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terça-feira, 9 de junho de 2020

SANTÍSSIMA TRINDADE

Ex 34,4b-6.8-9
Sl (Dn 3)
2Cor 13, 11-13
Jo 3,16-18

O Domingo que se segue ao Pentecostes é a Solenidade da Santíssima Trindade. Esta devoção à Trindade remonta ao século X de maneira privada e durante a época carolíngia. Roma foi a última cidade a adotar esta celebração, que, em 1331, foi estendida a toda a Igreja latina pelo Papa João XXII (governou a Igreja: 1316-1334; ele nasceu em 1244). Os orientais desconhecem esta solenidade.

A Santíssima Trindade é como uma síntese do Tempo Pascal. Ela coloca-nos diante do mistério de Deus, com toda a sua grandeza e revela o Seu infinito amor por nós. Celebrar a Santíssima Trindade não é celebrar três deuses, mas um único Deus em três pessoas: a pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um Deus que se desdobra em três pessoas para que possamos ter acesso a Ele. Um Deus que se revela no Seu mistério porque nos ama infinitamente e quer que o conheçamos, que o encontremos e o percebamos no dia a dia da nossa vida. É o que nos propõe neste dia a liturgia da Palavra, com leituras que falam do amor de Deus pelo mundo e pela humanidade, de distintas maneiras, mas que se complementam e formam uma unidade indivisível.

E o texto proclamado como Evangelho neste domingo é tirado de Jo 3,16-18. Um texto que se encaixa muito bem com a passagem do Êxodo (1ª leitura) através das palavras de Jesus: “Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna” (J0 3,16). E a comunidade do Novo Testamento aparece no texto de são Paulo (2Cor 13,11-13) como criação do amor da Trindade: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” (2Cor 13,13).

O texto da Constituição dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, sintetiza muito bem o significado da solenidade da Santíssima Trindade: “Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo Encarnado, têm acesso, no Espírito Santo, ao Pai, e se tornam participantes da natureza divina. E assim, em virtude desta Revelação, Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como a amigos e conversa com eles, a fim de os convidar e admitir à sua comunhão” (Dei Verbum nº2).

Portanto, a Igreja é “um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Lumen Gentium 4). Em que cada batizado, cada cristão, é chamado para participar na comunidade, e não para se isolar. Somos todos uma família de Deus, pois fomos batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

Se acreditamos nisto e nos esforçamos para melhorar cada vez mais quem somos, estaremos sempre no caminho com Ele rumo ao Reino dos céus.

Que a Santíssima Trindade faça de nós uma verdadeira comunidade de irmãos, sempre prontos para ajudar o próximo, na graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor do Pai e na comunhão do Espírito Santo, como deseja Paulo na 2ª leitura e como nós dizemos na exortação inicial da celebração eucarística.

Pe. Carlos Correia

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