Com o lema ‘Esperança. Paz. Reconciliação’.
O Papa enviou uma mensagem em português ao povo de Moçambique, antecipando a viagem que vai fazer ao país lusófono, de 4 a 6 de setembro, para sublinhar a importância da “reconciliação”.
“Que o Deus e Pai de todos consolide a reconciliação, reconciliação fraterna em Moçambique e na África inteira, única esperança para uma paz firme e duradoura”, deseja Francisco, numa intervenção, em vídeo, divulgada pelo Vaticano.
A 1 de agosto, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, assinaram um acordo de cessação das hostilidades, para o fim formal dos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.
O Papa dirige-se ao “querido povo de Moçambique”, sublinhando que, apesar de não se deslocar a outras cidades além da capital, deseja dirigir-se a toda a população, em particular os que vivem momentos mais difíceis.
“O meu coração alcança e abraça a todos vós, com um lugar especial para quantos vivem atribulados. Desde já vos queria deixar esta certeza: estais todos na minha oração. Anseio pelo momento de vos encontrar”, refere.
Francisco convida todos a rezar pela paz, evocando a vista de São João Paulo II a Moçambique, até hoje o único pontífice a visitar o país lusófono – de 16 a 19 de setembro de 1988, no contexto de uma viagem alargada a África.
Terei a alegria de partilhar diretamente convosco estas convicções e também de verificar como cresce a sementeira feita pelo meu antecessor São João Paulo II. Esta viagem permitir-me-á encontrar a comunidade católica e confirmá-la no seu testemunho do Evangelho, que ensina a dignidade de cada homem e mulher e exige que abramos os nossos corações aos outros, especialmente aos pobres e necessitados”.
A intervenção conclui-se com um agradecimento a todos os que estão envolvidos na preparação da viagem e uma bênção, com a invocação da Virgem Maria.
“Até breve”, diz o Papa.
Francisco chega à capital moçambicana pelas 18h30 (menos uma em Lisboa) de 4 de setembro, após um voo de 10 horas e meia desde Roma, sendo acolhido no aeroporto de Maputo.
O programa oficial inicia-se a 5 de setembro, com a visita ao Palácio da Ponta Vermelha, para um encontro com o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, seguindo-se a primeira das cinco intervenções pontifícias programadas, um discurso a representantes da sociedade civil e do corpo diplomático.
Ainda nesse dia, Francisco preside a um encontro inter-religioso de jovens, no Pavilhão de Maxaquene; à tarde, o Papa encontra-se com membros do clero, de institutos religiosos católicos, animadores e catequistas, na Catedral da Imaculada Conceição.
A agenda de 6 de setembro começa com uma visita ao hospital do Zimpeto, onde o pontífice fará uma saudação; o momento conclusivo da viagem é a Missa no Estádio do Zimpeto, inaugurado em 2011; Francisco parte depois do aeroporto de Maputo, rumo a Antananarivo (Madagáscar), visitando ainda o território malgaxe e a Maurícia, até 10 de setembro.
A viagem a Moçambique, a convite das autoridades políticas e da Conferência Episcopal, tem o lema ‘Esperança. Paz. Reconciliação’.
Esta será a quarta viagem do atual pontífice a África, após as visitas ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana, em 2015; ao Egito, em 2017; e a Marrocos, que decorreu entre 30 e 31 de março deste ano.
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