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sábado, 27 de maio de 2017

CARTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

NO CORAÇÃO DA CATEQUESE
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Se “a finalidade última da catequese é pôr as pessoas não apenas em contacto, mas em comunhão, em intimidade, com Jesus Cristo”[41]; e se, como acabamos de ver, “o anúncio, a transmissão e a experiência vivida no Evangelho se realizam na Igreja” – então “a comunidade cristã é a origem, o lugar e a meta da catequese”[42]. É nesse sentido que a catequese é comunitária: porque vive da comunidade e para a comunidade.

Que a catequese tem de levar os catequizandos a integrarem-se na comunidade cristã é a conclusão óbvia da reflexão anterior: é sobretudo lá, na Igreja, que podem encontrar-se com Jesus Cristo Senhor, presente ao vivo na Palavra, na Liturgia, em especial na Eucaristia e nos sacramentos, e na prática da caridade.

(...) que a  catequese se não pode reduzir à transmissão de conteúdos doutrinais, como no modelo escolar. A transmissão tem de fazer-se de modo vivenciado, inserida no encontro com Jesus Cristo. De resto, todo o encontro de catequese tem de ser encontro com Ele. Porque é Ele quem, vindo ao nosso encontro, nos pode despertar para a fé, uma fé que atinja todo o nosso ser: a cabeça, o coração e as mãos, que, segundo o Papa Francisco, necessariamente se correlacionam: a cabeça para “pensar o que se sente e o que se faz”; o coração para “sentir o que se pensa e o que se faz”; e as mãos para “fazer o que se sente e se pensa”[15].
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O catequista é figura chave na catequese. E disso têm consciência os responsáveis diocesanos, pelos testemunhos e sugestões que nos transmitiram. O catequista é figura chave, desde logo por aquilo que ele é intrinsecamente: “um mediador que facilita a comunicação entre as pessoas e o mistério de Deus, dos sujeitos entre si e com a comunidade”[51]. É o rosto da comunidade, seu mediador e porta-voz, o que exige dele a devida integração, aceitação e credibilidade na comunidade. E torna-se, para os catequizandos, a referência concreta e próxima do Evangelho que lhes transmite, para os conduzir à comunhão e intimidade com Jesus Cristo.
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A família é “insubstituível”[56] na catequese da infância e, ainda que de modo diferente, da adolescência; isto é, nas fases etárias em que os catequizandos mais dependem dos pais ou outros responsáveis pela sua educação. Ora, se o encontro com Cristo deve atingir a totalidade do ser humano, de modo algum se podem dispensar dele as pessoas que fazem parte da vida dos que com Ele se encontram.

E não há dúvida de que uma das maiores causas do abandono precoce de crianças e adolescentes está na falta de envolvimento dos pais e outros familiares na formação cristã que a comunidade oferece aos filhos. Como podemos querer que o filho reze diariamente e participe regularmente nos atos da vida da comunidade, especialmente na Eucaristia dominical, se o não vê fazer os pais, a que está particularmente ligado?

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