Ao entrarmos no tempo santo da Quaresma,
Devemos ter a coragem de atravessar
A poeira dos caminhos
Intransitivos do nosso coração,
Isto é, de limpar as mentiras, ódios, raivas,
Violências, banalidades,
Que tantas vezes preenchem os nossos dias.
A Quaresma é tempo de nos expormos
Ao vendaval criador e purificador do Espírito,
Sem termos a pretensão de o querer transformar
Em ar condicionado.
Toma em tuas mãos, Senhor,
A nossa terra ardida.
Beija-a.
Sopra nela outra vez o teu alento,
A tua aragem,
E veremos nela outra vez impressa a tua imagem.
Tu sabes bem, Senhor, que somos frágeis.
Mas contigo por perto,
Seremos fortes e ágeis,
Capazes de abrir estradas no deserto,
A céu aberto.
D. António Couto
https://mesadepalavras.wordpress.com/…/no-deserto-a-ceu-ab…/
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