Cidade do Vaticano, 02 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa iniciou hoje a sua primeira viagem ao Chipre com um encontro dedicado à comunidade católica local, que representa 4,47% da população da ilha, manifestando apoio ao seu trabalho
“Obrigado a todos vós pelo vosso ministério e serviço; e de modo particular a vós, irmãs, pela obra educativa que realizais na escola, muito frequentada pelas crianças e adolescentes da ilha, lugar de encontro, de diálogo, de aprendizagem da arte de construir pontes”, disse Francisco.
O encontro na Catedral Maronita de Nossa Senhora das Graças reuniu padres, religiosos e religiosas, diáconos, catequistas, associações e movimentos eclesiais do Chipre.
A ilha conta com 16 paróquias e 46 padres, num país com 850 mil habitantes, dos quais 38 mil católicos.
O Papa foi recebido pelo patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï, e pelo arcebispo de Chipre dos Maronitas, D. Selim Jean Sfeir.
“A Igreja no Chipre vive de braços abertos: acolhe, integra, acompanha. É uma mensagem importante também para a Igreja em toda a Europa, marcada pela crise da fé”, afirmou Francisco, destacando a necessidade duma “Igreja fraterna, que seja instrumento de fraternidade para o mundo”.
A Igreja maronita, particularmente ligada ao Líbano, conta hoje cerca de três milhões de fiéis, dois terços dos quais emigrantes; a comunidade oriental, que reconhece a autoridade do Papa, recebe o seu nome de São Maron, monge sírio dos séculos IV e V.
“Quando penso no Líbano, sinto tanta preocupação com a crise em que o país se encontra e dou-me conta da grande tribulação dum povo cansado e provado pela violência e o sofrimento”, assinalou o Papa.
Francisco confessou a “alegria” por estar no Chipre”, apresentando-se “como peregrino pelas pegadas do grande apóstolo Barnabé”, uma figura de referência da Igreja Católica no século I.
“Contemplo-vos e vejo a riqueza da vossa diversidade. Saúdo a Igreja Maronita, que ao longo dos séculos desembarcou várias vezes na ilha e, atravessando frequentemente muitas provações, perseverou na fé”, acrescentou.
A intervenção sublinhou o papel do Chipre no continente europeu, como lugar de “entrelaçamento de povos e mosaico de encontros”.
“Com a vossa fraternidade, podeis recordar a todos, à Europa inteira que, para construir um futuro digno da humanidade, é preciso trabalhar juntos, superar as divisões, derrubar os muros e cultivar o sonho da unidade”, insistiu.
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