Faça o seu DONATIVO à Paróquia de São Pedro de Vilar do Paraíso. IBAN PT50 0018 000010163256001 75 (Fábrica da Igreja Vilar do Paraíso). Se desejar recibo para efeitos de IRS, envie e-mail para: parocovp@gmail.com. Muito obrigado!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CRIAÇÃO COMUM - Irmão Roger

No encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que termina esta sexta-feira, 25 de janeiro, meditamos com as palavras do fundador da Comunidade de Taizé.




Quer sejam católicas ou protestantes, as gerações ascendentes exigem mais do que reformas: um renascimento da comunidade cristã. Mas, muitas vezes, metem o carro à frente dos bois esquecendo que não há reforma de uma comunidade sem reforma do indivíduo. É preciso que o ser preceda o agir. Obcecados por uma vontade de reforma, arriscamo-nos a esquecer que a atualização começa nas profundezas de nós mesmos.

A estes jovens repito frequentemente: na comunhão fraterna que hoje junta várias gerações em Taizé, queremos escutar o Espírito Santo em vós, alargando a nossa inteligência, o nosso espírito, o nosso coração. Pedi a nossa conversão a Deus e construiremos em conjunto, e em conjunto diremos: «Vê, Senhor, o teu povo; considera os homens, nossos irmãos, pelo mundo. Separámo-nos, não nos conseguimos voltar a unir para participar numa criação comum. Desfaz a nossa suficiência. Abrasa-nos todos do fogo do teu amor».

E digo-lhes também: ninguém constrói a partir do zero. O poder das pulsões que vos anima pode fazer-vos crer que conseguireis reconstruir sozinhos. Mas o espírito do povo de Deus é construir com todos. Não esqueceis o dia de ontem. Nada de duradouro se realiza sem uma criação comum.

Na comunidade do povo de Deus, como em toda a comunidade cristã, conjugal ou outra, é cada membro que dia após dia participa na recriação de todo o corpo. Se um membro, dominado por uma paixão criadora pessoal, completa a sua obra sem a inserir na criação comum, destrói-a sem se dar conta.

Não há vida comum sem que a única referência de todos seja a de construir em conjunto. O sinal de comunhão que irradiará então entre os homens é mais importante do que a mais nobre obra individual, concebida à margem da comunidade.

A nossa criação torna-se comum desde que consideremos o que Deus nos prepara. Muitos são os sinais que hoje nos são dados. Deus prepara-nos uma comunidade cristã que será lugar de comunhão, que oferecerá à insegurança dos homens através do mundo um chão sólido para todos. Não haverá violência para chegar a esta comunhão. Ninguém será jamais arrancado à sua família eclesial ou humana. Proceder assim não seria uma criação comum. Seria ferir o amor, e quem fere o amor não constrói o povo de Deus.

http://www.snpcultura.org/criacao_comum.html

Sem comentários: