Sobre Comunicação e Família-desafios sempre novos
No último dia
de janeiro, teve lugar a última conferência deste ciclo de conversas amplas.
Foi um “serão” agradável a ver (pelo olhar de um jornalista) a televisão por “dentro”.
A iniciar,
visualizou-se um pequeno filme em que a televisão, enquanto meio de comunicação
poderoso, era o protagonista bom da fita.
Pura ilusão!
Demonstraria logo a seguir o orador da noite, sabendo bem do que falava, num
discurso espontâneo, fluente e coloquial.
As pessoas,
em geral, não têm domínio sobre a televisão, meio de comunicação violento não
só para quem vê, mas também para quem lá trabalha.
Normalmente,
dos primeiros gestos que as pessoas têm, quando chegam a casa, é ligar a
televisão, pois esta funciona como companhia (para muitos idosos é mesmo a
única companhia e a sua janela para a rua e para o mundo).
E quem
trabalha na televisão sabe disso, pelo que a primeira tarefa, quando chega de
manhã ao trabalho, é ver as audiências do dia anterior. O papel que atualmente
a televisão tem na sociedade é dar o que as pessoas querem ver.
Os grupos
económicos que detêm os canais televisivos querem que a televisão seja rentável
e para o ser tem que haver audiência. Por isso é necessário ir ao encontro do
gosto de quem vê. Os critérios jornalísticos em televisão já, há muito, deixaram
de ser paradigma.
A televisão debita
para dentro da casa de cada um tudo sem qualquer filtro.
É o domínio da televisão sobre as pessoas. Ela
veio diluir a conversa na família. Mantem a todos entretidos, principalmente os
mais novos (o que dá jeito!).
A imagem impõe-se a toda a família,
comprovando que “uma imagem vale mais que mil palavras”.
Porém, a
informação nos termos em que agora é dada pelos quatro canais irá desaparecer em
breve.
As novas tecnologias permitem às gerações mais
novas escolher o que querem ver, escolher as notícias e todo o tipo de
informação. Têm uma imensa panóplia de televisão por cabo.
Quem trabalha
em televisão também é dominado por ela. Contrariamente ao que se passa noutros
países, importa que o pivot de televisão tenha uma imagem jovem, fresca,
bonita, independentemente da sua experiência profissional.
A crise pode
ser uma oportunidade para olhar uns para os outros, que é o que não fazemos, e
falar mais uns com os outros.
Para
finalizar este ciclo de conferências esta é uma boa mensagem: OLHAR MAIS UNS
PARA OS OUTROS; FALAR UNS COM OS OUTROS. Gostaria ainda de acrescentar: OUVIR UNS
AOS OUTROS.
Conceição
Rocha
31.01.2012
Grupo Dramático de Vilar do Paraíso
31.01.2012
Grupo Dramático de Vilar do Paraíso
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