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quinta-feira, 19 de abril de 2012

ECOS DA CAMINHADA DOS CATEQUISTAS

Nem as previsões menos favoráveis da meteorologia afastaram o entusiasmo do grupo dos Caminhos da Serra!...
Todos estavam dispostos a enfrentar tudo, mesmo a chuva e o frio, para se porem ao caminho e ouvir cada um o bater do seu coração e descobrir cada pormenor, cada evidência, cada som ou cada mistério que, intimamente, lhe falará de Deus.
Mochilas às costas partimos à descoberta, numa atitude de disponibilidade e de encontro com a natureza e de uns com os outros, que nem a chuva era suficiente para  nos deter.
A serra impunha-se-nos, grandiosa como sempre a temos encontrado, vestida a rigor para os caminhantes que se dispõem a descobrir as suas maravilhas!
Recortada por caminhos que a serpenteiam, só mesmo os sinais ao longo de cada percurso nos podiam apontar a direção certa, mesmo quando tudo parecia ser um labirinto que nos deixaria perdidos, sem norte.
Entre penhascos e pedras, entre a chuva e o sol, entre subidas que nos põem colados à serra como se encostados a uma parede, entre as descidas escarpadas e molhadas que nos fazem cair, descobrimos os regatos, as pequenas cascatas que cantam serra abaixo e se aninham serenamente no fundo da serra, escorregando de mansinho com a missão de aumentar o caudal de qualquer rio que há de correr mais adiante, descobrimos as outras encostas floridas, matizadas de amarelo e rosa, salpicadas de branco e verde. Outras vezes, pintadas de um tal amarelo, que nos faz imaginar que o sol ali se deita em descanso.
E cada descida ou subida mais difícil levaria à descoberta dos melhores tesouros que se escondem na serra imensa, como se fosse o prémio para quem se dispõe a enfrentar obstáculos e não teme a sua imponência, enfrentando as asperezas do caminho.
E é neste jogo contínuo entre a água tão fresca e cristalina, suave e sempre jovem, numa correria imparável, e a velha serra de penedos duros graníticos e de fragas deslizantes em lascas de xisto, que crescem as flores silvestres de cores suaves, os tapetes de musgo em forma de estrelas, o rosmaninho e os sargaços.
É como um cantar à desgarrada, entre a água e a pedra! As encostas da serra vestem-se de cor e a água canta para embalar o seu sono profundo enquanto vai modelando, polindo e amaciando algumas das suas fragas, revelando-nos um pedacinho da paciência de Deus.
Subimos, descemos e apreciamos a beleza de ambas.
Queremos ser ponte e ser parte desta sinfonia, desta harmonia, deste louvar ao Criador.
Abandonarmo-nos na contemplação desta beleza, deixar que ela nos toque profundamente, será também uma forma de orar.
Terminou a nossa caminhada na calma de Rio de Frades, nas fraldas da serra, onde o silêncio é interrompido apenas pelo pequeno rio. Aí, encharcados e a tiritar de frio, almoçámos abrigados num espaço muito típico, amigavelmente disponibilizado.
Coincidentemente, à tardinha, houve a oportunidade de nesse mesmo lugar surpreender o Sr. Pe. Paulo Teixeira e de, na alegria do reencontro nesta época pascal, encher a pequenina capela dedicada a N.ª Sra dos Milagres, participando na Eucaristia que ali é celebrada, de 15 em 15 dias.  
As peripécias individuais e de grupo, as dificuldades e muitas outras coisas ficarão nos arquivos da memória e no coração de cada um, na sua singularidade, para acrescentar às suas vidas, mas sempre, com certeza, irmanados no que a todos nos une- Jesus Ressuscitado!
14 de Abril de 2012
Texto e imagens de CR

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