FESTA DA EPIFANIA - Mateus 2: 1-12
Na festa da Epifania celebramos a universalidade da salvação. Jesus se revela e é reconhecido como o Salvador do mundo, o que significa que a salvação é oferecida a todos. A primeira leitura, tirada do profeta Isaías, já dá a ideia de que Deus tem um plano para toda a humanidade, afirmando que todos os povos caminharão em direção à Luz que brilha em Jerusalém.
Em sua carta aos efésios, Paulo afirma que a salvação não é privilégio de um grupo, de uma nação ou de uma raça. A mesma promessa foi feita a todos e todos "compartilham a mesma herança" (Ep 3: 6). De acordo com Paulo, não há razão para qualquer tipo de fanatismo ou xenofobia, já que “não há grego e judeu, circuncidado e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre; mas Cristo é tudo e em tudo ”(Cl 3:11). Todos podem preencher em casa “membros da casa de Deus” (Ep 2:19).
Em Mateus 2: 1-12, os Magos representam todos os forasteiros que querem entrar e cantar com toda a glória de Deus eleita, participando assim da mesma herança em Cristo. Vindo do Oriente, eles poderiam ter pertencido às nações que eram os grandes inimigos de Israel. No entanto, Deus não está preso a tais velhas brigas e inimizades, já que todas as nações pertencem a ele. Aqueles estrangeiros foram movidos por uma grande missão que eles não abandonariam até que fosse cumprida. Em sua busca, eles foram movidos pela esperança, para que não aceitassem a derrota ou o fracasso. Eles estavam em uma longa jornada em busca de um novo rei e eles não desistiriam até encontrá-lo. E iluminados pela estrela que os guiava, eles sabiam que o rei recém-nascido era divino. Quando o encontraram, prostraram-se diante dele em adoração (Mt 2:11).
Em contraste com eles, o povo de Jerusalém, guiado por seus líderes religiosos e políticos, estava tão preocupado consigo mesmos que via na criança uma ameaça ao seu poder e influência. Seu conhecimento das Escrituras e sua prática religiosa os tornaram presunçosos e incapazes de se importar com uma criança, mesmo que ele fosse uma criança extraordinária e divina. Fechadas no passado, elas perderam a visão das promessas, deixando-as sem esperança e amargas. Rejeitando a criança, eles planejaram sua morte e estavam dispostos a massacrar os inocentes para proteger seus interesses.
Um dia, Jesus advertiria os líderes do povo, dizendo: "Se afastem de mim, todos vocês, trabalhadores do mal!" Naquele lugar haverá choro e ranger de dentes, quando você vir Abraão e Isaque e Jacó e todos os profetas no reino de Deus, mas vocês expulsos, e as pessoas virão do leste e do oeste, e do norte e do sul e reclinar à mesa no reino de Deus ”(Lc 13: 27-29).
Somos como os Magos, buscando incansavelmente a vida e a salvação, que só é encontrada em Cristo; ou estamos tão cheios de nós mesmos que vemos uma ameaça ao nosso modo de vida em tudo o que é diferente e isso exige mudanças?
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