Se o grão de trigo, que cai na terra, não morrer de alegria,
Fica sozinho e triste, e morre de desgosto
E solidão
E fogo posto.
Mas se morrer de alegria,
Dará muito fruto,
E verá longos dias,
Cheios de alegrias e de ave-marias.
A nossa mesa encher-se-á de pão,
E virão
Os pardais e as cotovias
Partilhar a nossa refeição.
Como é bom, como é belo,
Viverem unidos os irmãos,
Sentados à beira da torrente
Da paz e da alegria,
À beira da nascente de onde nasce o dia.
Abençoa, Senhor, o nosso coração,
Estende, com a tua mão,
Uma toalha branca à nossa mesa,
E senta-te connosco,
À volta da tua lareira sempre acesa.
Como é bom estarmos aqui, Senhor,
Mesmo sem tendas levantadas,
Basta-nos o teu amor
E as nossas mãos nas tuas entrançadas.
https://mesadepalavras.wordpress.com/2017/07/15/a-historia-do-grao-de-trigo-2/
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