2012

Da Quaresma à Páscoa


Terça-feira da segunda semana: O único tempo que temos é agora



Prestar atenção porquê? Porque amiúde andamos distraídos. Ou, pior, olhamos indiferentes, sem ver. Ou pior ainda: olhamos invejosos, com aquele olhar vesgo que mata e petrifica. A atenção e o espanto perante a natureza, há muito tempo que ciência moderna os matou. Prestar atenção, observar o mundo como quem o vê pela primeira vez, em silêncio e em jejum, como que saído das mãos de Deus, é cultivar um sadio e franciscano reencantamento do mundo. (...)


João Rosa
Professor da Universidade da Beira Interior

segunda-feira, 5 de março de 2012

2.º Domingo da Quaresma


 Viver todos os dias a fragilidade, a tentação, a confiança


Somos chamados a viver o dom de Deus, até ao fim, na fragilidade, na fraqueza, na confiança e na tentação. Podem variar de género os problemas que vivemos, ou de frequência, ou de intensidade, mas acompanhar-nos-ão sempre. As tentações vão existir sempre. O que muda, num processo de maturação humana e espiritual, é a nossa maneira de acolhê-las. É pelo discernimento da natureza das tentações que nos assaltam que compreendemos, muitas vezes, a nossa singularidade e diversidade, o real impacto da vida em nós, a nossa realidade submersa e os seus ilegíveis vestígios. A tentação humaniza-nos. É uma via. São Paulo bem rezou três vezes ao Senhor para que afastasse o espinho da sua carne (2 Coríntios 12,8). Mas em vão. A resposta foi: «basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.» (2 Coríntios 12,9). 


P. José Tolentino Mendonça
Pai-nosso que estais na terra, ed. Paulinas      

sábado, 3 de março de 2012

TRANSFIGURAÇÃO

Entremos mais dentro da espessura, 
façamos uma tenda, uma pausa breve 
que antecipe a Páscoa 
e nos esclareça 
acerca do segredo e da glória de Deus inacessível
na face do Cristo, 
ícone de Deus vinde, escalemos a montanha do Senhor, 

o universo inteiro foi santificado 
pela luz que o resgatou da transfiguração: 
hoje o Cristo foi transformado na glória do Tabor

que nos ilumine a luz do seu conhecimento 
nos carreiros da vida 
e nos purifique do que a sombra
em nós escureceu

que a coluna de fogo que revelou a Moisés 
o Cristo transfigurado 
nos purifique desta sombra e deste escuro

pratiquemos este lugar e esta hora 
porque este é o tempo da ficção do rosto, 
o tempo de repensar feridas 
e refigurar o chão das coisas, 
o seu uso e a sua banalidade

vinde, conversai com o Espírito 
e a brisa ligeira vos refresque o rosto 
vinde, conversai com Maria, 
o paraíso místico
ela nos ensine a beleza do canto 
e a beleza desta hora

Fr. José Augusto Mourão

DOMINGO II DA QUARESMA - Ano B

Evangelho Mc 9, 2-10    
«ESTE É O MEU FILHO MUITO AMADO»


A Transfiguração, lida neste Domingo, depois de,  no Domingo anterior, ter sido escutada a tentação, faz com ela, como que num grande painel de duas alas, uma espécie de grande abertura da Quaresma: mortificação e glorificação, tentação e glória, morte e ressurreição; são elas, de facto, a síntese do Mistério Pascal que vamos celebrar na Páscoa. jesus vive em Si o mistério que a sua Igreja celebra, e que ela viverá até à sua própria Transfiguração.

Secretariado Nacional da Liturgia

sexta-feira, 2 de março de 2012

Da Quaresma à Páscoa


Sexta-feira da primeira semana: 
Ele rasga o coração de homem para reencontrar a criança


o Senhor provoca a minha voz
a sua palavra rasga-me o coração

dir-lhe-ei que o seu passo me esmaga?
não, o Senhor está a lavrar o seu campo

em mim a vida respondeu
a vida que geme falou

como uma árvore testemunha perante o céu
da luz investida na terra,

assim a minha voz de homem testemunha perante o Senhor
da sua descida ao seio da criação

e a palavra de Deus suscita a minha memória,
a sua humilhação suscita o meu canto

acrescento-o ao grito da vida,
porque eu sou uma terra do Senhor

ele congrega todas as minhas idades,
rasga o coração de homem para reencontrar a criança

atravessa os meus bens em direção ao meu apelo de pobre
o do meu nascimento e o das proximidades do meu fim

o segredo do Senhor escavou o meu segredo
que a sua palavra crie raízes!


P. de la Tour du Pin
Trad. José Augusto Mourão

quinta-feira, 1 de março de 2012

CATEQUESE: Preparação para a Páscoa

DA QUARESMA À PÁSCOA

Multiplicar a generosidade e a solidariedade


Se queremos ser nómadas de Deus, se queremos viver Dele, temos de criar uma liberdade muito grande face às coisas. A verdade é que elas nos ...aprisionam.
O que possuímos rapidamente nos possui a nós. Para o cristão um estilo de vida frugal testemunha melhor do que mil palavras a Fé em Deus. Estamos mergulhados num tempo em que tudo nos empurra para a competição... onde o desnecessário é-nos impingido pela publicidade como absolutamente necessário à nossa felicidade.
O Evangelho ensina-nos não a amontoar, mas a multiplicar. Jesus revela-nos as possibilidades de vida que um único pão esconde. Com um só pão podemos fazer muita coisa, se aprendermos a arte de multiplicar a vida. Multiplicar a generosidade, a solidariedade, a ternura, a capacidade de sofrer com os outros e de se pôr no seu lugar...
Alimentamo-nos uns dos outros. Somos uns para os outros, na escuta e na palavra, no silêncio e no riso, no dom e no afecto, um alimento necessário, pois é de vida (e de vida partilhada) que as nossas vidas se alimentam.


 
P. José Tolentino Mendonça
http://www.snpcultura.org/