Não, não podemos esquecer a Grécia. A Grécia define aquilo que hoje somos. Deixou-nos um traço fundamental que marca a cultura europeia: o reconhecimento do mérito. Só é herói quem tem valor, e só tem valor quem sabe sofrer.
Assim, o secretariado de catequese, como já o fez no ano anterior com quatro dos nossos catequistas, decidiu reconhecer, em comunidade, o valor de uma catequista com 25 anos de serviço ao outro: a Virgínia. Emprestamos-lhe a voz, mas as palavras que serão lidas e as imagens que serão projetadas são da sua autoria.
Tudo o que sou, devo ao amor dos meus pais que me ensinaram valores humanos e testemunham na vida esses mesmos valores.
Todo o meu caminho até hoje, devo também a muita gente que Deus enviou ao meu encontro, me chamaram e eu disse Sim. O meu marido, o Diácono Celestino, Sr. Padre D. António Augusto, Sr. Padre Paulo Teixeira, Sr. Padre Zé Manel, o Sr. João, o Maciel, os catequistas, os amigos, toda a comunidade de Vilar do Paraíso. A todos sem exceção, quero neste dia dar Graças a Deus pela vida, pelo serviço, pela amizade, por estarmos juntos e sobretudo continuarmos juntos.
Nasci em 27 de maio de 1960, em Lourenço Marques, hoje Maputo.
Fui batizada na Missão de São José de Lhanguene, em 29 de julho de 1960, com o nome de Virgínia Maria da Rocha Fontes Santos.
Cresci, no Chibuto. Sou a primeira de cinco irmãos.
Com 7 anos, vim para Portugal, com a minha mãe e os irmãos e ficamos em casa da minha avó materna. Frequentei a escola até ao 12º ano e a catequese até ao Crisma. Ao domingo, em família participávamos na missa dominical. Todos os dias se rezava o terço. Ninguém comia sem abençoar a mesa. Se a mãe era uma querida a avó era a dobrar.
As celebrações da catequese eram no Mosteiro de Pedroso. A minha profissão de Fé.
Por casamento, em 5 de setembro de 1981, vim viver para Vilar do Paraíso. Eis a segunda pessoa depois dos meus pais, que está comigo a 100%, neste caminhar com Jesus. O meu marido. Sempre me apoiou. Se és feliz, diz ele, continua, gosto de te ver assim.
Em 26 de janeiro de 1984, nasce o nosso príncipe, fruto do nosso amor. Batizado pelo Sr. Padre Soares, faz toda a caminhada catequética com o Sr. Padre D. António Augusto, hoje, nosso Bispo Auxiliar e celebra o Crisma na Sé do Porto.
Eis a terceira pessoa, que tem orgulho e me incentiva neste caminho, o meu filho.
Há sempre alguém que Deus chama para chamar outro alguém! Eis o meu caminho após o meu Sim a Deus. Todos o conhecem, é um homem de Vilar do Paraíso, maravilhoso primo direito do meu marido, o nosso diácono Celestino. Foste tu, meu amigo primo e diácono Celestino o grande impulsionador do meu Sim verdadeiro a Deus, para servir na paróquia, como catequista.
Tinha falecido o Sr. Padre Soares e tomava posse o Sr. Padre D. António Augusto. De repente, para além de catequista, fui chamada para o secretariado da catequese. Certificada pela Diocese do Porto concluí: Curso de iniciação, no ano de 1993; Curso geral, teórico em 1995 e prático em 1996; Ainda frequentei algumas disciplinas do curso complementar teórico. Participei em encontros vicariais de catequistas, Jornadas Nacionais de catequistas em Fátima.
Com a tomada de posse do Sr. Padre Paulo Teixeira, continuei ao serviço da catequese, como catequista e no Secretariado da catequese. Fui nomeada para o CPP alargado e escolhida também, para o CPP permanente. Participei na formação bíblica de três anos, na Paróquia de Vilar do Paraíso. Continuo a participar em encontros de formação para catequistas tanto na Paróquia como na Vigararia.
Hoje, tenho alegria de trabalhar com o Sr. Padre Zé Manel, e a ajudá-lo na sua missão como pároco, continuando a colocar a minha alegria ao serviço: da catequese como Catequista e no Secretariado da catequese, ao serviço dos doentes como Ministra de comunhão, desde 5 de outubro de 2008, e no Conselho Económico paroquial, desde 2014. A amizade de todos que ainda hoje, perdura, o meu muito Obrigada.
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