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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

CATEQUESE "FORA" DE PORTAS...

A Liberdade radica na relação convite/resposta. Isto nos foi transmitido na última conferência do CCA deste ano de 2015. Implica, portanto, da nossa parte uma ação ou uma adesão.
O grupo do 10.º ano da catequese, nestes dias de sol, de uma luminosidade branca e serena, carregada de promessas, sentiu-se convidado a sair ao encontro dos tesouros que a cidade alberga e esconde nos seus mais recônditos lugares… mesmo ao pé de nós… mas, ao mesmo tempo, tão arredados do nosso conhecimento.
A arte e a cultura definem um povo, guardam a sua memória, falam da sua história e dos seus sonhos. A arte fala-nos e aproxima-nos de Deus. Convida-nos ao silêncio, à contemplação, à interiorização, à interrogação… Enquanto criaturas, acentua a nossa semelhança com o criador.
Em resposta a este convite fizemos desta tarde solarenga, de 07.02, uma tarde de cultura e de convívio e também de exercício… 
Sentir o morno do sol e a acalmia da tarde, usufruir do património que é de toda a humanidade e que temos o privilégio de ter tão perto, bem como sentir o pulsar da cidade. 
Apanhámos o transporte na Rua do Jardim, junto à Capela de S. Martinho, e rumámos até à Praça da Batalha.
Em grupo, divertidos, subimos a Rua de S. Catarina e fomos até ao Largo da Trindade e continuámos até à Praça da República e finalmente chegámos à Lapa… 
As portas do Templo da N.ª Sra. da Lapa estavam abertas e nos seus espaços exteriores pudemos descansar da nossa caminhada, tirar fotografias, fazer as “selfies”, preparar a entrada no templo.
No interior, na imponência das suas pedras, aprendemos a sua origem e a sua história, que nos fez reportar à história da cidade do Porto, ao convento de Avé Maria existente no lugar onde se ergue hoje a estação ferroviária de S. Bento.
A sua ligação ao Brasil e ao Rei D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil). Pudemos contemplar a Tela (de 11 m X 6,50) que se ergue no altar central e representa o Presépio.
Pudemos, ver a água do rio subterrâneo que corre por baixo da Igreja da Lapa e vem da Arca de Água em direção ao Douro. 
Apreciámos a arte da iluminação do templo que lhe adoça os ângulos de granito e lhe acentua a beleza à noite, criando uma envolvente adequada à oração. 
O órgão de tubos, o maior da Península Ibérica, que não pudemos ver de perto porque estava a ser afinado para o concerto que ia ter lugar naquela noite.
Efetivamente, tudo ganha um valor acrescentado, um interesse e um sentido, quando se conhece a sua história. 
E os nossos jovens escutaram com interesse as palavras de quem conhece bem a história daquele Templo grandioso. Estamos convictos que, de agora em diante, quando passarem junto à igreja de N.ª Sra da Lapa, irão contemplá-la com um outro olhar…
O grupo continuou o passeio rumo à renovada Igreja dos Clérigos! E por sermos um grupo de catequese, tivemos acesso gratuito às salas de exposição, à Igreja e à Torre. 
Valeu a pena subir a escadaria para atingir o ponto mais alto da torre, onde toda a cidade se estende, o pôr-do-sol tem mais encanto, o horizonte se adorna em silhuetas rendilhadas num fundo colorido e até o rio se encolhe! 
Uma simbiose entre a paisagem natural e a obra do homem, numa harmonia e beleza sintonizada, que nos eleva o pensamento e faz sentir a presença de Deus. Apetece ficar ali… mais e mais, montar a tenda só para nós… 
Tudo serve para captar (da máquina fotográfica ao iphone e ao globo ocular!) as melhores imagens possíveis dessa paisagem que nos deslumbra, registar o momento, fazer as selfies…. 
 
E aqui podemos apreciar a beleza extraordinária Igreja dos Clérigos, um edifício barroco projectado pelo arquitecto Nicolau Nasoni. 
Igreja do Clérigos agora restaurada e devolvida à cidade que pode contemplar esta obra de arte admirável!
A Irmandade dos Clérigos resultou da fusão de três instituições de beneficência: Confraria dos Clérigos Pobres de Nossa Senhora da Misericórdia, fundada em 1630; a Irmandade de S. Filipe de Nery, fundada em 1665; e por último, a Confraria dos Clérigos de S. Pedro.
Após a subida, um pequeno momento de descanso e reflexão na Igreja, e o grupo já ansiava pelo repasto, para repor energias. 
E foi a hora de comer, de conviver, de ser grupo sentado à mesa, com o barulho irreverente da juventude.
A próxima, e final, meta era o concerto de encerramento do 4.º CCA, no Auditório Municipal de Gaia.
A noite estava tão tranquila e a ponte de Luiz I ali tão perto… que desafiámos os jovens a percorrer o trajeto a pé, permitindo assim desfrutar de uma noite tranquila e apreciar a paisagem noturna que já tínhamos admirado do alto da torre; apreciar as luzes espelhadas sobre o rio, embalando-o no sono que os homens já perderam, vigiado pelo Mosteiro da Serra do Pilar, luminosamente bordado e colorido. 
Foi uma travessia calma e valeu a pena. Subindo a Avenida da República chegámos finalmente ao Auditório Municipal, para agora bem acomodados, apreciar mais uma forma de arte - A música! Que bela maneira de terminar a noite! 
Não sei o que ficou na memória e no coração de cada um dos jovens do grupo. Talvez nem mesmo eles saibam muito bem ainda…mas não resistimos a dizer que, porventura, mais tarde irão descobrir que armazenaram mais do que aquilo que imaginam hoje. 
Saímos ao encontro… e encontrámos! O 10.º ano começa a sentir-se um grupo. A Cultura não é indiferente à catequese! A catequese não está fora do mundo! Deus também não! 
Agradecimentos: Filipe Vieira, Rev. Cónego, Ferreira dos Santos, À Irmandade dos Clérigos, Rev. Pe. Zé Manel, e aos pais que nos confiam o seu maior tesouro, os filhos! E aos nossos jovens que "embarcaram" em mais esta aventura!
Os catequistas do 10.º
02.2015

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