São notáveis a generosidade e a colaboração que pessoas e comunidades têm demonstrado para com as vítimas da guerra da Ucrânia. As Paróquias e outras instituições da Igreja encontram-se na primeira linha dessa tentativa de minimizar os sofrimentos dos inocentes. Quero felicitar a todas, pois demonstram que a amizade cívica e a caridade cristã estão bem impregnadas na nossa sociedade.
A Diocese, enquanto tal, tem estado em contacto com a Igreja greco-católica desde o princípio do conflito. Ninguém sabe como este vai evoluir. Mas conhecem-se bem os efeitos mais visíveis: uma enorme quantidade de refugiados cujo número aumentará muitas vezes.
Perante isto, a Diocese do Porto e as suas instituições estão a organizar um programa de acolhimento, mormente para crianças que –imagina-se- vão chegar em grande número. Assim, o pavilhão do Seminário do Bom Pastor que, ao longo de quase dois anos, foi oferecido para hospital na luta contra a Covid-19 será mantido de reserva para acolhimento de refugiados. Hoje mesmo, a Proteção Civil começa a desmontar a estrutura hospitalar. A Cáritas e os Colégios Diocesanos darão o apoio que lhe é específico, mormente proporcionando às crianças a aprendizagem da língua portuguesa e o prosseguimento de estudos.
Incentivam-se as Paróquias, demais organismos eclesiais e toda a sociedade civil a programarem formas de acolhimento destes refugiados e da sua inserção na vida ativa. Apela-se à generosidade financeira. E, aos cristãos, pede-se uma especial oração pela paz na Ucrânia.
Porto, 7 de março de 2022
+ Manuel, Bispo do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário