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domingo, 11 de julho de 2021

SOMOS CHAMADOS POR DEUS PARA SERMOS SEUS ENVIADOS

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B
Am 7, 12-15
Sl 84(85)
Ef 1, 3-14
Mc 6, 7-13

O ponto de encontro das leituras deste domingo é a missão eclesial nascida da obediência dos Apóstolos às palavras de Jesus que são normativas para a missão da Igreja em todos os tempos. De acordo com o Evangelho de Marcos, “Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los” (Mc 6,7). A missão parte de Jesus e pressupõe uma Igreja convocada ao redor do seu Mestre, agindo a partir da intimidade da relação com Ele, uma “intimidade itinerante”, no dizer do Papa Francisco (EG 23).

Em missão parte-se, não sozinho, mas dois a dois, acentuando o caráter comunitário da Igreja. A missão requer poder, que não deriva das forças de cada um, mas da força de Jesus; é a própria missão de Jesus que continua na Igreja.

As orientações de Jesus dão mostras de uma missão que se pretende pobre, de um caminho que admite apenas o essencial, de modo que o acessório não desvie o olhar do conteúdo da mensagem. Levar o bastão associado ao caminho acentua a dimensão itinerante da missão, que contrasta com o convite a permanecer numa casa. A missão requer um aprofundamento de relações que só a intimidade da casa pode dar; mas não se compadece de uma vida instalada, porque a orientação é partir sempre de novo. O despojamento do missionário é já por si mensagem: o pão, o dinheiro e a outra túnica dariam segurança em relação ao dia de amanhã. Mas a segurança do missionário está em Deus. A sua grande riqueza é a graça de Deus que “do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo”; é a riqueza de conhecer os planos de Deus que os revela aos seus amigos (Ef 1,3.7-8).

Mesmo quando não é bem acolhida, a missão não perde a sua força, porque não depende da receção que acolhe nos destinatários, mas vive no coração daqueles que partem, em obediência ao mandato de Jesus. Na realidade, já Amos tinha feito a experiência da missão que não é bem recebida, porque incómoda e diante da ordem de abandonar a missão, a resposta alicerça-se na vontade de Deus à qual não é possível fugir: “Eu não era profeta. (...) Foi o Senhor que me disse: “Vai profetizar ao meu povo de Israel.”” (Am 7,14-15).

A Igreja continua a missão dos discípulos: escuta a voz do Mestre e, obedecendo à sua Palavra, parte em missão, para ser, cada vez mais, uma Igreja “em saída” (EG 24).

Pe. Carlos Correia

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