Ninguém se espantou com a notícia da canonização de Madre Teresa de Calcutá. Surgiu quase como tardia pois no coração do mundo essa mulher já tinha o seu nome impresso, apesar de ninguém a chamar santa. O Papa Francisco disse, durante a canonização, que possivelmente todos continuariam a chamá-la simplesmente Madre Teresa porque a sentimos próxima de nós na sua humanidade.
Ela via o que nós vemos em tantas cidades, esgotos duma sociedade que produz excesso de lixo e polui a sua própria dignidade. Nós vemos o que ela via. Mas ela parava como o samaritano, não passava adiante. Observava, escutava, confortava, propunha esperança e ia, não se sabe a que parte do mundo, mendigar um pouco de pão, ou uma enxerga digna, ou um lenço que enxugasse lágrimas. E neste todo quase sem o dizer, revelava a figura de Jesus, sem perguntar a ninguém pela sua crença mas envolvendo-a no manto da dignidade do ser humano.
Cón. António Rego
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