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sexta-feira, 26 de maio de 2017

PORQUE É MUITO BOM RECORDAR... 🌄

Caminhada dos catequistas de 2017.04.22
Parque da Cabreia e Minas do Braçal – Sever do Vouga
O tempo estava de feição…e mais um encontro com a natureza nos levou para não muito longe daqui, mas para bem longe de nós. Li algures, e há pouco tempo, que caminhar no meio da natureza é andar de mãos dadas com Deus…
Na verdade, na primavera sentimos que o Mestre dos mestres nos leva a contemplar a maior das exposições. O céu não usa pincéis nem telas, verte todo o stock das tintas para esta época, deixando-as escorregar pelas encostas, numa explosão de cor. 
Chegados ao início do trilho, prontos a descobrir cada recanto, partimos, não sem antes tomar o pequeno-almoço ou reforçá-lo ou simplesmente tomar um café para ter todos os sentidos apurados para a caminhada que se aproximava. Dominava o verde onde nos embrenhávamos, em túneis ondulantes que nos protegiam do sol. Dava para perceber que todas aquelas árvores permaneciam ali há muitos anos, tornando-se gigantes, sempre na busca da luz, testemunhas de muitos percursos, de muitas conversas, de muitas lutas, de muitas vidas… 
E a Natureza surpreendia-nos a cada passo que dávamos. Mesmo onde a mão do homem outrora edificara um complexo industrial de minas (Minas do Braçal), que há muito ficou inactivado, a Natureza se vai encarregando de revestir de verde e de camuflar, reinventando-se…Ali se encontram, ainda, continuando a florir, entre as giestas e os azevinhos, coabitando pacificamente, as vetustas japoneiras, azálias e outras espécies de jardim que outrora embelezaram habitações ligadas ao empreendimento industrial. E foi onde, outrora, existiram jardins, que ainda guardam os vestígios dos canteiros e dos passeios ladeados e definidos por arbustos que, à sombra das japoneiras carregadas de camélias, encontrámos o local para refletir, orar, almoçar, partilhar, descansar e conviver. 
Não faltou a toalha nem as belas iguarias que tão melhor sabem, quando comidas ao ar livre, numa sombra retemperadora, em alegre convívio e fraterna partilha. E sempre com a preocupação de aí não deixarmos a pegada da nossa passagem, para que outros, depois de nós, possam usufruir também dessa natureza prodigiosa.
E após o almoço, continuámos o caminho, seguindo em alguns troços do percurso o pequeno rio de água límpida e serena, em murmúrio de embalar, umas vezes calma outras vezes apressada, dando de beber aos miosótis que dele se abeiram e a cada raiz que dele reclama, sustentando todo aquele degradé verde. Toda a natureza ressurge em apoteose. Dá vontade de nos vestirmos de flores, fazer coroas e colares de malmequeres e margaridas… 
Sentimo-nos num paraíso, onde o céu nos manda as estrelas em forma de flor para as podermos tocar, antes que à noitinha voltem para iluminar o céu, para não temermos o escuro quando para ele erguermos o nosso olhar. 
A beleza é divina! Por isso nos põe juntinho do coração de Deus!
E fomos espreitar, qual criança curiosa, onde se iria o rio espreguiçar…Não, não chegámos ao mar nem ao Vouga… Ficámos ali a apreciar aquele salto acrobático que ele resolve dar na Cabreia, para deleite de quantos procuram o fresco em dias de calor. E assim vai lapidando os rochedos que lhe amparam a queda e o fazem acalmar num trajeto de moinhos e de pequenas piscinas que fazem a delícia dos mais pequenos. E naquele parque, equipado para passar o dia, fizemos a última paragem.
Esta atividade da caminhada é como que uma encenação da vida. É tempo de muitos tempos… de conviver, de partilhar, de orar…cada um a seu ritmo, conforme o seu cansaço e as suas dificuldades, entre altos e baixos, entre ânimos e desânimos, entre partilhas e ajudas, entre alegrias e boa-disposição, entre dificuldades e apreensões.
E terminámos aí a caminhada 
rezando ao Senhor, com o salmista: 
Ergo os olhos para os montes:
De onde virá o meu auxílio?
O meu auxílio vem do Senhor,
Que fez o Céu e a Terra.
Ele não deixará que o teu pé tropece,
O teu guarda jamais dormirá!
Sim não dorme nem adormece
O guarda de Israel.
O Senhor guarda-te sob a Sua sombra,
Ele está à tua direita.
De dia o Sol não te ferirá
Nem a Lua de noite.
O Senhor guarda-te de todo o mal,
Ele guarda a Tua vida.
O Senhor guarda as tuas chegadas e partidas, 
desde agora e para sempre.
Por fim, já mais próximo de casa, terminámos o dia com um bom jantar e os discursos dos principiantes que prometeram repetir a proeza!
CR

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