O Papa Francisco disse hoje que “falta poesia e coragem” para que a ‘Laudato Si’ tenha “vigor real” e confiou aos jovens que participam nos projetos ‘Scholas Occurrentes’ essa responsabilidade durante uma iniciativa do movimento internacional realizada em Roma.
“Para que a ‘Laudato’ tenha vigor real falta poesia e coragem. E a poesia e a coragem não se aprende nos livros, aprende-se com o risco (irrigação), com a contemplação da natureza, e com a luta”, explicou Francisco, em resposta à jovem Irene, que perguntou porque é que escolheu ‘Scholas Occurrentes’ para levar a ‘Laudato Si’ ao mundo.
O Papa acrescentou que “a mulher tem a vocação de dar vida e as Scholas organizadas têm a mesma vocação, é sobre sobrevivência”, regressando à reflexão sobre as mulheres que surgiu numa pergunta do vocalista dos U2.
“Defender a natureza é defender a poesia da criação, é defender a harmonia. É uma luta pela harmonia. E as mulheres sabem mais de harmonia do que os homens. E ‘Scholas’ assim organizadas, com essa fraternidade entre vocês, tem essa capacidade de criar poesia e de mudar”, desenvolveu, recordando o verso de uma música de Roberto Carlos – ‘Mamã, porque é que o rio já não canta mais?’.
“Agora têm as vossas mãos, que não seja demasiado tarde”, afirmou o Papa, na Aula Magna da Universidade Urbaniana.
Participaram no encontro de lançamento do movimento educativo internacional ‘Scholas Occurrentes’, com novo estatuto canónico, cerca de 50 estudantes de diversos países – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Haiti, Itália, México, Panamá, Paraguai – onde se contam quatro de Portugal.
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