Pelas vias da alegria e da esperança
Toda a Sagrada Escritura é a história de um povo, embrião de uma nova humanidade, criado por Deus para a felicidade e para a consolação que lhe advêm da experiência do convívio entre Criador e criatura, que O aceita pela fé. Mas é no Novo Testamento que mais se ressalta esse dom do contentamento e da felicidade. Aliás, a palavra “Evangelho” quer dizer, precisamente, anúncio de uma alegre notícia, boa nova de alegria. Por isso, S. Paulo viria a sintetizar as atitudes que nascem das palavras e das atitudes de Jesus na conhecida expressão: “Sede alegres na esperança” (Rm 12,12).
Que é a alegria, esse imenso valor não disponível no comércio? É um estado de alma em que a pessoa se sente bem, entusiasmada, bem-disposta, íntegra, não dividida contra si mesma ou contra os outros. É um sentimento no qual a vida resulta menos amarga e como que se não dá conta da dureza do solo que trilhamos. É a grande vacina contra aquele pessimismo que nos leva a considerar o tempo que nos é dado viver como um dos mais difíceis da história. O que é mentira e só gera sentimentos de angústia, dúvida e desespero. Na vida pessoal e na vida da Igreja.
A tristeza é sempre paralisante: não entusiasma, não comove, não move. Encerra-nos numa concha que é o contrário da fermentação do mundo. É ficarmos fechados no Cenáculo, quando os homens e as mulheres “provenientes de todas as nações que há debaixo do céu” (At 2,5) reclamam uma Palavra de salvação.
Sem comentários:
Enviar um comentário