O cónego Rui Osório considera que nas festas de São João, no Porto, celebradas na noite de 23 para 24 deste mês, o lado religioso “ficou à margem”
A folia é reinante e abafou o lado religioso “a não ser quando se arma uma cascata” e se “coloca o São João naquela cascata”, disse à Agência ECCLESIA o pároco da Foz do Douro que tem como padroeiro São João Baptista.
A simbologia típica de São João é colocada naquela Igreja visto que na decoração da Igreja o cónego Rui Osório faz questão de “ter sempre os vasos de manjerico”, sublinhou.
Na Igreja da Foz do Douro está também armada “uma belíssima cascata popular”, pormenores para darem um sentido sanjoanino à festa, realçou.
“É uma pena que, ao longo dos séculos, a igreja, da parte dos teólogos, não tenha sabido compreender e viver esta simbologia das festas sacro-profanas”, como é o caso das festas de Santo António, São João e São Pedro.
Como expressões de “grande riqueza antropológica e social”, as festas dos santos populares “ultrapassam as barreiras económicas e as diferenças culturais”, afirmou o cónego Rui Osório.
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