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domingo, 13 de novembro de 2016

É O AMOR O QUE FICA DO QUE PASSA!

1. Eis-nos aqui, neste caminho e neste hoje. Passamos, vemos e somos vistos. Entramos no Templo ou na Igreja da nossa terra, cheia de belas pedras, painéis, lustres, imagens, talhas douradas, toalhas de linho, música e flores. Também de gente bem vestida e perfumada.

2. Cá fora, lá fora, as guerras continuam, como continuam as catástrofes, as crises, as riquezas, as pobrezas, os impérios, os imperadores e as tiranias, os turistas que tiram fotografias, filmam pedras que julgam interessantes, a canalha, os pardais, os pares de namorados, os velhinhos sentados na soleira da sua porta, os vendedores fanáticos de qualquer seita, que tão depressa vaticinam desastres, como fabricam e vendem mezinhas e remédios, sonhos e futuros fáceis, enlatados, prefabricados, à medida, prontos a vestir ou a viver, mas também continuam as falências, as insolvências, as dores, as doenças, as desavenças, os desentendimentos familiares.

3. Dentro do Templo, e não fora dele, à saída, como narram os Evangelhos de Mateus e Marcos, o Jesus de Lucas 21,5-19, que temos a graça de ouvir neste Domingo XXXIII do Tempo Comum, faz ver e compreender aos seus discípulos de ontem e de hoje como tudo é passageiro e efémero, «tão cedo passa tudo quanto passa»! Passam as belas pedras e as flores, os perfumes, os impérios, as palavras, as guerras, as tragédias!

4. Nós fazemos quase sempre perguntas superficiais e epidérmicas, sem sentido: «Quando, e como se poderá saber quando será será o fim destas coisas, deste mundo, deste tempo?!». É evidente que Jesus não nos responde directamente, mas adverte-nos: «Não vos deixeis enganar, nem perturbar!». E aproveita a embalagem para orientar o nosso olhar e o nosso coração para o essencial: o fim não deve desviar-nos e distrair-nos do Presente, da Presença, d’Aquele que não passa, e em Quem devemos sempre saber pôr o coração, biblicamente falando, pôr a a nossa atenção.

D. António Couto

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