É possível uma igreja sem Maria? Talvez. Mas não seria a mesma coisa. Às vezes, os nossos irmãos evangélicos acusam os católicos de uma “mariolatria”, de exagerarmos o papel de Maria na nossa vivência de fé, de atribuirmos a Nossa Senhora papéis e funções que pertencem só a Deus. E, às vezes, têm razão. Alguns católicos, aqui e acolá, caem em exageros. Mas quando lês a Escritura com atenção percebes que não há Igreja sem Maria. Ela é a primeira Igreja: Maria foi a primeira a abrir-se à plenitude do mistério de Deus que Se manifesta em Jesus. Ela é a última Igreja, a Igreja que devemos ser.
Porque é que Maria aparece neste cartaz e sempre que pensamos na Igreja? Porque ela viveu uma extraordinária proximidade com Cristo. E porque essa união com Jesus é algo essencial em nós, algo que todos devemos experimentar, faz todo o sentido apresentar Maria como modelo da Igreja.
É possível uma Igreja (com Maria) sem o Espírito do Ressuscitado? Nem pensar!!! Sem o Espírito Santo seriamos uma ONG, uma associação recreativa ou um bando de malfeitores. Mas não seríamos a Igreja que Jesus chamou e sonhou.
Quando recebemos (e acolhemos) o Espírito Santo tornamo-nos capazes de pensar a vida, a história, a economia, a ecologia, a sociedade, como Ele. Somos capazes de sentir as dores dos pobres, dos marginalizados como Ele. Somos capazes de esperar como Ele, mesmo quando fracassamos, mesmo quando ninguém nos entende. Somos capazes de viver com Ele, com os seus valores, com a sua mesma energia e entusiasmo.
Imagem de Fano - Revista Catequistas #99 - Edições Salesianas
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