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Não se trata de enxugar uma lágrima: é demasiado simples. Nem de sentir compaixão por uns instantes: é demasiado fácil. Trata-se de tomar consciência e não aceitar mais. Não mais se contentar de girar à volta de NÓS MESMOS – dos NOSSOS – à espera da NOSSA pequena porção de Paraíso. Recusar-se a continuar uma sestazinha cómoda, enquanto à nossa volta há gritos e desespero. Não aceitar mais esta forma de existência que é uma perpétua renúncia do homem… Não aceitar mais um cristianismo negativo que os pequenos burgueses da eternidade asfixiam num labirinto de fórmulas e interdições. Não aceitar mais ser feliz sozinho. Diante da miséria, da injustiça, da cobardia, nunca renuncieis, nunca caiais em compromissos, nunca recueis. Lutai, combatei.
Mensagem à Juventude do Mundo – 1961
http://mocambiqueosonhocontado.blogspot.com/2011/01/dia-mundial-dos-leprosos.html
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