TRAZER O POVO À LITURGIA
A Liturgia requer, muito para além da observância das normas, bom gosto e sensibilidade, por parte dos ministros e dos fiéis. E isso deverá reflectir-se tanto nos lugares, nos objectos, nas coisas, nos paramentos, como nas atitudes e gestos, nas palavras e na música e outras artes, etc… enfim, nos ritos. Tal conduta adquire-se e desenvolve-se no trato e na convivência com o belo e a arte, pois só eles educam e são profundamente respeitadores da alma humana.
À primeira vista, pode causar espanto que o mais importante documento do séc. XVIII sobre a Liturgia e a Música, a encíclica Annus Qui de Bento XIV, comece por insistir tanto sobre assunto tão comezinho (pensarão alguns), como a limpeza e o arranjo das nossas igrejas. (Não se trata de sumptuosidade, mas de “decência e limpeza que a ninguém é lícito descuidar”). E, contudo, no decurso dos séculos, muito se continuou a escrever sobre o assunto. Talvez, diremos nós, o assunto não seja tão banal como isso… Com efeito assim é, pois que a Sagrada Liturgia faz apelo a todos os sentidos, em plenitude, profundidade e amplitude. E é por eles que fala (Deus fala) e que temos acesso ao Mistério (a Deus).
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