É este o tema da exposição temporária evocativa da aparição de outubro de 2017, que pudemos visitar na peregrinação com as crianças a Fátima, e de que damos conta com algumas imagens.
Com a luz por centro – a luz que irradiou das mãos da Mãe e penetrou no coração daqueles pastorinhos – a luz de Deus – e a luz do sol que “bailou” naquele longínquo mês de outubro para todos, colocando os olhares no alto, os dos crentes e os dos incrédulos, a exposição patente na cripta da basílica da Santíssima Trindade revela-nos aquela multidão real, que nos é dado hoje conhecer por registo fotográfico, a olhar o céu assimilando o sinal que havia sido prometido pela “Senhora do Rosário mais brilhante que o sol “àquelas três crianças, para que não passassem por mentirosas, pois poucos acreditavam no que elas transmitiam.
E as crianças confiaram na Mãe que sempre havia cumprido o que lhes prometera, tal como Ela confiara em Deus através do anjo mensageiro.
São eloquentes as imagens! Fixam momentos, transmitem sentimentos, e acompanhadas das expressões reais captadas na época e também registadas, transportam-nos à data e colocam-nos no meio daquela multidão - onde se encontram vozes que acreditam e vozes que proclamam a morte de Deus - mas, sobretudo, na vida de todos ali presentes antes e depois do dia 13 de outubro de 1917.
E para conhecer e “palpar” o tempo da história de Fátima, a exposição embrenha-nos pelas pedras da construção dos lugares: ora são as fotos ora os objetos, as maquetes, as pinturas.
Toda a exposição nos fala das entranhas dos lugares e do pulsar do coração humano nos acontecimentos de Fátima, do crescimento do lugar para acolher quem chega e para dar a conhecer a mensagem que a Senhora do Rosário trouxe àquele lugar.
Ninguém, creio, fica indiferente a todos os registos da exposição, tal é a sua tangibilidade!
E esta é intrínseca à nossa marca humana, tal como o demonstrou abertamente o discípulo Tomé.
Assim, aquela exposição tem a virtude de se completar entre as duas dimensões, a divina que nos faz erguer o olhar para o céu e a humana que nos faz procurar pelos sinais tangíveis.
CR
Junho 2017
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