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sexta-feira, 9 de maio de 2014

CAMINHADA DOS CATEQUISTAS

Serra da Aboboreira (Marco de Canavezes) - 26.04.2014
 Não há chegada se não há partida!
E deste sucessivo partir e chegar deve ser feito o caminho da nossa vida, até chegar… para nunca mais partir!
 
Talvez por isso, não há o que detenha esta “gente boa” de se pôr a caminho da serra num dia tão pouco prometedor! Ah gente lusa e destemida, confiante na sua capacidade de resistência e na ajuda divina!...
 
Chegados para partir, há que aconchegar o estômago com um pequeno-almoço quentinho ou, pelo menos, um cafezito…, atrapalhando o movimento pacato do pequeno café na região, provavelmente habituado a ritmos menos movimentados dos seus clientes de todos os dias…
Equipados para resistir…eis-nos de mochila às costas em direção à misteriosa serra, envolta em nevoeiro, não nos deixando distrair com o que o horizonte nos proporcionaria, mas antes obrigando-nos a concentrar no caminho.
Entre o granito arredondado, em formas gigantes, e a água a jorrar, serra abaixo, no seu trilho escavado desde há muito, fazendo outrora mover moinhos (agora faz mover caminhantes!), hoje em ruína… moribundos… mas de pé ainda…
Ali alinhados ao longo da corrente de água, contando histórias de cansaços e memórias (que, felizmente, alguém não quer deixar que se extingam, vindo a recuperar a sua aparência) lá fomos… animados...
E da era que não das novas tecnologias, soube ancestralmente o homem aproveitar a energia da água, sem ter o atrevimento de contrariar o seu percurso, conduzindo a maior parte da corrente, de moinho em moinho, através de condutas ecológicas, por si talhadas com mestria em troncos de árvores, alguns deles ainda ali, conservados pela própria água, a testemunhar esses tempos que já vai faltando gente que os recorde.
Todo um trajeto onde o granito, a madeira, a água e o verde convivem numa harmonia e beleza tais, que nos faziam esquecer a dificuldade da subida e nos permitiam conversar, rir, ajudar, orar, partilhar…isto é, estar em comunhão! 
E, porque a sorte é dos audazes ou porque Deus não falta a quem Nele confia, a perseverança é sempre premiada! Eis que a serra se abre ao sol e não nos deixa partir sem nos revelar os seus encantos, não nos deixando descer sem primeiro se nos oferecer como miradouro privilegiado e permitir, um lanche apetecido.
 
Depois da aventura de subir, descer, atravessar caminhos enlameados, e todas as demais peripécias que toda a aventura comporta, pudemos desfrutar do aconchego solidário e hospitaleiro de quem por aqueles lugares tem abrigo.

Para finalizar, no restaurante, com a lareira acesa, num crepitar aconchegante, saboreámos o jantar, animado com os testemunhos dos “caloiros” nestas andanças e a promessa de não faltarem na próxima…
Cada um captou as imagens que tiveram mais impacto para si e que não esquecerá, guardando-as no arquivo da sua memória…

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