Tu, Senhor, Tu passas, Tu amas, Tu falas,
E um caminho novo se abre a nossos pés,
Uma luz nova em nossos olhos arde,
Átrio de luminosidade,
Pão
De trigo e de liberdade,
Claridade que se ateia ao coração.
Lume novo, lareira acesa na cidade,
És Tu, Senhor, o clarão da tarde,
A notícia, a carícia, a ressurreição.
Passa outra vez, Senhor, dá-nos a mão,
Levanta-nos,
Não nos deixes presos no nevão
Do Montemuro ou de Cafarnaum.
É necessário que o zum-zum
Do Evangelho
Atravesse outras aldeias e cidades,
Corra de rua em rua,
De quelho em quelho,
Entre em cada coração
Novo ou velho,
E faça nascer uma teia de irmãos,
Que se dão as mãos.
D. António Couto
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