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sábado, 19 de março de 2022

III DOMINGO DA QUARESMA (Ano C) - Dia da Cáritas

Ex 3,1-8a.13-15)
Sl 102(103)
1Cor 10, 1-6.10-12 
Lc 13,1-9

CONVERSÃO: VOLTAR A AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

Os três últimos domingos da Quaresma (III, IV e V) têm como tema principal a conversão e a renovação da vida de quem se converte. É interessante constatar como na renovação da Quaresma se concede o primeiro lugar à conversão. O Evangelho do 3º domingo da Quaresma é muito significativo a este respeito.

Ao ser confrontado com a morte de galileus por ordem de Pilatos, galileus que estariam no Templo oferecendo sacrifícios, Jesus tenta debelar algo que deverá ter sido insinuado, mas que não está expresso no Evangelho: as suas mortes seriam um castigo divino, com origem na sua impureza.
Contudo, Jesus resiste a esta instituição, e através do recorrente apelo à conversão daqueles que o escutam, Ele aponta-nos o verdadeiro responsável por aquelas mortes: Pilatos. É pelo pecado deste, e não das vítimas, que esta atrocidade tem lugar.

Reconheçamos o poder desfigurado da Criação que o pecado tem. E assumamos a nossa responsabilidade ao sermos cúmplices do pecado. Não imputemos a Deus aquilo que se resume a consequências das nossas más escolhas.

Jesus recorre à Parábola da Figueira para nos mostrar quem é o nosso Deus. O nosso Deus não é um amo castigador. O nosso Deus é como o vinhateiro da Parábola, que remexe e aduba a terra, confiante de que a figueira irá dar fruto. O nosso Deus dá-nos vida, ano após ano, para virmos a frutificar. O nosso Deus atua discreta e silenciosamente, acompanhando-nos com a sua graça, num contínuo e incessante apelo à conversão.

Escutemos o apelo à conversão na voz do paciente vinhateiro, que ano após ano aduba a terra na esperança que dê fruto. E vivamos este domingo, e esta semana que agora principia, ao ritmo do refrão do salmo que hoje cantamos: “o Senhor é clemente e cheio de compaixão”.

Resta-nos ainda perguntar: Que tipos de frutos estamos/ estou a produzir? Esta figueira que Jesus fala é cada um de nós, nossa família, a Igreja e a sociedade. Que frutos de fraternidade nós produzimos? A figueira estéril que Jesus fala não está longe de nós. Quem sabe se não está dentro de nós, na nossa família, na nossa comunidade? Será que sou eu esta figueira estéril ou infértil?

Pe. Carlos Correia

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