Senhor, que nunca me negaste nada,
Nada te peço para mim.
Peço-te apenas por cada irmão dorido,
Por cada pobre da minha amada terra.
Peço-te pelo seu pão e a sua jornada,
Pelas suas penas de pássaro vencido,
Pelo seu riso, o seu canto e o seu assobio,
Hoje que a casa ficou silenciosa.
Peço-te de joelhos,
Uma migalha das tuas maravilhas,
Uma côdea de pão para as suas mãos,
Uma ilusão, apenas uma porta aberta;
Hoje que a mesa ficou deserta
E choram, na noite, os meus irmãos.
Que assim seja.
Cardeal Jorge Mario Bergoglio
Homilia no Natal de 2001
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