E o agraço azeda os nossos dias,
E ficamos sem saber bem
Onde encher de alegria
As nossas almotolias.
O Evangelho de hoje
Põe Jesus no meio de nós a dizer:
“Eu sou a videira, a verdadeira”,
E é assim que ficamos a saber
Que uma enxertia
Pode salvar a monotonia
Do nosso dia-a-dia.
A enxertia na videira mansa e boa,
Que é Jesus,
Pode curar a azia das uvas bravias,
Que a nossa vida produz.
Aproximemo-nos então mais de Jesus,
Que é a videira verdadeira,
E saboreemos a alegria e a maravilha,
Respiremos os aromas da serra e do campo,
Acariciemos os ramos das videiras
Que começam a pintar de verde as nossas vinhas,
E comecemos já a degustar este néctar do céu
À nossa terra descido.
Sim, como diz um velho texto judeo-cristão,
«A nossa terra dará muito fruto,
Dez mil por um:
Cada videira dará mil ramos,
Cada ramo mil cachos,
Cada cacho mil bagos,
Cada bago centenas de litros de vinho!».
Vem, Senhor Jesus,
Põe-nos na rota dos frutos.
Senta-nos à tua mesa,
Reparte connosco o teu pão gozoso,
E serve-nos um bocadinho do teu vinho generoso.
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