Nestas conversas amplas temos vindo a ser habituados a personalidades com vasto curriculum vitae e exposição pública, sobejamente conhecida quer pelo exercício da cidadania quer pela defesa de causas do bem comum. É por isso que o CCA não deixa também de ser um tempo de formação.
A 1.ª CA deu-nos a conhecer melhor o percurso de vida da Dra Ilda Figueiredo, que publicamente conhecida pela sua filiação partidária, nos surpreendeu pelo seu percurso e foi, como ela própria o referiu, surpreendida pelo convite, pois não tem prática religiosa, o que já não é de agora, mas desde a sua juventude.
Recebeu o convite com surpresa, mas aceitou desde o primeiro instante.
Gostou particularmente do lema “pensar a vida com o coração” (que acompanha o tema do CCA deste ano), pois, como referiu, sempre para ela o importante mesmo são as pessoas. Expressou naquela noite que a principal fonte da sua preocupação com as pessoas, a solidariedade e o bem- estar social , foi a sua passagem pela JOC na sua juventude.
Denotou uma admiração pelo Papa Francisco, um homem pela paz, por denunciar abertamente a guerra e a exploração e pelos seus gestos de paz.
A Dra Ilda Figueiredo é uma mulher de convicções e de luta pela defesa dos direitos humanos, nomeadamente, da liberdade, do trabalho e da igualdade. Uma mulher de pontes, pela solidariedade e pela paz, que nos falou dos direitos da mulher, mormente o tratamento de igualdade, consagrado na Lei pela primeira vez em Portugal, em Abril de 1976, no artigo 13.º da Constituição. Efetivamente, um passo gigante…mas não suficiente, pois a previsão legal não é sempre acompanhada pela prática, nem pela mudança de mentalidade.
É pois necessário conhecer os direitos e fazê-los valer. E em cada país, tal como em Portugal encontrámos o nosso caminho, terá de encontrar o seu. Não são as guerras nem as invasões exteriores a resolver os problemas de países onde não são reconhecidos tais direitos, tal como a história o tem demonstrado.
Façamos pontes para construir um mundo melhor, porque isso é possível. Esta foi a última mensagem deixada.
Foram as palavras de paz e de esperança de uma mulher de lutas, cuja vida tem dado testemunho de uma permanente intervenção
Fotos: Foto Martinho
Texto: CR
Organização: Pastoral da Família VP
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