At 2, 2-11
Sl 103(104)
1Cor 12,3b-7.12-13
Jo 20,19-23
Hoje celebramos a solenidade de Pentecostes. Percorridos exactos cinquenta dias do Tempo Pascal, com esta celebração encerramos este tempo litúrgico e retomamos o chamado Tempo Comum, o tempo da vida pública de Jesus e da nossa missão. Deste modo, a solenidade de hoje marca, simbolicamente, o início da Igreja missionária. A Igreja que, guiada pelo Espírito Santo, vai até aos confins da terra, para levar a Palavra de Deus e anunciar o seu Reino. É da vinda do Espírito Santo e do envio para a missão que fala hoje a liturgia da Palavra. O Evangelho faz uma clara referência ao chamado Pentecostes joanino, que acontece naquele mesma tarde do dia da Ressurreição. Esta passagem remete-nos ao livro do Génesis, quando Deus criou o homem do barro e soprou sobre ele o Espírito que lhe deu vida. Aqui temos a nova criação. Jesus com o sopro do Espírito Santo, recria os seus discípulos para a missão. É a Igreja missionária que nasce e está pronta para se expandir até aos confins da terra.
Enviar como o Pai o enviou significa, entre outras coisas, servir com humildade, coragem e firmeza. Significa ainda ser perseverante diante dos obstáculos e não esmorecer quando as coisas não saem como nós queríamos. É estar pronto para enfrentar os lobos que estão à espreita. Jesus chama, capacita e envia os seus discípulos para a missão. Assim, temos a solenidade de Pentecostes, que recorda o Espírito que foi soprado sobre nós para exercermos com afinco a nossa missão de batizados.
Retomamos com esta celebração o Tempo Comum. Daqui por diante vamos deixar a nossa vida ser guiada pelo Espírito Santo e nos empenharmos na missão dentro e fora da comunidade. Nosso empenho missionário fará da nossa comunidade paroquial uma comunidade mais santa e mais perfeita, tendo sempre como modelo de perfeição a perfeita comunidade da Santíssima Trindade, que iremos celebrar no próximo domingo.
Pe. Carlos Correia
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