O maior erro de Friedrich Nietzsche foi considerar Cristo fraco. Erro que dificilmente se entende, não de um ponto de vista psicológico, que aqui não nos interessa, mas do ponto de vista do grande filólogo que Nietzsche era e que conhecia bem os textos que de Cristo lhe falavam e nos falam em nossa contemporaneidade.
Não há nos Evangelhos um único momento de fraqueza de Cristo. Bem pelo contrário, toda a narrativa evangélica, integrada, numa sinopse não historiográfica, mas lógica, segundo o «logos» de uma presença que é liturgia de salvação, é uma indefetível manifestação de força. Não cabe aqui uma demonstração escriturística, que, no fim, coincidiria com uma glosa do Evangelho. Fica o incentivo para se reler integradamente a narrativa com olhos que procurem a força dos atos que promovem a salvação de isso que necessitava de ser salvo.
E o que necessitava ser tal era precisamente, é precisamente, a fraqueza humana.
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