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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

«A POESIA É, AINDA HOJE, O MODO MENOS INDIGNO DE FALAR DE DEUS»:

«E se Deus regressasse à poesia e isso fosse não uma reação mas a novíssima revolução? O luxo da modernidade é, sem dúvida, poder ler os textos e a realidade sem Deus, mas a noite sem estrelas é menos bela, e Deus nunca abandonou a poesia, somente se revestiu de fragilidade e mais humanidade, vestiu-se de mendigo e preencheu os espaços em branco que separam uma palavra da outra, iluminando as palavras de um mistério ainda mais profundo. A poesia é, ainda hoje, o modo menos indigno de falar de Deus. É por isso que o grande teólogo Hans Urs Von Balthasar escreveu que a melhor teologia do século XX foi escrita por poetas.»

São de um poeta e padre português, e agora dos leitores, as palavras acima transcritas, extraídas de uma entrevista publicada esta terça-feira na página Ytali.

Nascido a 17 de abril de 1973 em Joane, Famalicão, Mário Rui de Oliveira, doutorado em Direito Canónico e em Jurisprudência pela Universidade Pontifícia Gregoriana, vive em Itália desde 2007, trabalhando ao serviço do Vaticano como ministro do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta instância judicial da Igreja.
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Mário Rui de Oliveira define-se com a indefinição: «Sou ainda um mistério muito grande para mim próprio como poeta. Não sei sequer porque continuo a escrever e se aquilo que escrevo pode considerar-se poesia. Sou um homem simples que talvez tenha sido visitado pela poesia sem a ter negado. Mas a santidade é muito mais importante e deveria ser esta a maior ambição do poeta».

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