7. Aí está a página divina deste Último Domingo do Ano Litúrgico, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo: Lucas 23,35-43. Texto espantoso. É preciso vir um pouco atrás buscar o fio de sentido deste imenso texto. Diz, na verdade, Lucas 23,32 que «Eram conduzidos também com Ele outros dois malfeitores para serem executados». Sim, o texto diz, com espantosa precisão teológica, «outros dois malfeitores». Ao dizer «outros dois malfeitores», o texto está a dizer que Jesus, o Justo, é também um malfeitor! Aí está o Livro a abrir-se perante os nossos olhos atónitos! O quarto Canto do Servo do Senhor já dizia que o Servo Justo «Foi contado entre os malfeitores» (Isaías 53,12). Sim, Ele é um de nós! Não passa ao nosso lado ou por cima de nós, mas desce ao nosso chão, abraça-nos e absorve os nossos males.
12. Vem, Senhor Jesus! Ilumina com a tua Luz nova as trevas, as pregas e as pedras da calçada do nosso coração empedernido. Reina sobre nós, Salva-nos, Justifica-nos, Perdoa-nos, Recria-nos. Faz-nos outra vez à tua Imagem. Dissolve a besta brava que há em nós e que, à imagem de Caim, não fala, mas trucida e come o outro (Génesis 4,8). Bem visto por Judas na sua pequena Carta, infelizmente pouco lida e meditada: «Aqueles que seguem o caminho de Caim são como animais sem palavra» (Judas 10-11).
13. «Jesus, lembra-te de mim quando vieres com o teu Reino».
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