Mais que uma conferência ou uma ampla conversa, revelou-se um “serão” cultural. A Academia presenteou a assembleia com a execução de duas peças ao piano, a abrir a conferência, e com o belo canto a encerrar, cujos intérpretes pertencem àquele reputado estabelecimento de ensino.
Quanto ao orador da noite, o Dr Carlos Costa que, curiosamente, residiu na nossa freguesia de Vilar do Paraíso, durante 10 anos, surpreendeu com a sua arte de ensinar. De forma simples, clara e serena, falou-nos de uma realidade tão complexa quanto é a economia e as finanças públicas de um país.
Ficámos a saber que a tão propalada crise de hoje não é “original”; percebemos quais as causas e porque é que a crise de hoje tem tão forte impacto e, ainda, o que falta para ultrapassar a crise.
Se quiséssemos resumir numa pequena frase qual a causa das crises, pois quanto ao efeito todos sabemos, porque o sentimos (à semelhança de estarmos numa sala em que o termostato, que regula a respetiva temperatura, avariou, causando uma elevação ou abaixamento desajustados, com incómodos para todos, independentemente de quem deu causa à avaria – foi uma das últimas imagens simples para explicar o sentimento de injustiça que experienciamos, quando entendemos não ter contribuído para a “avaria”) é a nossa -enquanto coletivo… enquanto país- falta de capacidade de nos disciplinarmos em matéria de finanças públicas e a insuficiência de mecanismos coletivos de controlo.
É o conhecimento que nos permite fazer opções, logo o conhecimento dá-nos liberdade...
Assim, tanto quanto nos for possível, não devemos perder oportunidades de aprender com quem sabe e se disponibiliza para ensinar, para partilhar conhecimento.
Estes ciclos de conferências que vêm sendo promovidos têm sido uma boa oportunidade.
C.R
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