A comunidade vive da Eucaristia. Por isso, em fim-de-semana Missionário, o encontro principal fez-se na Eucaristia, nos vários centros de culto e nos horários habituais. É a Eucaristia que faz a Igreja. É um mistério, porque é dom de Deus e é obra d’Ele. A Eucaristia conduz-nos à liberdade, à unidade e à disponibilidade para a Missão, aqui bem representada nesta imagem do mundo e nas cruzes nela colocadas.
O Evangelho do IV Domingo da Quaresma, fala-nos do cego de nascença que encontra Jesus e por Ele é curado. Este cego que Jesus encontra, representa as nossas cegueiras, tudo o que colocamos como prioridades, sem Deus, e que ofusca a visão plena de Deus: nada vemos além do nosso mundo fechado de trevas… e precisamente aí, quando tudo parece perdido, onde não encontramos saída… aparece Jesus, num gesto criador!
O toque de Jesus, acompanhado com a nossa obediência, dará lugar ao milagre! Porque teimamos a nossa cegueira? Falta-nos confiar em Jesus?
Dizia o Rev. Padre Francisco: deixemos que as nossas janelas se abram para que a luz entre, a verdadeira Luz que nos guiará sempre!
É Mistério de Comunhão, à medida que o Cristo, na Eucaristia, nos transforma, nos une, a exemplo da Trindade, que é uma Comunidade de Amor. O que une a comunidade cristã é a acção transformadora de Jesus Cristo em cada um, e não as nossas afinidades humanas.
Este mistério da comunhão, quando autêntico, tende à Missão, a manifestar a todos o amor encontrado na Eucaristia: “A finalidade de tudo é a caridade” (Santo Agostinho, Carta a Proba, Se I. 44,65-68).
Vivendo Jesus Eucarístico, Pão da Unidade e Vida dos discípulos missionários, sentimos o coração revigorar-se com sua presença permanente, porque constantemente reparte o pão, e nisso o reconhecemos vivo entre nós.
Quem recebe o Pão da Unidade será Eucaristia de comunhão com todos. A Eucaristia exige Missão. Ela é a “forma, a fonte e o modelo operante, que opera em si mesma a vida comunitária e pessoal dos cristãos” (D. Carlos Martini). Por isto, é a partir da Eucaristia que deve ser estruturada a vida da Igreja.
E não há melhor exemplo para toda a Igreja que os Missionários, levando o essencial a todos os povos. A presença na nossa comunidade dos Padres Missionários da Boa Nova, é a certeza de que a Missão está viva e caminha na direcção certa.
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