Catequese. A paixão pela evangelização: o zelo apostólico do crente. 3. Jesus mestre do anúncio
Hoje, o mestre do anúncio, deixemo-nos guiar pelo episódio em que Ele prega na sinagoga da sua aldeia, Nazaré. Jesus lê uma passagem do profeta Isaías (cf. 61, 1-2) e depois surpreende a todos com um "sermão" muito curto de apenas uma frase, apenas uma frase. E Ele fala assim: "Hoje esta escritura foi cumprida em seus ouvidos". (Lc 4,21). Este foi o sermão de Jesus: "Hoje esta escritura se cumpriu em sua audição". Isso significa que, para Jesus, essa passagem profética contém a essência do que Ele quer dizer sobre Si mesmo. Então, sempre que falamos de Jesus, devemos voltar àquele primeiro anúncio Dele. Vejamos, então, em que consiste este primeiro anúncio. Cinco elementos essenciais podem ser identificados.
O primeiro elemento é a alegria. Jesus proclama: "O Espírito do Senhor está sobre mim; [...] Ele ungiu-Me para pregar a boa nova aos pobres» (v. 18), isto é, um anúncio de alegria, de alegria. Boa notícia: não se pode falar de Jesus sem alegria, porque a fé é uma maravilhosa história de amor a ser compartilhada.
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Chegamos ao segundo aspecto: libertação. Jesus diz que foi enviado "para proclamar a libertação aos cativos" (ibidem). Isto significa que quem anuncia Deus não pode fazer proselitismo, não, não pode pressionar os outros, não, mas aliviá-los: não impor fardos, mas tirá-los; portar paz, não carregar culpa. (...)
O terceiro aspecto: a luz. Jesus diz que Ele veio para trazer "visão aos cegos" (ibid.). É impressionante que em toda a Bíblia, diante de Cristo, a cura de um cego nunca apareça, nunca. Era de fato um sinal prometido que viria com o Messias.
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O quarto aspecto do anúncio: a cura. Jesus diz que veio "para libertar os oprimidos" (ibidem). Os oprimidos são aqueles que se sentem esmagados por algo que acontece: doença, trabalhos, fardos no coração, culpa, erros, vícios, pecados... Oprimido por isso. Pensemos no sentimento de culpa, por exemplo. Quantos de nós já sofremos isso?
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Posso pecar porque sou fraco. Cada um de nós pode fazê-lo, mas essa não é a última palavra. A última palavra é a mão estendida de Jesus que o levanta do pecado. "E Pai, quando ele faz isso? Uma vez?" Não. "Duas vezes?" Não. "Três vezes?" Não. Sempre. Sempre que você está doente, o Senhor sempre tem Sua mão estendida. Somente Ele quer que nos agarremos e deixemos que Ele o carregue. A boa notícia é que, com Jesus, este mal antigo já não tem a última palavra: a última palavra é a mão estendida de Jesus que o leva adiante. Jesus nos cura do pecado, sempre.
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A última coisa: esta boa nova, que o Evangelho diz, é dirigida "aos pobres" (v. 18). Muitas vezes nos esquecemos deles, mas eles são os destinatários explicitamente mencionados, porque são amados de Deus. Lembremo-nos deles e lembremo-nos de que, para acolher o Senhor, cada um de nós deve fazer-se "pobre interior".
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