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sábado, 15 de setembro de 2018

SÁBADO da semana XXIII - NOSSA SENHORA DAS DORES

Estava a Mãe dolorosa, 
Junto da cruz lacrimosa, 
Enquanto Jesus sofria.

Uma longa e fria espada, 
Nessa hora atribulada, 
O seu coração feria.

Oh quão triste e tão aflita 
Padecia a Mãe bendita, 
Entre blasfémias e pragas,

Ao olhar o Filho amado, 
De pés e braços pregado, 
Sangrando das Cinco Chagas! 
Quem é que não choraria, 
Ao ver a Virgem Maria, 
Rasgada em seu coração,

Sem poder em tal momento, 
Conter as fúrias do vento 
E os ódios da multidão!

Firme e heróica no seu posto, 
Viu Jesus pendendo o rosto, 
Soltar o alento final.

Ó Cristo, por vossa Mãe, 
Que é nossa Mãe também, 
Dai-nos a palma imortal. 
* Maria, fonte de amor, 
Fazei que na vossa dor 
Convosco eu chore também.

Fazei que o meu coração 
Seja todo gratidão 
A Cristo de quem sois Mãe.

Do vosso olhar vem a luz 
Que me leva a ver Jesus 
Na sua imensa agonia.

Convosco, ó Virgem, partilho 
Das penas do vosso Filho, 
Em quem minha alma confia.

Mãos postas, à vossa beira, 
Saiba eu, a vida inteira, 
Guiar por Vós os meus passos.

E quando a noite vier, 
Eu me sinta adormecer 
No calor dos vossos braços. 
Virgem das Virgens, Rainha, 
Mãe de Deus, Senhora minha, 
Chorar convosco é rezar.

Cada lágrima chorada 
Lembra uma estrela tombada 
Do fundo do vosso olhar.

No Calvário, entre martírios, 
Fostes o Lírio dos lírios, 
Todo orvalhado de pranto.

Sobre o ódio que O matava, 
Fostes o amor que adorava 
O Filho três vezes santo.

A cruz do Senhor me guarde, 
De manhã até à tarde, 
A minha alma contrita.

E quando a morte chegar, 
Que eu possa ir repousar 
À sua sombra bendita.

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