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sexta-feira, 14 de abril de 2017

MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR

Eucaristia: Memória e sacrifício, memória e libertação. É este o caminho, verdadeira Eucaristia ao longo de toda a vida.
"Fazei isto em memória de Mim" faz com que a Eucaristia seja por natureza eclesial, Jesus não disse aos discípulos para cada um celebrar a sua missa. Este “fazei em memória de Mim” acontece agora na manhã de cada domingo, quando a nível do ministério sacerdotal a Igreja se reúne para a Eucaristia.
Sempre que a Igreja se reúne na Páscoa semana, celebra a Eucaristia. Então, a Eucaristia faz a Igreja. Não há Igreja sem Eucaristia e não há Eucaristia sem este ministério sacerdotal, porque a Eucaristia é por natureza sacerdócio, e é sacerdócio porque há sempre Jesus Cristo que congrega a Igreja, e há sempre a dimensão sacerdotal em todos aqueles que celebram a Eucaristia. 
É na comunidade que a Eucaristia tem a sua plenitude, porque a Eucaristia é por natureza eclésia, assembleia, ministério.
É graças ao ministério sacerdotal que a Igreja permanente convocada, presidida por Jesus Cristo se reúne no primeiro dia da semana, no domingo. É uma Igreja sacerdotal, é uma Igreja dominical. 
Não há outro caminho: é a missa aos domingos! Jovens: se quiserem rezar, se quiserem ter memória e quiserem continuar a iluminar a vossa vida por Jesus Cristo.
Se o caminho é pela Eucaristia e se é Igreja pela Eucaristia, a prática cristã é o mandamento que a Igreja propõe. Essa é a Eucaristia dominical, esse sacerdócio de muitos fiéis unidos ao presbítero. É interessantíssimo perceber como em muitas partes do mundo, mesmo porventura sem sacerdote ministerial, a Igreja continua a reunir-se, o sacerdote aparecer de dois em dois meses, e Igreja continua na manhã de cada domingo a presidir a celebrar a encontra-se com Jesus ressuscitado
É decorrente da Eucaristia que vou lavar os pés a estes jovens. Vou lavar os pés porque estamos na Eucaristia. Deveríamos dizer em todas as Eucaristias deveríamos lavar os pés uns aos outros, por que esse é um serviço que decorre desta dimensão de quem aceita e assume este mandamento novo do amor. “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
O mandamento do amor já vinha do antigo testamento (…) a novidade do mandamento está em “como Eu vos amei” medida do amor, amor sem medida, vai para além do limite humano vai até à cruz. É um amor humanamente apaixonado porque, primeiro: manifesta-se em serviço, não é um amor simplesmente platónico nem abstracto (…) é um amor concreto, bem vivenciado, apaixonado, porque lava os pés, e é um amor em comunhão porque quando temos gestos muito concretos uns com outros depois vivemos em permanente Eucaristia, então neste sentido a comunhão na Eucaristia é central, a comunhão na Eucaristia é um gesto de amor. 
Ele que se entregou por mim, eu que ocupo o lugar que entrego pelo outro, por aquele que necessita de mim. Então o Lava-pés é o amor transformando em serviço que se dá em esforço em sacrifício, e o amor apaixonado pela comunhão é sinal da pratica deste amor do mandamento novo, e nesse sentido também pela comunhão eu manifesto o meu amor a Deus, ao Pai, por Jesus Jesus Cristo que morreu por mim, e nesse sentido me disponibilizo para encontrar um sentido de viver com o outro.
O Lava-pés é um gesto muito simbólico mas uma alegria para mim. Não se esqueçam de lavar os pés uns aos outros. 
E não esqueçam que a Eucaristia com a comunhão faz a Igreja. Podemos continuar a viver a nossa fé mas não podemos continuar a celebrar a nossa fé sé a Eucaristia e sem a Igreja. 

Excertos da homilia proferida pelo Rev. Pe. Zé Manel na Eucaristia da Ceia do Senhor

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