Deus que vens de Deus,
horizonte da nossa linguagem e do nosso desejo
Deus que anunciamos
na espessura do que em nós é riso
e choro, ao mesmo tempo infiguráveis
Deus, instante fugaz
da sede e da fome saciadas, diferidas
que descubramos no corpo dos outros
os traços do bem que procuramos e perdemos
que a nossa vida te reconheça
pela maneira como por ti se vê reconhecida
na teia do que passa e permanece,
tu que és aquele que há-de vir,
e Deus connosco.
Fr. José Augusto Mourão, OP
In O nome e a forma, ed. Pedra Angular
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