CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA A SUBSTITUIÇÃO DO TELHADO DO CENTRO PAROQUIAL. CONTRIBUA PARA ESTA CAUSA PEDINDO EM QUALQUER CENTRO DE CULTO OU NO CENTRO PAROQUIAL O ENVELOPE DISPONIBILIZADO PARA O EFEITO. PODE AINDA FAZER POR DONATIVO À PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DE VILAR DO PARAÍSO. IBAN PT50 0018 000010163256001 75 (Fábrica da Igreja Vilar do Paraíso). OBRIGADO!

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

PEREGRINOS DA ESPERANÇA"

Apresentação do Plano Pastoral Diocesano 2024/2025
🙏
Mensagem do Bispo do Porto apresentada aos catequistas na reunião geral de sábado, 28 de setembro.

REFLEXÃO NESTE INÍCIO DE SEMANA

Ainda que o texto seja conhecido é sempre bom lembrar e refletir.
🙏
PEGADAS NA AREIA

Uma noite eu tive um sonho.
Sonhei que andava na praia com o Senhor,
e, no firmamento, passavam cenas da minha vida.
Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas: 
um era o meu e o outro era do Senhor.


Quando a última cena da minha vida
passou diante de nós, olhei para trás,
para as pegadas na areia,
e notei que muitas vezes,
no caminho da minha vida,
havia apenas um par de pegadas na areia.


Notei também que isso aconteceu nos momentos
mais difíceis e angustiosos do meu viver.
Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:


– Senhor, Tu disseste-me que,
uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos.
Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver,
havia unicamente um par de pegadas na areia.
Não compreendo por que é que,
nas horas em que eu mais necessitava de Ti,pegadas2
Tu me deixaste sozinho...


O Senhor respondeu-me:
– Meu querido filho,
jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento.
Quando viste, na areia,
apenas um par de pegadas, eram as minhas.
Foi exactamente aí que eu peguei em ti ao colo.

sábado, 28 de setembro de 2024

FOLHA DOMINICAL: informações e reflexões importantes para toda a comunidade


ENCONTRO DE FORMAÇÃO

Decorreu hoje no Seminário de Cucujães um encontro de Formação de Animadores da IAM e Catequistas. Aqui deixamos este pequenos apontamento enviado pela Cecília Santos e Sandra Terra. 
"Como é bela a IAM❤️ 
Cada criança é uma luz que pode brilhar e transformar o mundo!
Cada gesto de amor e solidariedade transforma o futuro das nossas crianças. 
A obra da IAM faz a diferença!"❤️💙💛🤍💚
 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

 
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 (19), 8.10.12-13.14 (R. 9a)
Refrão: Os preceitos do Senhor alegram o coração. 

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes,
dão a sabedoria aos simples.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Embora o vosso servo se deixe guiar por eles
e os observe com cuidado,
quem pode, entretanto, reconhecer os seus erros?
Purificai-me dos que me são ocultos.

Preservai também do orgulho o vosso servo,
para que não tenha poder algum sobre mim:
então serei irrepreensível
e imune de culpa grave.

REUNIÃO GERAL DE CATEQUISTAS

Sábado, 28 de setembro, no Centro Paroquial, às 16h30.
EUCARISTIA DO ENVIO DOS CATEQUISTAS, às 19h00, na Capela de S. Martinho.
🙏
Devido à Peregrinação Paroquial a Fátima no dia 5, todos os grupos de CATEQUESE iniciam o ano no dia 12 de outubro. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA

No próximo dia 5 de outubro a Paróquia de São Pedro de Vilar do Paraíso fará a sua peregrinação anual ao Santuário de Fátima. 
" Peregrinos da Esperança" vamos a caminho, com Maria, para rezar, louvar e tudo agradecer a seu Filho Jesus Cristo Nosso Senhor. 🙏

FORMAÇÃO PARA ANIMADORES DA IAM E CATEQUISTAS

Inscreva-se! 

INTENÇÃO DO PAPA - SETEMBRO

PELO GRITO DA TERRA 
Rezemos para que cada um de nós ouça com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes ambientais e das alterações climáticas, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo que habitamos.
🙏
Pai de bondade,
o grito da terra fere o Coração do teu Filho Jesus,
e diz-nos: “quero misericórdia e não sacrifícios”.
A nossa Casa Comum pede-nos uma mudança
audaciosa e radical do nosso modo de vida.
Precisamos de coragem e de uma santa indignação
para nos comprometermos com uma mudança cultural
que acolha o grito da terra e dos pobres.
Precisamos que o fogo do teu Espírito Santo
arda nos nossos corações,
para contemplarmos e agradecermos,
para acolhermos e cuidarmos,
para nos sentirmos todos um em ti.
Que os nossos gestos de amor e cuidado,
por todos e por tudo,
subam até ti como uma oração universal de adoração,
ação de graças e perdão.
Que o nosso viver diário reflita um estilo de vida
sóbrio, cuidadoso, contemplativo e austero,
que modere a voracidade com que habitualmente tratamos
o mundo e nos tratamos entre nós.
Que acolhamos este grito de auxílio transformando-o,
com as nossas decisões, em melodia amorosa e consoladora. Ámen.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

EUCARISTIA E CONVÍVIO DOS GRUPOS PASTORAIS

CONVITE
No próximo dia 22, Domingo, os grupos pastorais da nossa paróquia irão celebrar o seu início atividades na eucaristia das 11h, na Capela de S. Martinho, seguindo-se depois um almoço partilhado no Centro Maria de Nazaré, por volta das
13h. Apelamos à participação de todos os membros dos grupos, dando assim sentido à nossa vivência em comunidade.

DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

SALMO RESPONSORIAL 
Salmo 53 (54), 3-4.5.6.8 (R. 6b)
Refrão: O Senhor receberá a minha vida. 

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,
pelo vosso poder fazei-me justiça.
Senhor, ouvi a minha oração,
atendei às palavras da minha boca. 

Levantaram-se contra mim os arrogantes
e os violentos atentaram contra a minha vida.
Não têm a Deus 
Na sua presença. 

Deus vem em meu auxílio,
o Senhor sustenta a minha vida.
De bom grado oferecerei sacrifícios,
cantarei a glória do vosso nome, Senhor. 

terça-feira, 17 de setembro de 2024

DIOCESE DO PORTO

Nota Episcopal

O drama dos incêndios e o contributo dos cristãos

Perante a situação calamitosa dos incêndios em Portugal, com triste destaque para a área desta Diocese do Porto, venho, por este meio, solidarizar-me com quantos sofrem os seus efeitos: os familiares dos mortos e feridos; os que veem desaparecer num instante as suas casas e bens que tanto custaram a ganhar; as Autoridades e os Bombeiros, cansados e exaustos por uma situação que se prolonga há já vários dias; os que os ajudam com os poucos meios que têm à mão; os que lhes fornecem comida e água; os que amam a natureza, obra de Deus, e agora nada mais podem contemplar que não seja a destruição, obra do homem; os que sofrem doenças graves por causa dos fumos; os que têm de suportar as estradas cortadas e ficam sem meios de transporte para chegarem ao seu local de trabalho; enfim, os que vivem este pesadelo na sua própria pele.

Apelo a todos para que se tenha um cuidado redobrado para que não aconteçam mais casos. Que ninguém se esqueça que, moralmente, a vida ou os bens retirados aos outros por causa do fogo posto tem a mesma gravidade que o homicídio ou o roubo. Perante esta situação tão dolorosa, ouso mesmo pedir que se colabore com as forças de segurança e policiais para a identificação dos pirómanos e dos incendiários que o fazem por maldade.

Apelo também aos agentes pastorais que observem de perto os dramas e intentem uma primeira ajuda ou solução, particularmente aos que perdem tudo. Por exemplo, mediante um ofertório específico para esse fim que fica autorizado desde já. E aos cristãos em geral, que exerçam uma solidariedade ativa e uma partilha de bens, se a situação assim o exigir.


+ Manuel Linda
Porto, 17 de setembro de 2024

OLHAR A CRUZ DO SENHOR


Irei também, Senhor,
Em procissão de amor,
Beijar a tua Cruz.

E quando eu olhar para ti,
Para o teu rosto ferido e desfigurado,
Para as tuas muitas chagas a sangrar,
Dá-me a graça de aí ver bem o meu pecado.

E quando Tu, Senhor, olhares para mim,
Com esse meigo olhar de serena compaixão,
Dá-me a graça de aí ver o teu perdão nunca poupado,
E de sair com o coração transfigurado.

D. António Couto
https://mesadepalavras.wordpress.com/2024/09/13/olhar-a-cruz-do-senhor/

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

LEMBRAMOS


⭐️
 AS INSCRIÇÕES PARA A CATEQUESE DE VILAR DO PARAÍSO JÁ SE ENCONTRAM ABERTAS 
⭐️
As inscrições são dirigidas a todas as crianças que irão iniciar agora o 1.º ano, mas também para todos os que queiram retomar o seu percurso na catequese! 
😁
Os dados necessários à inscrição estão disponíveis no nosso site, onde podem também realizar a mesma: https://paroquiavilardoparaiso.wordpress.com/inscricoesn.../ .

Qualquer dúvida podem ainda endereça-la para o email do Secretariado de Catequese: secretariadocatequesevparaiso@gmail.co

FOLHA DOMINICAL: informações e reflexões importantes para toda a comunidade

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM

SALMO RESPONSORIAL Salmo 114 (116), 1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
Refrão: Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor.

Amo o Senhor,
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu,
no dia em que O invoquei.

Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.
Então invoquei o Senhor:
«Senhor, salvai a minha alma».

Justo e compassivo é o Senhor,
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor guarda os simples:
estava sem forças e o Senhor salvou-me.

Livrou da morte a minha alma,
das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.
Andarei na presença do Senhor,
sobre a terra dos vivos.

sábado, 7 de setembro de 2024

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM

SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1)

Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor.

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.

O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.

RECURSOS PARA CAEQUISTAS

Em tempo de nos debruçarmos sobre a preparação para o início do Novo Ano de Catequese não deixemos de procurar auxiliares que se encontram disponíveis, podemos usar e adaptar a cada grupo nas comunidades em que nos inserimos e são de grande ajuda para a missão que é preciso levar por diante o ano inteiro. 

Cada catequista deve estar atento à realidade de cada catequisando e pôr em prática tudo o que melhor os leve a conhecer, amar e praticar a Palavra de Jesus. 
Importa também não esquecer que a catequese é missionária não só fora de portas, mas hoje, mais do que nunca dentro delas. Não pode, por isso, ser "morta" sem visibilidade na comunidade, na paróquia e na igreja. A catequese não é um “apêndice”, mas o maior grupo de crianças e jovens que uma paróquia tem e se deve preparar semana a semana para a celebração festiva da EUCARISTA! Encontro único e feliz de cada um com Jesus Cristo Nosso Senhor.

Porém, se a catequese não leva ao ENCONTRO de Jesus nem preparara para a novidade, beleza e descoberta do Evangelho, então  é necessário refletir, urgentemente, sobre o rumo que se quer traçar para um futuro com crianças e jovens que apenas se empenham na preparação de festas, pouco conhecem das escrituras e da liturgia que se celebra e em que a participação da Eucaristia se reduz a esses dias “especiais” e se esquece que Ele está sempre presente no Sacrário e Domingo a Domingo, como cristãos que desejamos ser devemos participar na Santa Eucaristia:  memorial do Sacrifício Redentor de Jesus Cristo para salvação do mundo.

Toda a comunidade é também responsável por acolher a catequese de alma e coração e ajudar catequistas, catequisandos, pais e outros familiares a sentirem-se parte importante de uma igreja sempre nova, dinâmica, sempre em construção e onde todos, todos, todos, devem entrar! 

Estejamos atentos, sigamos sempre com as palavras e exemplos de Cristo e  BOA MISSÃO! 

https://catechesisetfamilia.blogspot.com/p/recursos-para-catequese.html 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DO PE. CARLOS

Neste dia 5 de setembro celebramos o aniversário natalício do nosso pároco, Pe. Carlos louvando e agradecendo a Deus pelo Dom da sua Vida feita de missão nas paróquia de Vilar do Paraíso e de Valadares.

Pedimos a todos os santos padroeiros das igrejas e capelas onde celebra a Eucaristia que intercedam por ele junto de Deus para que lhe conceda muitos anos com saúde e o guardem em todos os dias de uma longa e feliz vida.

A comunidade de Vilar do Paraíso e de Valadares desejam-lhe Parabéns e muitas felicidades! 

domingo, 1 de setembro de 2024

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO

Espera e age com a criação

Queridos irmãos e irmãs!

“Espera e age com a criação”: é este o tema do Dia de Oração pelo Cuidado da Criação, que se realizará no próximo 1 de setembro. Refere-se à Carta de São Paulo aos Romanos 8, 19-25. O Apóstolo, ao esclarecer o significado de viver segundo o Espírito, concentra-se na esperança firme da salvação pela fé, que é vida nova em Cristo.

1. Comecemos, pois, por uma pergunta simples, mas que poderia não ter uma resposta óbvia: quando realmente acreditamos, como é que temos fé? Não é tanto porque “acreditamos” em algo transcendente e incompreensível para a nossa razão, ou seja, o mistério inacessível de um Deus distante e longínquo, invisível e inominável. Antes, é porque o Espírito Santo habita em nós, como diria São Paulo. Sim, somos cristãos porque o próprio Amor de Deus foi «derramado nos nossos corações» (Rm 5, 5). Por isso, o Espírito é agora, verdadeiramente, a «garantia da nossa herança» (Ef 1, 14), como uma “pro-vocação” a vivermos sempre inclinados para os bens eternos, segundo a plenitude da humanidade bela e boa de Jesus. O Espírito torna os fiéis criativos, proativos na caridade. Coloca-os num grande caminho de liberdade espiritual, não isento da luta entre a lógica do mundo e a do Espírito, que têm frutos opostos entre si (Gl 5, 16-17). Como sabemos, o primeiro fruto do Espírito, síntese de todos os outros, é o amor. Assim, guiados pelo Espírito Santo, os que acreditam são filhos de Deus e podem dirigir-se a Ele tal como Jesus, chamando-lhe «Abbá, ó Pai» (Rm 8, 15), na liberdade de quem já não recai no medo da morte, porque Jesus ressuscitou dos mortos. Eis a grande esperança: o amor de Deus venceu, vence sempre e vencerá de novo. Apesar da morte física, o destino de glória já está garantido para o homem novo que vive no Espírito. Esta esperança não desilude, como também nos recorda a Bula de proclamação do próximo Jubileu[1].

2. A existência do cristão é vida de fé, laboriosa na caridade e transbordante de esperança, enquanto aguarda o regresso do Senhor na sua glória. E a “demora” da parusia, da sua segunda vinda, não causa qualquer problema. A questão é outra: «quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Sim, a fé é um dom, fruto da presença do Espírito em nós, mas é também uma tarefa, a realizar em liberdade, na obediência ao mandamento do amor de Jesus. Eis, aqui, a feliz esperança que deve ser testemunhada! Onde? Quando? Como? No interior dos dramas da carne humana que sofre. E se alguém sonha, então que sonhe com os olhos abertos, animados por visões de amor, fraternidade, amizade e justiça para todos. A salvação cristã entra no âmago da dor do mundo, que não atinge apenas o ser humano, mas todo o universo, a própria natureza, o oikos do homem, o seu ambiente vital; ela abarca a criação como “paraíso terrestre”, a mãe terra, que deveria ser lugar de alegria e promessa de felicidade para todos. O otimismo cristão baseia-se numa esperança viva: sabe que tudo tende para a glória de Deus, para a consumação final na sua paz, para a ressurreição corporal na justiça, “de glória em glória”. Contudo, no tempo que passa, partilhamos dores e sofrimentos: toda a criação geme (cf. Rm 8, 19-22), os cristãos gemem (cf. vv. 23-25) e o próprio Espírito geme (cf. vv. 26-27). Gemer manifesta inquietação e sofrimento, juntamente com anelo e desejo. O gemido exprime confiança em Deus e abandono à sua companhia amorosa e exigente, tendo em vista a realização do seu desígnio, que é alegria, amor e paz no Espírito Santo.

3. Toda a criação está implicada neste processo de um novo nascimento e, gemendo, espera a libertação: trata-se de um crescimento escondido que amadurece, como “um grão de mostarda que se transforma numa grande árvore” ou “o fermento na massa” (cf. Mt 13, 31-33). Os inícios são minúsculos, mas os resultados esperados podem ser de uma beleza infinita. Enquanto expectativa de um nascimento (a revelação dos filhos de Deus), a esperança é a possibilidade de permanecer firme no meio das adversidades, de não desanimar nos momentos de tribulação ou diante da barbárie humana. A esperança cristã não desilude, mas também não ilude: se o gemido da criação, dos cristãos e do Espírito é antecipação e expectativa da salvação já em ato, São Paulo descreve os numerosos sofrimentos em que estamos imersos como «tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada» (cf. Rm 8, 35). Assim, a esperança é uma leitura alternativa da história e dos acontecimentos humanos: não ilusória, mas realista, do realismo da fé que vê o invisível. Esta esperança é uma espera paciente, como a não visão de Abraão. Gosto de recordar aquele grande crente visionário que foi Joaquim de Fiore, o abade calabrês “dotado de espírito profético” [2], segundo Dante Alighieri: numa época de lutas sangrentas, conflitos entre o Papado e o Império, Cruzadas, heresias e mundanização da Igreja, ele soube apontar o ideal de um novo espírito de convivência entre os homens, marcado pela fraternidade universal e pela paz cristã, fruto do Evangelho vivido. Foi este espírito de amizade social e de fraternidade universal que propus na Fratelli tutti. E esta harmonia entre os homens deve estender-se também à criação, a partir de um “antropocentrismo situado” (cf. Laudate Deum, 67), na responsabilidade por uma ecologia humana e integral, caminho de salvação da nossa casa comum e dos que nela vivemos.

4. Por que há tanto mal no mundo? Porquê tanta injustiça, tantas guerras fratricidas que provocam a morte de crianças, destroem cidades, poluem o ambiente em que vive o homem, a mãe terra, violada e devastada? Referindo-se implicitamente ao pecado de Adão, São Paulo diz: «Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente» (Rm 8, 22). A luta moral dos cristãos está ligada ao “gemido” da criação, porque ela «foi sujeita à destruição» (v. 20). Todo o cosmos e cada criatura gemem e anseiam “impacientemente”, para que a condição atual possa ser superada e a original restabelecida: efetivamente, a libertação do homem implica também a das outras criaturas que, solidárias com a condição humana, foram colocadas sob o jugo da escravidão. Tal como a humanidade, a criação – sem culpa sua – é escrava e vê-se incapaz de fazer aquilo para que foi concebida, isto é, ter um significado e um propósito duradouros; está sujeita à dissolução e à morte, agravadas pelos abusos humanos sobre a natureza. Mas, em sentido contrário, a salvação do homem em Cristo é esperança segura inclusive para a criação: com efeito, «também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus» (Rm 8, 21). Portanto, na redenção de Cristo, é possível contemplar na esperança o vínculo de solidariedade entre o ser humano e todas as outras criaturas.


5. Na esperançosa e perseverante espera do regresso glorioso de Jesus, o Espírito Santo mantém vigilante a comunidade dos fiéis e instrui-a continuamente, chamando-a à conversão dos estilos de vida, a resistir à degradação humana do meio ambiente e a manifestar aquela crítica social que é, em primeiro lugar, testemunho da possibilidade de mudança. Esta conversão consiste em passar da arrogância de quem quer dominar os outros e a natureza – reduzida a um mero objeto manipulável – à humildade de quem cuida dos outros e da criação. «Um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo» (Laudate Deum, 73), porque o pecado de Adão destruiu as relações fundamentais da vida do homem: a relação com Deus, consigo mesmo, com os outros seres humanos, e a relação com o cosmos. Todas estas relações devem ser, sinergicamente, restauradas, salvas, “corrigidas”. Não pode faltar nenhuma. Se faltar uma, falha tudo.

6. Esperar e agir com a criação significa, antes de mais, unir forças e, caminhando juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, ajudar a «repensar a questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites. Com efeito, o nosso poder aumentou freneticamente em poucas décadas. Realizamos progressos tecnológicos impressionantes e surpreendentes, sem nos darmos conta, ao mesmo tempo, que nos tornámos altamente perigosos, capazes de pôr em perigo a vida de muitos seres e a nossa própria sobrevivência» (Laudate Deum, 28). Um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos. Por isso, hoje, é urgente colocar limites éticos ao desenvolvimento da inteligência artificial, que com a sua capacidade de cálculo e de simulação poderia ser utilizada para dominar o homem e a natureza, em vez de estar ao serviço da paz e do desenvolvimento integral (cf. Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2024).

7. «O Espírito Santo acompanha-nos na vida»: assim o compreenderam as crianças reunidas na Praça de São Pedro para a sua primeira Jornada Mundial, que coincidiu com o Domingo da Santíssima Trindade. Deus não é uma ideia abstrata de infinito, mas é Pai amoroso, Filho amigo e redentor de todo o homem, e Espírito Santo que guia os nossos passos no caminho da caridade. A obediência ao Espírito de amor muda radicalmente a atitude do homem: passa de “predador” a “cultivador” do jardim. A terra está confiada ao homem, mas continua a ser de Deus (cf. Lv 25, 23). Este é o antropocentrismo teológico da tradição judaico-cristã. Por isso, pretender possuir e dominar a natureza, manipulando-a a seu bel-prazer, é uma forma de idolatria. É o homem prometeico, embriagado com o seu próprio poder tecnocrático, que com arrogância coloca a terra numa condição de “des-graça”, isto é, privada da graça de Deus. Ora, se a graça de Deus é Jesus, morto e ressuscitado, então é verdade o que Bento XVI disse: «Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor» (Carta Encíclica Spe Salvi, 26), o amor de Deus em Cristo, do qual nada nem ninguém nos pode separar (cf. Rm 8, 38-39). Continuamente atraída pelo seu futuro, a criação não é estática nem está fechada em si mesma. Hoje, graças também às descobertas da física contemporânea, a ligação entre matéria e espírito é cada vez mais fascinante para o nosso conhecimento.

8. Por conseguinte, a salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente teológica: na realidade, diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do homem e o mistério de Deus. Este entrelaçamento pode dizer-se que é “generativo”, na medida em que remete para o ato de amor com que Deus cria o ser humano em Cristo. Este ato criador de Deus confere e funda o livre agir do homem e toda a sua dimensão ética: livre precisamente por ter sido criado na imagem de Deus que é Jesus Cristo; e, por isso, “representante” da criação no próprio Cristo. Há uma motivação transcendente (teológico-ética) que compromete o cristão a promover a justiça e a paz no mundo, também através do destino universal dos bens: é a revelação dos filhos de Deus que a criação espera, gemendo como se estivesse com as dores do parto. Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade, o eschaton da nossa bem-aventurança, o Paraíso da nossa paz, em Cristo Senhor do cosmos, o Crucificado-Ressuscitado por amor.

9. Esperar e agir com a criação significa, então, viver uma fé encarnada, que sabe entrar na carne sofredora e esperançosa das pessoas, partilhando a expectativa da ressurreição corporal a que os fiéis estão predestinados em Cristo Senhor. Em Jesus, o Filho eterno na carne humana, somos verdadeiramente filhos do Pai. Pela fé e pelo batismo, começa para o cristão a vida segundo o Espírito (cf. Rm 8, 2), uma vida santa, uma existência como filhos do Pai, à semelhança de Jesus (cf. Rm 8, 14-17), visto que, pela força do Espírito Santo, Cristo vive em nós (cf. Gl 2, 20). Uma vida que se torna um cântico de amor para Deus, para a humanidade, com e para a criação, e que encontra a sua plenitude na santidade[3].

Roma, São João de Latrão, 27 de junho de 2024.

FRANCISCO