O jornalista Licínio Lima levou a cabo uma investigação sobre a relação entre as aparições de Fátima e a República, no início do século XX, sublinhando a afirmação da Cova da Iria como polo reconfigurador do catolicismo.
“Os republicanos viram em Fátima um centro contra a República”, refere o autor, em entrevista à Agência ECCLESIA, que pode ser vista hoje na RTP 2, pelas 15h00.
O jornalista recorda que em 1917 surge um partido fundado em Braga, o Centro Católico Português, que apoia a política do ‘ralliement’ do Papa Leão XIII, num espírito de “colaboração”.
Nesse período, a afirmação progressiva dos acontecimentos da Cova da Iria provocou reações, desde logo do administrador de Ourém, Artur de Oliveira Santos, que impediu que os Pastorinhos estivessem na Cova da Iria, a 13 de agosto de 1917.
“A partir de 13 de outubro de 1917, os pastorinhos desaparecem do panorama. A partir daí, começa-se a falar dos milagres que ali acontecem, da afluência das pessoas e do ambiente que ali se gerou”.
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