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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

PANDEMIA PODE AJUDAR A REDESCOBRIR A FAMÍLIA COMO IGREJA DOMÉSTICA

(...) Na conferência «“Anuncia na tua família quanto o Senhor te fez” (Mc 5, 19) a palavra de Deus testemunhada e celebrada em família», integrada no 43º Encontro Diocesano de Pastoral Litúrgica que decorre online, o presidente da Associação Bíblica Portuguesa, e coordenador da Comissão da Tradução da Bíblia, sustentou que a pandemia pode ser uma oportunidade de se recuperar o sentido e a identidade do ser família “na igreja primitiva”, identificada não apenas pelos laços de sangue mas como “uma comunidade gerada pelo espírito a partir da vida nova de Cristo”.
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Para o biblista “a fé não é um conjunto de ideias, senão era uma ideologia ou um conjunto de princípios éticos". A fé, "fruto do encontro com Jesus, cria no coração do que se sente salvo e amado um sentimento e uma atitude existencial de gratidão e louvor e o desejo que muitos outros possam fazer esta experiência”.

Num tempo de pandemia, em que a celebração comunitária da eucaristia presencial está, novamente, interrompida, o padre Mário Sousa considera que ser fundamental perceber que nas famílias, “mais do que educar na fé, há-de ser a fé, transmitida pelo testemunho, a educar, a configurar os valores e tudo aquilo do que a vida é tecida”.

“Não há melhor educação na fé do que esta. A liturgia familiar é espaço de memória do que o senhor fez, por todos, quer na própria vida pessoal e familiar. O testemunho dos pais que fazem memória orante conduz à ação de graças, ao louvor pela fidelidade e à confiança de quem sabe que o senhor não falha”, considerou.

Às famílias, recolhidas em casa em virtude da situação pandémica, o sacerdote da Diocese do Algarve, convidou a redescobrir “a oração familiar” como um “espaço de escuta”, onde o Senhor “vem e ilumina a vida da família e de cada um de nós”, através da “releitura da Palavra de Deus, na Lectio Divina, que se realiza à mesa de cada lar”.

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